33| a cara de quem vai pôr medo no sogrão

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Ficamos nos olhando alguns segundos, eu o fuzilava com meus olhos e desejava mentalmente que eu tivesse uma arma na minha bolsa, para eu colocá-lo para correr a base dos tiros. Babaca.

Ele ainda tinha aquele sorriso torto e debochado, que me causava raiva.

- Será que nem no meu ambiente escolar eu vou ficar livre de você? Puta que pariu. - falei, revirando meus olhos.

- Calma, mano. Tô aqui só dando um rolé, nada contra ti. - ele disse, sendo cínico. - O que tu tem contra mim?

- Contra você? Não. Nada. - eu disse - Mas algumas atitudes suas me fazem te odiar. Odiar é uma palavra muito forte, eu tenho é nojo de você.

- Ah, cê tá falando do Erick? - ele gargalhou, sem humor. - Mano, isso vai fazer dois anos! Esquece.

- Eu não tenho que esquecer nada. Eu só acho que foi uma puta traição da sua parte. Ele te amava sabia? - seu olhar cínico se intensificou cada vez mais, e eu só queria dá um soco nele. - Mas, finalmente, ele superou. Ele me ama.

- Que bom que ele superou. Mas eu não sei onde ele arrumou estômago para aturar tu, mano. Tu é muito irritante! Essa pose certinha! - ele falava, sem parar.

- Eu posso ser irritante, mas nunca vou magoar o Erick, nunca. - ponderei, e ele novamente gargalhou.

- Tá certo, senhor-nunca-erra! - ele disse - E você tem tanta certeza assim de que o seu novo namorado não vai te fazer sofrer? - ele perguntou, com um tom um pouco acusativo. Era só uma provocação dele, eu não ia cair.

- Absoluta. - disse.

- Você gosta de está no controle, não é? O Erick está alucinado por você, doidinho, e é disso que você gosta. Aposto que você é uma daquelas pessoas que faz merda, mas mesmo assim querem estarem certas acima de tudo. Essa sua cara não me engana. É pior que eu.

- Ah, é? Então...

- Carlos? Que porra você tá fazendo aqui? - ouvi a voz do Erick ao longe, ele me encarou e sorriu, e então me beijou. Olhei para Carlos e ele tinha uma cara de nojo. - O que faz aqui? - o semblante de Erick mudou ao olhar para Carlos, que sorriu debochado. - Vamo, mano, fala!

- Não posso mais andar por aqui, caralho? Vai tomar no cu. A cidade ainfa é pública! - ele disse, irritado. - Mas, respondendo a sua pergunta: eu só estava dizendo algumas verdades para seu amado aí.

- Verdades? Não ferra. Você só fala merda, e se alguém dá bola e pior ainda.

Era nítido minha irritação, só me acalmei um pouco devido a presença do Erick.

- Tu não vai ficar bolando meu cara, tu tá ligado? Ele não tem nada a ver com o que aconteceu entre a gente, tá entendendo? Fica longe dele, meu parceiro. Tô te passando a visão aqui na boa.

- Ah, mano, tu tá me estranhando! Vou aproveitar e dizer uma coisa: é melhor ter cuidado com o meu chefe, ele não tem pena de vacilão que nem tu. - ele disse, provavelmente querendo impor medo ao Erick, mas não fez efeito.

- Tu ta me tirando? - Erick gargalhou. - Fala para o teu chefe... Que eu aqui me garanto! Já botei espertão como ele no caixão, tá ligado?

- Vamos embora, Erick. Não vamos perder nosso tempo com esse aí. - falei. - Por favor, vamos. Estamos chamando a atenção. - eu falava preocupado. As pessoas ao redor olhavam curiosas.

Eu estava realmente com medo do que possivelmente acontecer, Erick era muito impulsivo naquelas questões, e Carlos era muito cretino para chegar ao ponto de fazê-lo perder a cabeça, e eu não queria que eles de repente brigassem alí, na frente da escola. Seria um pé no saco ter que chamar a polícia, o Erick ia preso.

O Cara Que Me Dominou ( Romance Gay ) | CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora