Roberto
Ele acordou? É sério isso? O Lucas... Ele acordou?
-- Ele acor...? - comecei a falar, então percebi que meu celular não estava mais na minha mão. Procurei-o pelo quarto e o achei no chão. Abaixei-me rapidamente e o peguei de volta. -- Ele acordou? - perguntei ainda descrente na informação.
-- Sim. Isso... Isso não... Não é incrível? Sinceramente, eu não achava que isso fosse mais possível, devido ao tempo. - ele admitiu um tanto receoso com a minha reação, percebi.
-- Você tem certeza de que ele acordou mesmo? - questionei ainda duvidoso.
-- Claro. Olha, foi somente um abrir de olhos, contudo isso não deixa de ser um excelente sinal. Ele já vinha nos dando alguns indícios de que poderia de fato vir a acordar, porém não quis dar falsas expectativas à sua família, por isso decidi aguardar a evolução do quadro dele.
Ele acordou. Ele finalmente acordou. O que eu faço agora?
-- Roberto? - Doutor Kiam tira-me de meu momento de desvario.
-- O... O que? Me desculpe.
-- Você está bem? - pergunta em um tom preocupado.
-- Si... Sim. É só que... É que... Não sei. Eu não... É que não estou conseguindo acreditar. - digo a verdade.
-- Pois pode acreditar. Como disse, a princípio ele somente abriu os olhos, mas minha equipe está agora fazendo alguns exames para que eu possa lhes inteirar com toda a certeza qual o real estado de saúde do jovem Lucas.
-- Como assim? - questiono.
-- Bem, devido ao estado overdoso em que ele deu entrada aqui e a todo esse tempo em que esteve nesse estado de coma, o jovem pode ter algumas... É, ele pode ter algumas... Sequelas.
-- Entendo. - falo em um tom baixo e triste.
-- Não posso prometer nada, mas farei todo o possível para que ele possa vir a ter uma vida normal de agora em diante.
-- Obrigado. Muito obrigado mesmo.
-- Não fiz mais que o meu dever. Como diz o sagrado juramento de médico: "Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade. A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação."
Um bom ensinamento, admito, porém nem todos os médicos levam de fato isso a sério. Uma pena.
-- Claro, entendo. - digo.
Conversamos ainda por mais alguns minutos e despeço-me dele. Francisco é um bom médico, tenho que admitir.
O que eu faço agora? Também queria saber. Se não vai ajudar, cai fora. Vou mesmo. Fui!
Passo minhas mãos por meus cabelos, frustrado, e solto um pouco do ar que tenho em meus pulmões. Atento a um barulho vindo da porta e elevo minha sobrancelha para ele. Logo aproximo-me da porta e abro-a com cuidado, e pego em meu colo o causador de tal barulho, o pequeno Highlander.
-- O que faz aqui, hein? - perguto como se ele fosse me responder. -- Perdeu o seu sono? - ele faz um gemido. -- Vem, vamos voltar para o quarto. A mamãe precisa de você.
Carrego-o de volta ao quarto comigo e abro a porta com toda a cautela que consigo para que meu Anjinho não despertasse de seu sono. Sento-me na cama e o pequeno passeia pela cama até chegar em Alice, e deita-se ao seu lado. Abro um sorriso largo em meu rosto com a cena. Acaricio a cabeça do pequeno chocolate com pernas, beijo a testa de Alice por longos segundos e vou ao banheiro antes de ir me deitar com eles.
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Oi. 😙
Prometi que até o fim desse ano finalizo e eis que estou tentando.
Gostaram ou alguma coisa ficou "estranha"?
Assim, eu não sei bem como "funciona" o despertar de um estado de coma, mas fiz algumas pesquisas. Se alguém souber como de fato acontece esse despertar pode deixar uma mensagem ou um comentário aqui mesmo, tudo bem?
Bem, essa foi a parte final do capítulo.
Amanhã vou tentar postar o próximo, certo?
Bjos e até lá. 😙😙😙
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Te Amo, Tio! - (Em conclusão)
RomanceO que você faria se a amiga de sua filha resolvesse "dar em cima" de você? E se ela simplesmente te escolhesse para ser o "primeiro" dela? Essa tem sido a sina de Roberto Nascimento. Quanto mais fugia, mais Alice "partia pra cima". E agora, o que el...