17| A verdade sempre vêm à tona

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Hugo ligeiramente vestiu de volta sua calça. Ele parecia nervoso com algo, talvez estivesse escondendo algo muito grave, se dizia respeito a meu pai ou não, eu ia descobrir.

Melhores amigos não escondem segredos, certo?

- Será que podemos conversar, Hugo? - repeti, caso ele estivesse esquecido. - Hugo, seja lá o que tiver escondendo, eu preciso saber, senão vou enlouquecer! Sabe como é ter que ficar especulando as coisas e ter a sensação de ser paranóico?

Antes que ele pudesse me responder, um garoto entrou no banheiro, ao nos verem, ele logo capitou o recado.

- É para eu sair?

- Não precisa, vamos sair.

- Que o namoro de vocês não acabe. - disse ele, nos olhando com pena. Garoto doido.

- Que? Não somos namorados, menino. - falou Hugo, e isso saiu menos estranho.

- Nada haver.

- Tá, desculpa.

...

Saímos do banheiro e fomos rumo ao refeitório, não tinha ninguém - exceto por alguns nerds - pois todas as aulas haviam acabado. Hugo se sentou, ainda me olhando.

- Vai parar de mistério ou vai resolver me contar? - pressionei. Eu odiava ser um maluco opressor.

Ele suspirou.

- Vou... - ele disse - Eu e o seu pai... A gente. Estamos-namorando - falou ele rapidamente a última palavra, mas eu entendi perfeitamente.

Então tudo o que pensei tinha acabado de se concretizar. Meu pai e o Hugo estavam namorando escondido. É claro que cada um tem livre arbítrio para namorar com quem quiser, mas eles pelos menos deviam ter contado.

Eu estava com uma sensação estranha, uma sensação de... de decepção.

- Então quer dizer que... Você e... o meu pai, estão namorando? É isso?

- É, é isso.

- Porra, Hugo! Por que vocês não me contaram? Por que resolveram esconder de mim uma coisa tão importante? Estamos falando de você e meu pai. - eu queria bater em alguém, para tirar toda a raiva que tinha em mim.

- Amiga, a gente ia contar... Iamos contar...

- Quando? Hum? Q

- Eu não sei...

- Quando finalmente estivessem convicto que amavam um ao outro? Quando estivessem noivos?

- Não é pra tanto

- É sim! Eu tinha todo. O direito, de saber. Tá legal, todo mundo é livre para fazer o que porra quiser da sua vida, mas você devia ter me contado desde o primeiro momento. Eu ia apoiar! Mas vejo que nossa amizade não é tão importante assim. - eu ia sair, mas ele se levantou e pegou no meu braço.

- Jason, o que está querendo dizer? olha, eu sinto muito. Eu devia ter contado, eu sei. Mas tenta me entender, poxa!

- Como Hugo?

- Eu estava apenas com medo, medo de nossa amizade acabar, medo de você me deixar... - Ele disse, mas estava decepcionado demais para entender...

- Eu preciso de tempo... Só isso.

Então eu sai, o motorista já me esperava do lado de fora, provavelmente meu pai já sabia das minhas suspeitas, pois ele me esperava ao lado do carro.

- Filho...

- Guarde suas desculpas apenas para você. Eu só quero ir embora. - dito isso, eu entrei no carro, pedindo para o motorista acelerar logo em seguida. Olhei pelo espelho e vi meu pai ir rumo a escola. De qualquer que forma eu estava contente, ver meu pai em relacionamento saudável.

HUGO

Ao ver o Mário se aproximar, corri em sua direção, o abraçando, mas ele se afastou.

- Você contou para o Jason? Sobre a gente?

- Contei.

Ele se desesperou, passando a mão no cabelo:

- Porra, Hugo! Era pra gente contar junto!

- MAS EU TIVE QUE CONTAR! Eu não aguentei esconder algo do meu, melhor amigo! E me desculpa, mas se for para escolher entre nosso namoro e minha amizade com ele... Você já sabe o óbvio

- Também não é assim. - ele pegou nas minhas mãos - Vamos dar um tempo pra ele, certo?

Assenti, e ele sorriu, me beijando em seguida.

- Vamos, eu vou te deixar na sua casa - ele pegou na minha mão novamente, mas soltei.

- Não, meu amor. Eu prefiro pegar um táxi. Te amo. - falei

- Também te amo - ele me beijou novamente

JASON

Ao chegar na minha casa, subi logo para o meu quarto, queria evitar perguntas da minha mãe, queria evitar meu pai. Ao chegar lá em cima, joguei minha bolsa em um lugar qualquer e então pulei na minha cama, eu não chorei nem nada, não era pra tanto. Mas, eu fiquei muito irritado, decepcionado, ou qualquer sinônimo desses sentimentos.

Eu precisava extravasar!

Π°Π°Π

A coisa tá preta!

O que vocês fariam caso um amigo de vocês estivessem namorando seu pai/mãe?

Bjs, Lucke!





O Cara Que Me Dominou ( Romance Gay ) | CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora