8 - Nosso Canto

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Oshi que eu já tenho noção do que quero. Segurem as petecas, amores.

O coração de Eijiro estava carregado de esperança no dia seguinte, ansioso pra ver e estar com Katsuki uma vez mais

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O coração de Eijiro estava carregado de esperança no dia seguinte, ansioso pra ver e estar com Katsuki uma vez mais.

Céus, ele mal continha a animação, parecendo um filhote enquanto sentava no cesto da gávea do velho navio abandonado com um sorriso bonito enfeitando seus lábios e os dedos das mãos inquietos.

Ele viria, era certo. Katsuki podia ser um tanto mal humorado as vezes, mas não o deixaria sozinho, esperando em sei local de encontro. Não era a primeira vez que isso acontecia, não senhor, já aconteceu antes e mesmo saindo emburrado do encontro, ele sempre estava lá no dia seguinte. Por isso Eijiro se sentia confiante.

Katsuki voltaria e então poderia explicar a ele o porquê de não poder entregar o cordão. Tinha certeza de que ele surtaria e reclamaria para no final aceitar, pois essa era a natureza do loiro.

Só de imaginar que estaria perto dele de novo o coração do tubarão batia descontrolado e nervoso. Katsuki era tão lindo, corajoso e irresistível, com aquela linda cauda laranja néon tremulando e os cabelos revoltos. Uma visão que sempre o deixava sem ar, apaixonado e meio tolo, principalmente quando ele o encarava com aquele semblante furioso.

Eijiro ia acabar enlouquecendo um dia. Não importava se eram de espécies diferentes, ele só queria poder estar com o Tritão, beijá-lo e o manter em seu ninho de amor para sempre, sem nunca soltar. A simples ideia o deixava aceso e pronto para a ação.

Como um bom menino obediente ele sentou e aguardou, tecendo um breve presente com algumas algas e pedras. Quão tolo seria se os demais descobrissem sobre esse seu hobbie.

Não se importava com o que eles diriam, afinal nem mesmo chegariam a descobrir, mas esperava que agradasse ao tritão.

Demorou cerca de duas horas confeccionando a pulseira, com voltas delicadas entremeadas por pedras coloridas. Havia ficado lindo, digno de uma criatura esplendorosa como Katsuki.

No entanto ele ainda não havia chegado.

Tentou se distrair com outros afazeres, observando a paisagem monótona do cemitério de navios, ansioso pela chegada do Tritão, mas quanto mais o tempo passava menores eram as suas expectativas.

Ele viria, certo?

Ou não...?

Teria ficado assim tão irritado a ponto de não querer mais ficar perto de si? Será que tinha afastado ele?

O coração de Eijiro afundou no peito com a possibilidade de não mais vê-lo, e ele lutou contra o amargor em sua boca.

Porque ele iria querer um tubarão ao invés de algum outro Tritão de sua espécie? Eles eram compatíveis e poderiam acasalar e procriar, enquanto nem mesmo tinham certeza se podiam...

Afastou os pensamentos mantendo-se concentrado. Não era hora de fraquejar. Tirar conclusões precipitadas não era inteligente nem um pouco másculo.

Então ele esperou.

Passaram-se três horas.

Quatro.

Cinco...

Por fim ele desistiu, afastando-se da cesta da gávea com o coração pesado.

Ele não viria.

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Vocês nesse momento me acusando por tacar angst na fic

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