Guto
Admito, eu já dormi com incontáveis mulheres, incontáveis mesmo, mas dormir e acordar todo dia com essa bela ruiva NATURAL ao meu lado tem me feito um bem danado. Nunca em meus 38 anos encontrei alguém igual a ela. Ela é... Sei lá! Ela é... Diferente. Ela... Nem sei explicar.
-- Arrrrrrrgh! - berrei e chutei o painel dianteiro do carro.
É sério isso?! Por que, cara? Logo eu?! Valeu aí, hein! Ohh!
PIIIIIII!
Norma apertou a buzina com tanta força que acho que agora estou surdo.
-- Guto! Guto! Gustavo! - ela berrou na última parte ao ver que não estava escutando direito.
-- Hã! O que foi? - perguntei irritado.
-- Será que você pode me falar o que foi que aconteceu? - Norma agora olhava irritada para mim. Droga!
-- Nada não. - menti e tentei abaixar a capô do carro. A buzina soou de novo, mais forte ainda dessa vez, o que me fez bater a cabeça no capô.
-- Aaaaaai! Quer me deixar surdo de vez? - falei bem mais irritado agora.
-- Não, surdo não. - ela falou sem sair de sua pose serena.
-- O que é então? - que raiva dessa mulher!
-- A verdade. Eu só quero a verdade. - engoli em seco.
-- Já disse! É só essa... É só essa bela porcaria que não quer pegar de jeito nenhum. - chutei de novo o carro. Ela ameaçou apertar a buzina de novo.
-- É só isso mesmo? - perguntou em um tom desconfiado.
-- É sim, juro.
-- Certo. - falou em um tom baixo e quase estragou a buzina dessa vez.
Corri até ela e retirei suas mãos do volante. Ela é louca?
-- Você é... Você é louca? - perguntei ainda irritado ao encará-la encostada no carro de braços cruzados e com o maxilar trincado.
-- Vai me falar a verdade ou não? - mas que droga!
-- Eu já disse, caramba.
-- Tá bom. - ela virou para apertar a buzina de novo, mas dessa vez eu a segurei pelos braços.
-- Chega! Vem cá, você tem algum problema?
-- Sim, você.
-- Eu?
-- Sim, VOCÊ. Vai me falar a verdade ou não.
-- Caramba, mulher! O que você quer que eu diga?
-- A... VER-DA-DE. Só isso, a verdade.
Existe mulher pior que essa?
-- Certo. Você quer a verdade? Eu vou falar. É que... - como eu falo isso? -- É que... Arrgh! É que o Lucas piorou, tá bom? Satisfeita? - me arrependi assim que falei.
Ela arregalou os olhos, inspirou forte e correu cambaleante até a porta do lado esquerdo do carro.
O que eu fiz?
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Alice
Beto e eu estamos em uma discussão séria agora. Qual o problema dele? O Lucas é meu irmão e eu vou falar com ele o ROBERTO querendo ou não. Aí dele se tentar me barrar.
-- Me escuta, caramba. Você não vai entrar, ouviu? - é o quê? Bati nele ali mesmo.
-- Ai! - ele esfregou o braço. -- Por que isso?
-- Ele é meu irmão, tá me ouvindo? E eu vou entrar sim. - rebati irritada.
-- Mas não vai mesmo. - rebateu.
-- Eu vou sim. - falei bem baixo e ele recuou um passo. É isso aí, é bom mesmo você ter medo.
-- Você não pode.
-- Não só posso como vou. E você vai agora mesmo falar com o médico isso. - o informei.
-- Eu?
-- Sim, você. Anda! Vai logo. - mandei e ele ainda ficou parado que igual a um poste. Que ódio!
-- Olha, eu não sei...
-- Já foi? - perguntei ríspida e ele por fim obedeceu.
O vi sair irritado pelo corredor e fui ao vidro novamente. Coloquei minha mão nele e apoiei minha cabeça.
-- Você vai sair dessa, tá bom? Eu juro que vai. - falei baixinho em uma vã esperança de que ele me ouça. -- Eu te juro isso, tá bom? A gente vai vencer isso.
**********
I'm so sorry!
Muitas coisas na minha cabeça e inspiração indo e vindo o tempo todo.
Como já disse antes, não vou mais prometer que não vai demorar. Eu juro que vou tentar ser bem mais presente agora, tá bom?
P. S.: Esse capítulo é como um pequeno bônus explicativo do final do anterior. O próximo já é normal.
Bjos! 💋💋
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Te Amo, Tio! - (Em conclusão)
RomanceO que você faria se a amiga de sua filha resolvesse "dar em cima" de você? E se ela simplesmente te escolhesse para ser o "primeiro" dela? Essa tem sido a sina de Roberto Nascimento. Quanto mais fugia, mais Alice "partia pra cima". E agora, o que el...