Capítulo 42 - Parte1

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Alice

Se o ROBERTO acha que não sei que ele mentiu para uma mulher grávida está muito enganado. Sei muito bem onde ele foi ontem, mas... Vou deixar ELE vir me contar! Como eu sei onde ele foi? É bem simples. "Acordei" do meu sono, quando ele foi ao banheiro, e peguei o seu celular na cômoda que ficava ao lado dele, e vi o seu registro de chamadas. O que foi? Mexi mesmo e vou fazer isso quantas vezes eu quiser! Nenhuma aprendiz de "PIRIzinha" ou "PENOSA" vai nem chegar perto dele, porque se chegar, sai de baixo! Nem mesmo a mamãe vai me fazer parar dessa vez. Eu juro que não! Me aguarde, Senhor... TIO! Me aguarde!

Ah, ROBERTO EDUARDO FLORÊNCIO NASCIMENTO, você me paga! Ah, se me paga! Experimenta só chegar tarde hoje! Você que não me tente ou eu juro que vou cortar o mal pela raiz. Tenta só pra tu ver! Tenta só!

Agora estou sentada no sofá da sala com fones nos ouvidos e um livro de suspense nacional em minhas mãos quando Nêssa entrou correndo e foi logo subindo as escadas. Chorando? Não. Foi só uma impressão minha! Não, não foi. Mas que droga! Deixei o livro no sofá e fui atrás dela.

__ Nêssa! O que foi? Me conta, vai! - peço batendo à sua porta de leve.

__ Me deixa, Lice! Por favor! - ela me falou com a voz abafada.

__ Me conta, vai! Me deixa entrar! - pedi outra vez e forcei a maçaneta, mas ela estava trancada.

__ Não. Me deixa aqui! - pediu-me gritando e percebi um tom choroso na voz dessa vez.

__ Vanessa de Arroio Nascimento, se você não me abrir esse RAIO o de porta A-GO-RA, eu te juro que vou... Que vou... Que vou te arrebentar isso que você chama de cara! - ameacei-lhe firme, só que quis rir de mim mesma depois de falar isso desse jeito.

__ Me deixa, vai! - agora pude ouvir uma risada bem curta e baixa.

__ Abre, vai! - pedi-lhe com a minha voz mais mansa e ouvi o trinco ser aberto.

__ Sem perguntas? - ela perguntou-me contida com os braços abraçando o corpo, já sabendo a resposta, e a vi secar uma lágrima no canto do olho.

__ Nem a pau. - afirmei e a empurrei para a cama, logo MANDANDO me contar o que aconteceu.

***

Roberto

Estou bastante preocupado, pois já é a quinta vez que ligo para a Alice e ela não me atende. Onde ela está? Em casa, dãã. Não me enche. Deixei o meu aparelho celular sobre a mesa e... Ele tocou. Olho de soslaio para ele, pois sei que não é a Alice pelo toque que coloquei, e vi o nome que brilhava no visor: Djanira. O que é que ela quer agora? Se esqueceu, foi? Droga! Ainda relutei um pouco em atender a ligação, porém tive que atende-la.

__ Betinho, você vem hoje, não é? - ela me perguntou com a voz baixa e bastante apreensiva.

__ Olha, Nira... - falei-lhe em tom de desculpas.

__ Nem vem, você me prometeu! - foi enérgica dessa vez.

__ O Afrânio não vai mesmo? - perguntei cansado. __ Cara, ele que é teu marido. ELE que tinha que ir com você lá.

__ Eu sei, mas ele me disse que não vai e ponto. Aquele lá consegue ser pior que burro quando empaca. - contou irritada. __ Por favor! - pediu-me mais calma.

Te Amo, Tio! - (Em conclusão)Onde histórias criam vida. Descubra agora