52| Dia 31 de dezembro

1.2K 87 11
                                    

|PENÚLTIMO CAPÍTULO


A imagem do Erick partindo ainda estava na minha cabeça. Eu ainda estava me perguntando se tudo que aconteceu foi real. Eu sequer estava falando com ele, estava magoado, com raiva. Mas eu ainda o amava, e nunca mais íamos nos ver. E eu não podia fazer nada para mudar isso.

Eu estava com raiva.

— Só mais uma, por favor. — falei ao barman, que assentiu.

Peguei meu celular e verifiquei se Erick
poderia estar online, mas ele não estava.

Visto por último dia 20 de dezembro às 14:56.

Eu: olá, eu só preciso saber se você está aí.
Eu: por favor.
Eu: fala comigo.

Nada. Não teve nenhuma resposta.

Eu queria gritar, queria sair gritando pela rua, chorando. Eu fui tão idiota por não ter passado esses últimos tempos com ele. Era o que eu estava, e eu não podia simplesmente passar por cima dos meus sentimentos.

Virei mais um gole do Whisky e senti o líquido queimar minha garganta.

— Jason? — ouvi uma voz, olhei para fora e era o Rodrigo. Tentei disfarçar que estava bêbado, mas acho que não deu muito certo. Ele estava vindo na minha direção. — o que faz por essas bandas, a essa hora? E por que está nesse bar bebendo?

Ignorei suas perguntas. apesar do Erick ter ido se entregar, eu não devia contar nada para Rodrigo, ele ainda era policial.

— Me leva para um hotel, por favor. — falei, meio bêbado. Não demonstrei estar triste ou querendo chorar, minha voz saiu embargada e por causa da bebida e talvez ele não tenha desconfiado de nada.

— Hotel? O que aconteceu? — ele me olhou preocupado.

— Não aconteceu nada. — falei. — Eu só não quero ir pra casa do Hugo bêbado, é irresponsável.

— Ah, mas ficar em plena dez horas em um bar numa que nem conhece é responsável? — ele falou. Revirei os olhos.

— Quem você é? Meu pai?

— Não, sou um amigo preocupado. Você sabe que a rua é perigosa. — ele disse, sendo chato. Tudo que eu menos queria era ouvir sermões.

— Só me leva para um hotel, por favor. — falei, ele suspirou e assentiu.

— Tá bom, vamos. — ele disse, pegando na minha mão. — Cuidado. Quanto deu a conta, moço?

Ele disse o preço e então eu paguei.

***

Ao chegar no hotel, Rodrigo acertou tudo com a recepção e me ajudou a subir até o quarto. Não queria estar dando trabalho para ele e nem para ninguém, Hugo não sabia onde sabia aonde eu estava ou como estava, achei melhor assim.

— Liga pro Hugo. — disse Rodrigo.

— Não, não vou ligar. Ele vai ficar me dando lição de moral e eu não tô com saco pra isso. — falei, mas vi que eu não tinha voz naquele estado.

— Anda, porra, liga logo. — ele disse, me xingando — Desculpa te xingar, mas cê não tá ajudando. Alguém precisa vir aqui amanhã.

Peguei meu celular e tentei procurar o número dele, mas eu estava tonto e minha visão estava embaçada.

Após achar o número, liguei.

O Cara Que Me Dominou ( Romance Gay ) | CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora