18 - Tarde Demais

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Desculpem a demora, estava difícil montar esse capítulo e pasmem, ele deu exatos 1k!Eu bati na borda, cara!

Katsuki agora tinha um olho roxo e vários hematomas pelo corpo, mas ele deixou claro para Shigaraki o que acontecia com quem mexia consigo

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Katsuki agora tinha um olho roxo e vários hematomas pelo corpo, mas ele deixou claro para Shigaraki o que acontecia com quem mexia consigo.

Demorou mais do que esperava juntar todas as contas, quase um trabalho infinito em meio aos destroços de tempos antigos, mas ele conseguiu, certificando-se de que não havia deixado nenhuma para trás, internamente grato por ter contado o número de peças antes de Shigaraki destruir o cordão, enquanto o observava fascinado. 

Rumou para a casa de Mina, entrando afoito e sem querer explicar o motivo de seus ferimentos ou de estar em posse de um colar de tubarão. Desvencilhar-se da amiga se provou uma tarefa difícil e um tanto pesarosa. Felizmente sua ajuda foi últil enquanto ele remontava o artefato, muito embora ela tenha bronqueado por ele ter entrado sozinho em uma briga com uma gangue. Ao final ela permitiu que ele saísse depois de cuidar de seus machucados mais superficiais. 

Passou horas montando novamente o cordão, juntando as peças e as encaixando na intenção de restaurá-lo, o que levou ainda mais tempo. Era quase noite quando terminou, saindo do coral de modo apressado em direção ao cemitério de navios. 

Foi como reviver um filme antigo, um déjà-vu. Ele sentando-se na cesta de gávea a espera de Eijiro depois de procurar por todos os lugares possíveis. Dessa vez no entanto ele sentia que havia algo de errado, quase como uma premonição, e tudo o que conseguia fazer era se amaldiçoar internamente. 

Passou horas sentado, sentindo a angústia crescer dentro de si de modo avassalador e sufocante, como se longos fios gelados se enroscassem em suas entranhas, apertando-as sem nenhuma piedade. 

De repente, um leve arrepio subiu por sua espinha, seus instintos avisando que ele estava sendo vigiado por olhos ocultos, o que o fez se sobressaltar com o coração batendo acelerado e os olhos inquietos varrendo a imensidão do cemitério. 

Seus nervos travaram ao receber a imensa carga de adrenalina assim que percebeu olhos o fitando na escuridão, próximos demais para uma investida segura e assassina. Engoliu em seco, apertando o cordão contra o peito, o que se mostrou uma péssima escolha, visto que diante de seu gesto, ao mostrar o item, os olhos apenas se estreitaram ainda mais. 

Foi mais rápido do que Katsuki pôde se afastar, aproximando-se em uma velocidade absurda. 

Em segundos o tubarão o tinha preso pela garganta com o uso de apenas uma das mãos, os dedos circulando de modo incômodo a pele enquanto Katsuki lutava mais uma vez para se ver livre do agarrão. Realmente parecia um maldito déjà-vu, com a exceção de seu agressor, este não lhe era familiar, ao menos não que se lembrasse dele. 

Os olhos heterocromáticos desceram para o cordão antes de voltar aos do tritão. 

— Onde está o Eijiro? O que fez com ele?

A pergunta deixou Katsuki surpreso e ele teve certeza de que seus olhos se abriram o suficiente para suscitar a curiosidade do tubarão, pois ele afrouxou o aperto, liberando-o antes de segurar em seus braços, mantendo-o firmemente preso. 

Como assim onde estava Eijiro?

No segundo seguinte, Katsuki se viu sendo sacudido por uma epifania que o fez quase se engasgar.

— Do que está falando? Onde está o Eiji?

— É exatamente isso que eu quero saber, a última vez que o vi ele estava com você, agora não aparece tem dias.

Tomado por uma força e coragem que sequer sabia de onde vinha ele se sacudiu, lutando para se libertar com fortes sacolejos que desestabilizaram o tubarão. Sequer se importava com o ombro que fisgava a cada movimento bruto, sentindo o pânico tomar conta de si.

— Desgraçado! O que fizeram com ele? Eu vou matar cada um de vocês!

Não havia como se libertar do aperto do tubarão, eles eram mais fortes e podiam sobrepujá-los com facilidade, então Katsuki se concentrou, e moveu a cabeça para frente acertando a testa do tubarão que o soltou, desnorteado pela violência.

— Você é louco?

— Não faz ideia do quanto — respondeu de modo confiante  a espera de uma reação violenta que não veio. 

— Sabe que não pode lutar contra um tubarão, não é?

— Sei que posso morrer tentando, não me importo. —afastou-se cautelosamente — Agora me explica porque está procurando o Eiji, o que você quer com ele?

— Não antes de você me explicar o que está fazendo com o colar dele. 

— Foi ele quem me deu, me disse que deveria devolver e foi exatamente isso o que vim fazer aqui. 

— Esta mentindo. 

— Não tenho motivo para mentir, foi ele mesmo que me deu. 

— E porque ele faria isso? 

— Eu pedi uma vez e ele me deu, disse que era meu até ele fazer um pra mim ou algo assim.

O tubarão se afastou com o semblante em negação, fechando os olhos e punhos com força como que para se conter.

— Você tem noção de que condenou ele ao aceitar esse cordão? — o tom acusatório de sua voz ofendeu Katsuki.

— Ei, eu tentei devolver, mas ele estava irredutível, não quis pegar e eu não tive outra escolha a não ser aceitar. — defendeu-se — Agora me explica porque eu poderia condená-lo tendo apenas um cordão?

Aparentemente o tubarão decidiu ignorá-lo, estendendo a mão com o olhar ameaçador.

— Me devolva, talvez ainda haja uma chance de salvá-lo se eu o encontrar antes que o matem.

A postura indiferente é jacosa deixou o tritão irritado.

— Não, ele disse para ter cuidado e será exatamente o que farei — Guardou o colar ante o olhar estupefato do outro — Se quiser entregar o colar vai ter que me levar junto pois eu não confio em ninguém para levar.

— Isso não é uma espécie de jogo, tritão, estamos falando de um perigo real aqui.

— Eu sei e as minhas regras, para o seu azar, não são negociáveis. Então é melhor parar de conversar porque temos pouco tempo.

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CONSEGUI TERMINAR! AMÉM!

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