Prólogo (REVISADO)

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Roberto Eduardo

-- Oi, tio!

Quase caí da cadeira em que estava, enquanto lia as últimas mensagens que recebi em meu email, sentado à frente do notebook em meu escritório, ao ouvir a voz que tem atormentado meus sonhos nos últimos meses. Era a... Era a Alice, amiga da minha filha Vanessa. Essa menina cismou comigo, só pode! Ela vive, como os jovens falam, dando em cima de mim sempre que nos encontrávamos à sós.

O que mais eu posso fazer? Eu já lhe expliquei por A mais B que somente a vejo como praticamente uma segunda filha para mim e que ela deveria ir procurar por alguém mais condizente com sua idade, entretanto nada disso adiantou. Ela simplesmente me disse que eu é que deveria ser seu primeiro e desde então fujo de encontrá-la. Eu? Por que eu? Sei lá, porque não um... um jovem como ela? Sabem o que ela me disse quando a questionei sobre isso? "Com você vai ser melhor, tio!". Agora veja se pode isso!

Recuperando-me desse susto e ainda mantendo-me atrás dessa bela mesa de madeira escura que tenho em meu escritório lhe indiquei com um gesto simples de mãos para que ela pusesse-se a sentar na cadeira a minha frente e com o restante do controle que eu ainda possuía e educação a respondi:

-- Oi, Alice! - falei já cansado dessa situação toda, mas sem soar rude. -- Tudo bem? Como... Co-Como você es-está? - O quê?! Dá para acreditar que gaguegei? Também pudera, além dela estar com um micro-short verde, uma regata branca quase colada ao corpo e sandálias rasteiras, essa menina ainda teve a ousadia de roçar uma de suas pernas descaradamente pela minha por debaixo da mesa!

-- Bem, tio! E o Senhor? - disse dando-me aquele sorrisinho de lado de Ai, Papai! Se controle Roberto!!!

-- Para falar a verdade até agora eu es-estava... beeem! - levantei tão rápido da cadeira ao sentir aquele pézinho chegar tão perto de minha virilha que quase atirei-me contra a janela atrás de mim.

Essa menina ainda me mata! Tome tento Roberto!!! Certo! Respirei fundo, ajeitei a minha camiseta cinza escura passando minhas mãos pelas laterais da minha bermuda de sarja escura e continuei, procurando me acalmar antes.

-- Me diga, Alice! A senhorita não deveria estar na escola, não é? - tentei fazer uma gracinha para quebrar um pouco do clima tenso que ficou aqui.

-- Não, TIO! Tô em casa hoje! - disse aproximando-se lentamente de mim com aquele sorriso de quem vai dar o bote e encostando uma de suas mãos finas em meu peito.

-- Bem... - engoli em seco. -- Bem! E o que você quer exatamente aqui? Veio procurar a Vanessa? Sinto muito em te informar, mas ela hoje foi à casa do Pablo! - falei como se eu não soubesse o que ela queria!

-- Não, TIO! - fechou sua expressão e bufou. -- Eu não vim atrás da Nêssa! Não hoje. - Eu sabia! Por que eu estou nessa sinuca de bico mesmo?

-- Então... - pigarreei e engoli seco. -- Então o que veio fazer aqui? -- lhe perguntei já temendo a resposta.

-- Vim atrás de você!!! - novamente aquele sorriso.

O ar me escapou. O que eu faço agora?

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Roupa do Beto: 👇

Bjs 💋

Te Amo, Tio! - (Em conclusão)Onde histórias criam vida. Descubra agora