44| Não é o único com problemas com seus pais

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Acordei no dia seguinte muito animado para começar na livraria. Era uma experiência totalmente nova, obviamente. Mesmo que eu amasse livros e o mundo da literatura.

Eu tomava tranquilamente meu café, junto com o Hugo e os pais dele. Como eu já era maior, mandei email para a escola, pedindo para mudaram o tempo integral na escola para normal, para se encaixar com meu novo trabalho. Por isso meu turno iria começar logo depois da escola, então eu tinha tempo de me preparar e pensar em como não estragar tudo. Pesquisei na internet maneiras de como não estragar tudo no primeiro dia no trabalho, não ajudou muito, mas eu acreditava que tudo iria dá certo.

— Aposto que vai se sair ótimo no primeiro dia e se dá muito bem com o Moreira, ele é um velho gente boa. — disse o pai de Hugo, sorrindo. Sorri também.

— Isso mesmo. Mãe, lembra de quando ele deixou eu passar um tempinho na casa dele quando vocês foram viajar? Foi um dos melhores dias da minha vida. — Hugo disse, bebendo um gole do seu café logo em seguida. — ele me fez ler um livro inteiro e fizemos um clube do livro a noite, tomando chocolate quente.

— Você vai se sair bem, fica tranquilo. — a Amélia disse, sorrindo. Passando uma energia boa e me confortando. Não sabia que começar um trabalho novo pudesse te deixar tão nervoso.

— Obrigado pessoal, agora eu tô menos nervoso. — falei.

— E vocês não têm aula, não? Vamos, vão para escola! As provas são semana que vem, não podem perder sequer um minuto de aula. — Amélia disse. Fizemos que ela mandou e então pegamos nossas mochilas.

...

Ao chegar na escola, vi uma multidão se formando, parecia estar tendo uma briga ou algo assim, não consegui ver porque tinha muita gente ao redor.

— Ah, não. Duas brigas só esse mês? Esses caras não têm o que fazer não? — disse Hugo, irritado. —  A cada minuto de aula perdida é uma chance a mais de reprovar!

— Vamos lá. — falei, ignorando o que ele disse, por mais que ele tivesse razão.

Caminhamos até a multidão, e foi muito difícil passar por todos aqueles alunos. Assim que cheguei no motivo da multidão, pus a mão na boca.

Luiz estava deitado no chão, em um estado deprimente, sujo e fedendo a álcool. O que estava acontecendo? Tentei acordá-lo, mas ele estava em um sono muito pesado.

— Hugo, me ajuda a levar ele daqui. — falei, tentando colocar ele sentado, para que pudéssemos segurá-lo, mas ele era muito pesado. — Saiam da frente.

— Sai daí, gente, pelo amor de Deus. Se não vão ajudar, façam algo de útil pelo menos! Vão estudar! — Hugo disse, fazendo assim todos saíram de perto, mas ainda tinha alguns observando.

Algo bem raro era não ver o diretor no pátio, averiguando e mandando todo mundo pra sala de aula. Ou SIMPLESMENTE ajudando o Luiz. Ele devia ter faltado, só pode.

Assim que colocamos Luiz sentado perto do banheiro, tentei acordá-lo novamente, mas ele parecia muito mal. Ele devia ter ingerido alguma droga e misturado com bebida.

— Droga. — falei, imaginando que seria... — Overdose. Hugo, pega água por favor, ele tem que ficar pelo menos um pouco acordado. — Hugo correu para o banheiro e trouxe sua garrafa cheia de água.

Joguei um pouco na cara dele, mas nada. Dei tapinhas na cara dele, mas nada aconteceu também.

— Alguém chama o diretor, por favor? Temos que levar ele pro hospital. — falei.

— Jason, o diretor não veio, mas tem uma mulher no lugar dele. — Hugo disse. — Falamos com ela?

— Como assim ela não ver o que acontece nessa escola? — falei, indignado.

O Cara Que Me Dominou ( Romance Gay ) | CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora