14 - Estupor

4.7K 783 670
                                    

Misericórdia, quase cheguei no 1k! Sei que nos vimos ontem seis vezes e, Deus, eu nunca mais posto nenhum capítulo com sono porque tive que sair rearrumando a grafia. 

A primeira coisa que Katsuki viu ao abrir os olhos foi o rosto do tubarão mais molenga que existia em todo o reino subaquático, com o semblante preocupado se desmanchando em um sorrido de alívio e felicidade, enquanto ele arreganhava o lábios expo...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A primeira coisa que Katsuki viu ao abrir os olhos foi o rosto do tubarão mais molenga que existia em todo o reino subaquático, com o semblante preocupado se desmanchando em um sorrido de alívio e felicidade, enquanto ele arreganhava o lábios expondo aqueles estúpidos dentes pontiagudos e assustadores.

A reação de Katsuki foi se afastar, seu subconsciente ainda abalado pela visão do outro tubarão que quase o matara.

— Calma, sou eu, vai ficar tudo bem — Eijiro se apressou em segurar sua mão, acariciando-a entre seus dedos antes de depositar um beijo no dorso — Eu estou aqui pra garantir isso.

O reconhecimento foi breve, mas a adrenalina ainda corria solta no corpo recém desperto do Tritão que sentia os efeitos de um susto. Seu coração batia tenso e seus braços sacolejavam trêmulos.

— Não faça isso, droga! — repreendeu o tubarão com um cascudo — Merda, eu quase morri do coração!

Eijiro se afastou acariciando a cabeça e fazendo uma breve careta.

— Como é que eu ia saber que você ia se assustar assim?!

— Imagine você ser um Tritão e acordar com um tubarão mostrando os dentes para você.

Um leve movimento de reconhecimento atingiu Eijiro quando sua feição de abrandou tal qual uma criança descobrindo algo novo.

— Ah, sim... Faz sentido — o bico que ele fez ao juntar os lábios fez o coração de Katsuki abrandar, tamanha fofura. As vezes tinha vontade de socar o tubarão por ser tão fodidamente adorável — Eu não tinha pensado nisso.

Katsuki bufou revirando os olhos para esconder o quão satisfeito seu coração trepidava por poder estar mais uma vez com ele.

Fingindo relutância abriu os braços, ignorando a fisgada no ombro e convidou Eijiro para um abraço.

Inferno, valia a pena quase ser devorado para poder estar perto dele, valeria mil vezes. Principalmente poder presenciar em primeira mão o sorriso satisfeito e o abraço apertado que ele lhe deu, abaixando o nariz para poder esfregar contra a pele do pescoço do tritão, fazendo-o se contorcer levemente com calafrios deliciosos.

— Posso te beijar? — indagou de maneira infantil, o semblante ansioso.

Ele estava perguntando mesmo aquilo?

As bochechas de Katsuki ficaram rubras e ele resmungou fingindo mal humor para esconder a vergonha e inquietação.

— Faça o que quiser.

Foi como dar doce a uma criança, pois Eijiro quase engasgou de felicidade, agarrando-se ao Tritão enquanto beijava suas bochechas repetidas vezes, um tratamento que fez o outro sorrir em meio ao ataque.

Então ele subiu o beijo e encontrou seus lábios, selando junto aos seus.

A surpresa fez Katsuki resfolegar antes de se entregar, permitindo que ele continuasse. Suas mãos se fecharam ao redor do torso forte de Eijiro, os dedos passeando preguiçosamente por cada músculo, redesenhando o formato esbelto e musculoso.

Era a primeira vez que permitia que alguém investisse em um beijo tão profundo, e não se arrependeu em nenhum segundo. A mente enevoada pelo prazer o fazia grunhir satisfeito contra a boca do tubarão, pedindo por mais, cada célula do seu corpo implorando mais contato.

As línguas se moviam cadencialmente, em um ritmo lento e necessitado, as bocas se movendo alguns centímetros para permitir um encaixe ainda mais adequado.

Porra, Katsuki imaginou que podia morrer naquele momento sem nem ao menos se importar. Sentia-se mole, entregue e cheio de volúpia, o sangue esquentando enquanto ele se pegava imaginando em situações ainda mais pervertidas com Eijiro. Pois se ele era bom daquele jeito beijando imagina foden...

Um leve pigarro os fez se separar como dois molecotes pegos em uma traquinagem.

— Vejo que já estão melhores, só peço que tomem cuidado com as ataduras se desejarem seguir adiante e acasalar. — havia um sorriso divertido e um tanto materno no rosto da pequena mulher híbrida de humano com polvo. Ela trazia alguns potes de unguentos enrodilhados em alguns tentáculos e se ocupou em guardá-los em alguns armários de metal antigo, cujas portas já não existiam há séculos. As prateleiras está lavam suavemente sob o peso.

Eijiro se afastou, coçando a nuca em um flagrante desconcerto.

— Desculpe, vovó Recovery, eu não... Não queria que parecesse que estávamos fazendo algo errado na sua casa, acho que me deixei levar um pouco demais...

Ela terminou de guardar tudo e deu um breve puxão afetuoso no nariz do tubarão.

— Não precisa se desculpar de nada, meu menino, são apenas os seus hormônios falando mais alto, isso não é nada demais, nem algo do qual devam se envergonhar, apenas deixe o garoto se recuperar antes de decidir fertilizá-lo, tudo bem?!

Os olhos de Eijiro arregalaram com a brincadeira, suas bochechas tornando-se vermelhas como brasas.

— N-Não é n-nada disso! — gaguejou ao tentar se explicar — Não somos um casal, nem nada! apenas...

— Não são? — ela o cortou de maneira gentil, fingindo confusão — Pensei que era seu namorado dado a maneira desesperada com a qual chegou aqui.

— Ah, isso, eu só fiquei preocupado, sabe como é. — falava sem graça, sem saber direito o que fazer com as mãos que não paravam quietas.

Katsuki ainda se sentia um tanto atordoado pelas sensações provocadas pelo beijo, ainda que queimasse em vergonha como o tubarão. Não era tão agradável ser pego no flagrante em meio a um beijo cheio de luxúria.

— Agora se puder me dar licença, Eiji, eu gostaria de conversar a sós com o garoto Tritão. — riu ao perceber a hesitação dele, usando os tentáculos para empurrá-lo gentilmente em direção a porta — Não se preocupe, eu prometo que vou devolvê-lo inteiro. Agora vai. 

>>><<<<

Bem soft, não acharam? 

Underwater Onde histórias criam vida. Descubra agora