49| Em toda a minha vida

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Hugo

O dia estava maravilhoso.

Eu não tinha essa visão todos os dias, já que na maioria das vezes eu acordava de mau humor e querendo mandar todo mundo para o inferno. Para eu acordar esse dia diferente, tinha alguma coisa especial, e ela tinha um nome: Rômulo.

Desde o dia da festa a gente estava fortalecendo o que tínhamos, eu não sabia se estávamos namorando, não tocamos no assunto em nenhum momento, em todas as vezes que saímos. Eu não queria apressar as coisas, era cedo. Ou ter uma visão errada do que estávamos tendo.

Não importava se era namoro, mas eu estava gostando de passar um tempo com ele. A questão aqui é que nunca saímos das preliminares, estou falando sobre o sexo. Não sei qual era o problema dele, e eu sei que vou estar enfatizando um esteriótipo ridículo, mas eu achei que todos os bandidos fossem atirados, entretanto o Rômulo não era. Eu queria transar com ele, a noite toda, mas se ele continuasse tão relutante talvez eu ficasse só no desejo mesmo.

— Jason, acha que se deu bem nas provas? — perguntei, caminhavamos para dentro da escola.

— Sinceramente? Não sei. Com todos esses problemas, com minha mãe no hospital, com a questão do Erick, acho que não me surpreenderia caso eu fosse mal nas provas. — falou, sendo completamente pessimista.

— Não seja tão pessimista. — eu disse, entrando na sala de aula, onde iríamos esperar os resultados. — Seja qual for o resultado, garanto que você e eu passamos, estudamos tanto.

Nem sempre eu era tão otimista, geralmente eu era bem pessimista, talvez seja por que nada na minha vida dá certo.

— Vamos aguardar. — ele disse. — Luiz? — olhei para a porta da sala e o Luiz estava entrando na mesma, cabisbaixo.

— Ele não está doente?

— Tá, não sei o que ele veio fazer aqui. — Jason respondeu, preocupado. Ele não me contou qual era a doença do Luiz, mesmo eu perguntando muito. — Vamos lá.

— Acho melhor não incomodar ele, amigo...

Não adiantou, acabamos indo do mesmo jeito.

— O que faz aqui? — Jason perguntou.

Luiz olhou para ele, sem entender.

— Eu estudo aqui, lembra? — ele disse, ironizando. — Olá, Hugo.

— Oi, amigo. — sorri.

— Eu sei... Só que você tá muito doente, aqui não é um ambiente muito saudável. — Jason continuou falando.

— É, mas eu não estou morto. Ainda não, pelo menos. — ele estava muito afiado. — Qual foi, Jason? Virou minha mãe agora?

— Desculpa ela, Luiz, ele tá um pouco nervoso... Por causa das provas. — tentei interferir a conversa, e eu até consegui por alguns minutos. — Você fez as provas?

— Acabei tento que fazer. Nem sei porquê, já que daqui a alguns dias... Esquece. — dei de ombros, sem entender.

— Olha só quem voltou... — alguns alunos entraram na sala, aqueles babacas. — o drogado. O papai te obrigou a cortar o cabelo, foi?

O Cara Que Me Dominou ( Romance Gay ) | CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora