Capítulo 46 - Parte 2

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" -- Que traição? Eu não te traí. - ele fala com a maior cara de pau e inocente do mundo. Que ódio!

-- Conta outra, tá. - falo irritada tirando suas mãos de minhas pernas nuas e levanto-me do sofá, começando a andar de um lado para o outro com meus braços cruzados e com um dos meus dedos na boca.

-- É a verdade. Eu não te traí. - ele fala parecendo contido como se realmente pudesse falar algo, ainda sentado no sofá.

-- Jura?! - fui irônica. -- E quem era aquela agarrada com você? - joguei de uma vez só. "

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Alice

Droga! O que foi que eu falei?!!!

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Droga! O que foi que eu falei?!!!

Eu tenho que consertar isso.

-- Não, não! Me perdoa Amor, eu não..  Eu não quis dizer isso de verdade. Eu só... - começo a tentar me desculpar, mas ele me corta friamente.

-- Não. - ele grita comigo e vem na minha direção, o que me faz recuar alguns passos com medo. -- Peraí! Deixa eu... Você... Eu entendi isso direito? Você saiu de casa, da NOSSA casa por... Por causa de uma foto? - nunca o vi tão bravo assim antes e isso está começando a me assustar.

-- Sim, não, não foi bem assim. - atrapalho-me com as palavras e sinto a mesa dele atrás de mim.

-- É claro que sim. O que sai da nossa boca na hora da raiva é só o que está preso no fundo da nossa alma e que finalmente consegue sua tão almejada liberdade. É assim que você me vê? Como um... Um... Como um canalha? Eu não sou assim. - ele explodiu de verdade agora, mas amenizou seu tom na última parte e virou-se de costas para mim.

Eu sou burra? É claro que sim. Por que não confiei nele? Por que eu...

Droga, droga, droga!

Por que sou tão... infantil? Cara, eu vou ser mãe agora. MÃE. Eu não posso mais fazer o que faço. Eu preciso... Preciso mudar e bem rápido. Mas, como?

Canso de brigar comigo mesma e entrego-me ao choro que sai da minha alma. Choro tanto em minhas mãos que não percebo que estou sendo abraçada.

-- Calma, eu estou aqui. - beija o alto de minha cabeça, o que me faz chorar mais. -- Eu... Eu não quis gritar com você, mas não consegui me segurar. - ele falava em um tom de voz tão calmo e baixo, que fez com que eu me acalmasse. Segurou meu rosto com as duas mãos e o ergueu para ele. -- Uma coisa que não suporto é traição e ouvir você, logo você, me... me acusando desse ato tão banal me deixou muito p... - fechou seus olhos quase negros com força e cerrou a boca. -- Me... Me desculpa.

-- Não, não é você quem tem que me pedir desculpas aqui. Eu é que tenho que te pedir isso. Eu fui muito infantil, eu sei, e juro que vou entender se você não me quiser mais e... - comecei a meio que me despedir dele. Qual o homem ficaria com uma menina que nem eu e ainda ser capaz de suportar todas as minhas birras e criancices?

-- Olha pra mim. - ele cortou-me com a voz calma e risonha , o que estranhei, e segurou em meu queixo para erguê-lo novamente.  -- Ei, eu não vou terminar com o que a gente tem, tá bom? Eu só quero que você entenda que você precisa confiar em mim, okay. E que tipo de namorado eu seria se terminasse com você justo em nossa primeira briga séria? Eu não sou e nem nunca fui desse tipo e você sabe disso, não é? - apenas assenti, o que posso falar depois disso?

-- Eu vou... Eu vou mudar. - foi a única coisa que consegui falar e prometer.

-- Não, não precisa. Eu te quero exatamente assim. Adoro seus ataques de ciúmes. - ele dá seu largo sorriso e beija minha boca rapidamente.

-- Adora? - pergunto depois do susto e ele afirma com a cabeça.

-- Uhum. Você fica mais linda. - ele sussurra e beija a ponta do meu nariz.

-- Quem é você e o que fez com o meu namorado? - bato em seu braço de leve.

-- Prazer, Roberto. Qual a sua graça? - ele diz estendendo-me sua mão.

-- Alice. - entro no clima e vejo que tive muita sorte.

Ele é real mesmo?

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O que acharam? Falem a verdade.

Minha inspiração não está grande coisa e por isso peço perdão pelo que saiu. Juro que no próximo vou tentar melhorar.

Até lá!  💋💋💋

Te Amo, Tio! - (Em conclusão)Onde histórias criam vida. Descubra agora