28| Pai: O Monstro

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Alerta de gatilho; esse capítulo contém cenas fortes de agressão doméstica, uso de grogas e morte, respeite seus limites!

Gente, antes de qualquer coisa, perdoem o Erick. Ele só queria defender sua mãe e a si mesmo.
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Era sexta, e logo logo seriam as provas, e como as aulas estavam quase no fim, eu teria que estudar muito, ou caso contrário eu iria ganhar uma bela de uma reprovação, e eu diria adeus as minhas mesadas e eu provavelmente ganharia vários dias de castigo.

Em alguns dias seria meu aniversário de dezoito anos! Porra, eu ia ser finalmente adulto! Ia sair de casa quando eu quisesse e finalmente iria morar sozinho. E talvez eu nem precisasse me importar com castigos porquê eu seria adulto e meu pai, ou minha mãe, não teriam mais controle das minhas ações.

Como combinado, falei com o Luís. Era intervalo e eu falei ao Hugo que iria procurá-lo, avistei ele sentado sozinho ouvindo música e então fui até ele.

Ele comia uma barra de chocolate branco. Céus, chocolate branco é totalmente desnecessário à sociedade!

Assim que ele me viu, ele sorriu e tirou os fones.

- E aí, Jason? - ele disse, guardando seu IPod na mochila. - Quer? - perguntou, me oferecendo seu chocolate.

- Olá! Não, que nojo! Odeio chocolate branco. - falei, me sentando ao seu lado. - Vou ser direto: nunca mais enfrente meu namorado! Não quero mais brigas.

- Você veio aqui só pra falar isso? - ele disse - Se for, Tchau!

- Não, não vim falar só isso. - se fosse o "eu" de antes, eu sairia dalí sem dizer nada, mas eu devia um pedido de desculpas. - Foi mal por ter falado daquela maneira. Você foi um babaca por ter sido grosso e o Erick também.

- Foi mal também. Eu fiquei com ciúmes.

- Ciúmes? Que raios de vida é essa? Luís, eu nunca te dei motivos para ter ciúmes de mim. Somos SÓ amigos!

- Eu sei. Já desisti disso. Digo, te ter algo com você. - ele falou, sorrindo - Amigos?

- Amigos.

Eu nunca imaginei que eu iria ser amigo daquele ser humano. Para mim, antes, ele era só um dos vários alunos irritantes daquela escola.

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- O Luís com ciúmes? - perguntou Erick, calmo, fazendo uma expressão engraçada. Ele não ficou puto nem nada disso quando contei. Estávamos na sua casa, mais especificamente, na sua cama. - Puta que pariu esse garoto não desiste.

Eu estava deitado sobre seu peito nú, ele só estava de cueca, e eu, em um short de moletom, não transamos nem nada, quando cheguei ele estava assim então achei melhor tirar minha camisa. Seu peito já tinha alguns pelinhos. Preguiçoso. Nunca tirava quando crescia. Sua barba estava muito grande.

- Relaxa, Erick, ele sabe que eu já tenho dono. - eu disse, e não tinha percebido o quão aquilo saiu estranho até que ele disse:

- Não, eu não sou seu dono, eu sou seu namorado. Bandido sim, possessivo nunca.

Era fato, eu sei, mas a palavra "bandido" nunca tinha me incomodado tanto.

- Tenho medo. Eu sei, é sua vida, mas eu sofro em pensar que você pode morrer a qualquer momento.

- Por eu ser bandido? Ah, qualé, Jason? Eu sou o melhor traficante que esse país já viu.

- É uma coisa muito estranha de se orgulhar. Você já matou gente? - aquela pergunta foi repentina.

O Cara Que Me Dominou ( Romance Gay ) | CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora