XXII - Marte

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Nesse momento eu encarava o portão de Natasha e sua mansão iluminada como uma estrela quase coberta por árvores e plantas

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Nesse momento eu encarava o portão de Natasha e sua mansão iluminada como uma estrela quase coberta por árvores e plantas. Analisei meu terno azul turquesa escuro novamente. Eu o usava todo ano e por isso ele estava meio justo e fecha-lo era difícil, mas aquele toque novo me agradou: uma gravata borboleta vermelha. Natasha disse que seu vestido é vermelho e só isso já me fazia tremer.

No meu bolso havia uma pequena rosa enfiada nele, assim como a pulseira numa caixinha transparente que eu segurava. A blusa debaixo era branca e de botões e eu usava meus vans pretos. Minha mãe tentou me colocar num sapato social, mas me recusei. Limpei a garganta novamente, parado como um idiota no portão dela. Talvez eu estivesse tremendo.

Ouvi um barulho de campainha e me assustei, já que nem encostei em nada.

- Foi eu, guri. - olhei para o lado, na cabine do segurança, Hogg estava me olhando provavelmente a uma eternidade. - Você parado aí estava me dando agonia. Coragem, guri!

- Meu nome é Steve. - dei um sorriso nervoso.

Hogg apertou um botão que abriu o portão, e agradeci. Subi até a casa passando pelo jardim e o acendendo no processo. Bati na porta, e prontamente um Nick abriu. Ele analisou meus olhos, depois minha gravata, e então meus tênis e riu consigo mesmo, negando com a cabeça.

- Oi, sr. Fury. - disse, sorrindo.

- Ela está quase pronta. - ele deu espaço para eu entrar, e obedeci, envergonhado. - Tênis bonitos.

- Obrigado. - limpei a garganta. Esperei por alguns minutos e me sentei no sofá branco que deveria custar minha casa, onde Fury assistia o jogo. - Flamengo e Vasco? - comentei.

- É o que tem essa hora. - ele cruzou os braços, olhando para TV.

- Não acredito que estão vendo futebol juntos. - ouvi a voz de Natasha, e literalmente pulei do sofá. Quando coloquei os olhos nela o momento passou em câmera lenta e era como se o ambiente estivesse mais brilhante.

Xinguei em doze idiomas diferentes, observando-a descer a escada com cuidado. Meu estômago revirou e eu parecia ser incapaz de realizar qualquer movimento, mesmo se quisesse. Eu estava sem ar e em estado catatônico. Puta merda puta merda puta merda puta merda puta merda puta merda.

Primeiro de tudo é que Natasha pintou as pontas do cabelo de loiro, e agora seu cabelo tinha dois tons mágicos e brilhantes. Ah, meu papai. Seu vestido vermelho paixão era colado no corpete, com partes translúcidas. Já a saia vermelha era opaca até metade da coxa, e depois seguia transparente com flores grudadas como um véu.

Para completar, seu batom avermelhado fez minhas pernas bambearem, assim como a sombra dourada em suas íris verdes. Ah, meu Deus. Eu respirava como um filhote de pug. O momento em câmera lenta passou, e ela sorriu de frente para mim. Eu estava de boca aberta, fitando-a com olhar de peixe morto.

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