V - Estrelas

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- Vai, Steve, corre mais rápido! - Amber gritou, parada no gol

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- Vai, Steve, corre mais rápido! - Amber gritou, parada no gol.

Eu corria. Deus, eu amava correr. Pequenininho e raquítico do jeito que eu era, correr a 1 km por hora já era o suficiente para me fazer voar, o vento nos meus cabelos e o sorriso de orelha a orelha de Amber no rosto me fazia sentir um astro do futebol no quintal de casa no Brooklin.

E chegou a hora. Eu tinha que chutar. Tinha que chutar para o gol. Era o momento mais decisivo e emocionante da vida de um garoto de sete anos. Mas e se eu não conseguisse? Não era hora de hesitar. Eu tinha que ter coragem e chutar aquela bola. Respirei fundo e chutei. Chutei bem nas pernas de Amber, ela iria pegar a bola muito fácil, mas então magicamente ela se jogou para o lado, fazendo a bola entrar no gol.

Comemorei, gritando e correndo pelo pequeno quintal. Amber veio também, gritando e me pegou no colo como se eu fosse uma pena.

- Você é muito bom, cara! - disse, me colocando no chão. - Se começar a comer legumes com certeza vai virar o melhor jogador de futebol do país.

- Eca, legumes não! - fiz uma careta, fazendo-a rir.

- Legumes sim, mocinho.

- Eu sou pequeno. - disse, abaixando os olhos. - Os outros meninos me chamam de magrelo. Nunca vou conseguir.

Amber abaixou para ficar na minha altura.

- Ouça, Steve. Só você pode decidir se consegue ou não alguma coisa. - ela ajeitou minha blusa do Barcelona, tocando o símbolo com o dedo. - Você tem paixão por isso, e paixão é uma coisa indestrutível. Nos dá mais poder do que imaginamos. Você tem muito mais poder do que imagina, entendeu?

- Acho que sim. - disse, dando um sorriso que ela acompanhou.

- Ótimo. - ela deu um soco no meu braço, se levantando.

- Au!

- Isso é por não ter corrido rápido! Vamos de novo!

A lembrança se substituiu num passe de mágica. De repente eu estava em casa, dois anos depois. Uma tempestade de verão terrível havia se instalado em Nova York por conta do furacão que estava "dando um role pelo sul" de acordo com Amber. Disse que não chegaria aqui, mas tinha deixado o tempo meio louco pela última semana. Eu estava sentado cabisbaixo na janela, encarando a tempestade pelo vidro da janela.

- Hey, feio, o que foi?

- Não sou feio! - respondi, chateado, e Amber ficou séria porque eu nunca agia assim com ela. Ela entrou no quarto, sentando na cama a minha frente.

- Você é lindo. O que foi?

- Estou com saudade.

- De quem? - perguntou, confusa.

Supernova - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora