Bárbara corre na direção de Millie já erguendo sua arma de choque e se preparando para atacar a menor com um golpe na diagonal, mas seu alvo consegue desviar por pouco da investida, ao se projetar para a esquerda, deslizando no chão liso.
— Eu não fiz nada, sua doente! — afirma Millie, se virando para ela, que também desliza no piso frio.
— Mentira, seu projeto de puta! Você gastou toda a nossa água!
A menor leva a mão até o bolso de trás da sua calça, mas lembra que seu canivete ficou dentro da mochila e logo tem que desviar para a esquerda novamente, já que Bárbara, furiosa, lhe atacou novamente, mas dessa vez, ela recua a arma de choque e consegue firmar o pé esquerdo no chão, empurrando a jovem contra as pias. Millie bate seu quadril no granito e sente uma pontada de dor na região, mas ainda tem tempo de se esquivar da terceira investida de Bárbara, que destrói o espelho acima da pia o rachando em vários pedaços. Porém, ela caiu no chão devido a dor e agora se apoia nos cotovelos, encarando a desequilibrada.
— Você é bem rápida pra uma vadia em ascensão... mas já está se cansando. E quando eu puser minhas mãos em você, garanto que esse corpo magrelo vai ficar um bom tempo sem se mexer. — ela puxa o taser do espelho, trazendo consigo alguns cacos de vidro junto e começa a andar na direção da menor.
Millie aguarda pelo momento certo e quando Bárbara começa a se curvar, ela a chuta na altura do joelho direito, acertando seu osso com o a parte de trás da sola do All Star, arrancando um grito de susto e dor da ruiva, que perde o equilíbrio e cai ao lado dela, batendo a boca no chão. o gosto de sangue começa a invadir a sua boca e a deixa ainda com mais raiva.
— Sua puta maldita!! — cuspindo muito sangue enquanto fala, a mulher tenta se levantar, Mas Millie se joga em cima das suas costas, mantendo-a no chão. — Se você não me soltar, eu vou gritar e você vai estar fodida! — Ela consegue agarrar os cabelos loiros da criança com sua mão esquerda e os puxa com força, quase fazendo-a bater com a testa no piso.
Com um surto de força, Bárbara consegue girar seu corpo e ficar por cima de Millie, agora segurando seu cabelo com as duas mãos. Sentindo muita dor no couro cabeludo, a garota grita e seus olhos começam a se encher de lágrimas, mas mesmo nessa situação, ela começa a esticar seu braço direito ao máximo, na tentativa de alcançar o taser, que caiu da mão de Bárbara quando ela foi derrubada. A garota está para desistir, mas sente seus dedos encostarem no aparelho e, esticando o braço ao máximo, ela consegue o segurá-lo e, imediatamente, o leva até a lateral do pescoço, da desequilibrada, o ativando. O corpo inteiro dela começa a tremer e Millie se esforça para tirá-la de cima, jogando-a para o lado. A menina fica em pé, também tremendo — só que de adrenalina e medo — e se dirige até um dos banheiros, abrindo a porta e jogando o taser dentro do vaso sanitário, dando descarga logo em seguida e vendo a água transbordar, inundando o piso.
— Sua vadia maluca! — Millie massageia o couro cabeludo enquanto olha a mulher e caminha desnorteada para a saída, após tudo o que aconteceu.
Ficando no banheiro, Bárbara tenta se levantar, mas seu corpo inteiro ainda sente os efeitos do choque, a fazendo voltar ao chão. Imóvel, ela fecha os olhos e permanece desacordada enquanto a água que transbordou da privada começa a molhar sob seu corpo.
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Sangrentos: Destinos Cruzados
TerrorUma pandemia causa o colapso mundial, tirando de circulação governos, comércios, emissoras de TV e a vida como era conhecida; uma praga que faz os mortos se erguerem para o topo da cadeia alimentar e dominarem o globo, banqueteando-se dos vivos. Na...