XVII - Estrela Cadente

962 93 49
                                    

Dirigi por alguns minutos até a parte alta de Washington e parei o carro no alto do morro de grama

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dirigi por alguns minutos até a parte alta de Washington e parei o carro no alto do morro de grama. Um céu estrelado se estendia sobre nossas cabeças e a nossa frente a paisagem maravilhosa da capital do país gigantesca completamente brilhante por conta das inúmeras luzes artificiais da cidade.

Natasha desceu do carro sem me olhar, boquiaberta. Seus pés foram andando pelo cascalho até a borda do precipício do morro e ficou lá, olhando as luzes, sem dizer nada. Cada silêncio de Natasha era tão profundo e revelava tanto sobre ela que eu tinha vontade de ficar quieto para sempre. Era uma conexão celestial entre nós dois que parece existir a milhares de anos luz.

- É tão bonito. - Natasha murmurou depois de um tempo. Eu estava ao seu lado, apreciando a paisagem a minha frente, evitando não reparar em como seus olhos ficam brilhantes refletidos naquela luz.

- É sim. - concordei.

- Por que você fica comigo, Steve? - ela disse, me encarando. Franzi as sobrancelhas, estranhando a pergunta. - Por que se importa?

Eu abri um pequeno sorriso, me virando de frente para ela devagar. Natasha fez o mesmo, ficando completamente estática quando aproximei nossos corpos até faltar a distância de um átomo nos separando. Eu tinha que abaixar a cabeça para olhar para ela, e ela levantar a dela para alcançar meus olhos. Natasha tentava constantemente se fazer de forte, e aquele era um daqueles momentos em que ela rezava para não perder o controle.

- Eu não sei. Eu só me importo. Muito.

Ergui minha mão devagar, tocando seu rosto com os dedos suavemente, fazendo-a fechar os olhos por um segundo. Eles deslizaram por sua bochecha devagar, até se estender aos seus cabelos ruivos caindo no rosto. Coloquei uma mexa atrás da orelha, levando a outra mão para sua cintura.

- As vezes eu me pergunto se você é real. - murmurei, e ela engoliu em seco, e notei seus olhos marejando levemente. - Queria que você se visse como eu vejo. Você... é linda.

- Não é certo. - ela murmurou, cedendo cada vez mais ao meu toque; Apertei sua cintura de leve, fazendo-a encostar o peito no meu. Meu rosto estava cada vez mais perto do pescoço dela, e sua respiração alterada.

- E daí? - eu disse, me embriagando cada vez mais em seu perfume. Queria que ele ficasse em mim para sempre.

Natasha segurou minha mão em seu rosto, dando-a um aperto confortável.

- Você não quer fazer isso, confie em mim. - ela disse, se afastando. Ia fazer menção de protestar, mas Natasha arfou para trás, abraçando o corpo por um segundo e começou a tossir. Uma tosse forte e seca, carregada de dor.

Ela continuou tossindo com a mão na boca, chegando perto da janela do carro e tirou de lá a bolsa que sempre carregava para cima e para baixo. Não consegui me mexer, assustado, enquanto ela tossia contra um pano branco.

Supernova - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora