Minha mãe é um anjo

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Naruto estava encostado na parede tomando café. Ele não conseguia parar de pensar no que o filho tinha dito no dia anterior, Bolt sempre soube que não tinha uma mãe e Naruto sempre fez de tudo para o garoto não se sentir magoado com isso. Assim, o menino nunca demonstrou sentir falta, ou querer ter uma mãe. Pelo menos, até agora...

Naruto coçou sua nuca, sabia que iria precisar ter aquela conversa com o filho

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Naruto coçou sua nuca, sabia que iria precisar ter aquela conversa com o filho. "Vai lá Naruto, você precisa falar com ele"

— Filho... - O garoto que tinha um bigodinho formado pelo toddy que havia tomado passou a observar o pai, ele estava estranho.

— O que foi papai? O senhor está suando..

"Você consegue Naruto, anda" — Você se lembra do que falou pro papai antes de dormir?

O garoto começou a pensar, mas não tinha certeza sobre o que o pai queria dizer — Hmm, não sei papai.

— Você falou sobre o anj.. a vizinha. Se lembra?

O garoto abriu um sorriso e somando isso ao bigodinho dele, a cena de fofura era extraordinária, Naruto queria apertar aquelas bochechas — Ahh, isso? Eu quero que ela seja a minha mãe!!

O mais velho engoliu seco — Filho, você só falou com ela poucas vezes, não a conhece tão bem... ela não pode ser sua mãe meu amor.

— Papai, até a tia Sakura que não gosta muito das pessoas adora ela. Ela é muito divertida, eu gostei dela e quero ela pra ser minha mãe! -cruzou os braços emburrado

— Filho, um dia quando o papai casar, você terá uma mãe. Você nunca falou nada sobre querer uma mãe comigo, por acaso eu não sou o suficiente pra você? - Naruto fingiu estar magoado

— Não! Não é isso papai! Você é o melhor do mundo. Mas é que ela é um anjo pai, quero que ela fique sempre pertinho de mim. E se pra ser minha mãe ela precisa casar com você, então que seja!

Naruto começou a gargalhar, aquele menino parecia um adulto. O mais velho que vivia debatendo e pressionando pessoas em seu trabalho, não conseguia rebater o próprio filho — Não é assim que funciona pirralho. Esqueça essa história de casamento... você está se apegando muito rápido a essa moça, já está querendo transformá-la em sua mãe, mas ainda nem sabe se ela gostaria de algo assim. Vamos deixar essa história pra lá Bolt, o que acha? - Naruto falou com calma e um pouco mais sério, não queria ver o filho sofrer. E olhando nos olhos azuis-piscina daquele garoto tão determinados, nem parecia que ele era apenas uma criança de cinco anos.

— Você tem razão papai.. - O mais velho sentiu um alívio em seu peito — Vou perguntar a ela o que acha de se tornar minha mãe!

— Pera! QUE? - o pequeno apenas sorriu

— Vamos papai, não quero me atrasar, hoje tem aula de artes.

——————

Naruto trancou a porta e estava se virando para ir em direção ao elevador quando Bolt soltou sua mão e saiu correndo. Quando o loiro olhou em direção ao filho, o pequeno já estava no colo da vizinha que sorria e abraçava ele. Naruto ainda não sabia como reagir a ela depois do ocorrido na noite anterior, então se aproximou devagar, ela estava tão entretida com Bolt que nem reparou no mais velho ali.

— Bom dia Hinata... -ele falou baixinho

Ela corou ao olhar para ele, que não desviava um segundo sequer do olhar dela, os olhos dele eram tão intensos que Hinata ficou alguns segundos perdida neles. — Bom dia... N-Naruto.....eu eu queria pedir desculpas por ontem, eu estava estressada e acabei ficando chorosa bem na sua frente e ...

Ela desviava o olhar, ele logo a cortou, era nítido que mentia, mas não cabia a ele se intrometer — Não tem que se desculpar, eu fui entrando na sua casa e você estava conversando com Sakura, eu é que devo pedir desculpas..

Ela o fitou e deu um doce sorriso — Não precisa.. -falou baixinho

Ela abriu um enorme sorriso e ela se sentiu aquecida com aquilo, era como se aquele sorriso pudesse fazer todos os seus problemas desaparecerem. — Já que estamos resolvidos, será que podemos ser amigos?? - ele colocou a mão atrás da nuca "se ela disser que não vou morrer de vergonha"

— Claro! -Fechou os olhos e abriu um lindo sorriso fazendo Naruto quase babar

Bolt que já estava no chão, os olhava com atenção enquanto eles esperavam o elevador.

— Hinata, o que são essas pastas com você? - os dois adultos passaram a encarar o pequeno.

— Ahh, as uso pra trabalhar. Sou psicóloga meu amor.

— Hmmm, não sabia que anjos trabalhavam.

Ela abriu um doce sorriso — Bolt, eu não sou um anjo querido... sou uma mulher bem normal..

—Jamais! Falando nisso, preciso falar com vo.. - o elevador abriu e eles entraram, Naruto encarava o filho, já tinha uma boa noção do que o pequeno iria falar.

— Filho, eu já disse que é melhor ir com cal..

— Não papai, quero saber logo o que ela acha. - o menino corou e olhou timidamente para a morena — H-Hinata, v-você gostaria de ser minha mamãe?

O elevador abriu e eles saíram. Hinata estava corada, eles estavam em um cantinho e não havia mais ninguém ali.

— Hinata, não precisa responder isso, já falei com Bolt que vocês se conheceram agora.. mas ele é muito intenso, fique tranquila, vou conversar com ele. - Naruto já estava preocupado, não queria magoar o filho, e a moça estava paralisada... não sabia o que fazer.

Hinata então, se ajoelhou, colocou suas pastas no chão e gentilmente colocou um dedo nas bochechas do garoto, fazendo um leve carinho. O menino parecia que iria chorar — Meu amor, se você e seu pai permitirem, eu adoraria me tornar sua mãe - O menino arregalou os olhos e agarrou o pescoço de Hinata, que correspondeu com um intenso abraço. Os dois começaram a chorar.
Naruto que viu aquela bela cena sorriu e era possível ver algumas lágrimas escaparem de seus olhos.

— Papai, você vai deixar né? - Naruto deparou-se com sua versão em miniatura e aquele anjo o encarando, como poderia negar algo a eles?

— É claro! - se pudessem definir a felicidade em um momento, seria aquele..

—————

— Meu amor, agora eu preciso ir ao trabalho, a noite eu te vejo, okay?

— Não mamãe! Papai pode te dar uma carona, né papai? - Bolt encarou o loiro e franziu o olhar

Naruto conteve o riso — Claro! Hina-chan, eu te deixo lá não tem problema algum.

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