Capítulo 47 - Parte 1

1.6K 89 12
                                    

"-- Jura?! - foi irônica. -- E quem era aquela agarrada com você? -- soltou de uma vez só."

-------------------------

Roberto 

Um punhal velho e enferrujado cravado no meu peito até o fim e ainda sendo girado de forma dolorosamente lenta para os dois lados, trazendo assim mais dor; eis que essa foi a sensação depois de ouvir tais palavras proferidas pela ALICE

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Um punhal velho e enferrujado cravado no meu peito até o fim e ainda sendo girado de forma dolorosamente lenta para os dois lados, trazendo assim mais dor; eis que essa foi a sensação depois de ouvir tais palavras proferidas pela ALICE. Sim, no momento ela era somente a ALICE e não o meu Anjinho.

Ela realmente saiu de casa, da NOSSA casa, por causa de uma foto estúpida que não provava absolutamente nada? Não, não posso acreditar nisso. Ela acha que sou... que sou esse tipo de canalha? Ela não me conhece, caramba?! Dona Violeta e Seu Omar criaram um HOMEM e não um RATO. Rato sim, pois é o que esses canalhas que traem suas mulheres são para mim.

Meu sangue borbulhou e deixei toda a minha frustração sair. E pela primeiríssima vez gritei de verdade com ela, o que cortou meu coração por dentro, mas não posso fraquejar, não agora.

-- Não, não! Me perdoa Amor, eu não..  Eu não quis dizer isso de verdade. Eu só... - começou a tentar desculpar-se, cortei-lhe friamente.

-- Não. - gritei e comecei a ir em sua direção, o que fez com que ela recuasse alguns passos, com medo. -- Peraí! Deixa eu... Você... Eu entendi isso direito? Você saiu de casa, da NOSSA casa por... Por causa de uma foto? - terminei.

-- Sim, não, não foi bem assim. - atrapalhou-se com as palavras e continuou andando para trás até sentir minha mesa em suas costas.

-- É claro que sim. O que sai da nossa boca na hora da raiva é só o que está preso no fundo da nossa alma e que finalmente consegue sua tão almejada liberdade. É assim que você me vê? Como um... Um... Como um canalha? Eu não sou assim. - explodi de verdade agora, mas amenizei meu tom na última parte ao ver seu olhar de puro medo e virei-me de costas para ela.

Calma Roberto! Calma! Respira. Um, dois... Ela está grávida, não esqueça isso. Ouviu?

Às vezes eu realmente odiava quando minha mente tinha a razão, como está tendo agora, por exemplo. Por que sempre tenho esses debates mentais comigo mesmo? Isso é normal? Acho que não, mas... (melhor deixar no ar.)

Outra coisa que também odeio é choro de mulher porque elas não foram criadas para chorar. As mulheres deveriam somente sorrir, serem cuidadas como uma flor rara e amadas, e nada mais. Infelizmente, não é assim. E aqui estou eu, fazendo a mãe dos meus filhos chorar com toda a sua alma.

Não faça isso. Ela te acusou sem provas. E daí? Quem nunca fez isso antes? O sujo falando do mal lavado. E daí?! E daí que isso prova toda a falta de confiança. Como que se pode ficar com alguém que não confia nem mesmo um pouco no parceiro? Já disse. Quem nunca tiver pecado que atire a primeira pedra. Olha aqui... CALEM A BOCA. ME DEIXEM EM PAZ. Grosso!

Olhei por cima de meu ombro e fui trouxa, como Vanessa vive dizendo pela casa agora. Ainda não sei bem o que ela quer me dizer com isso, mas acabo de concordar. Sou um verdadeiro trouxa pela Alice. Viro-me para ela e ando calmamente em sua  direção, agora mais calmo, e envolvo-lhe carinhosamente em meus braços.

-- Calma, eu estou aqui. - beijo-lhe no alto de sua cabeça, o que a faz chorar mais. -- Eu... Eu não quis gritar com você, mas não consegui me segurar. - lhe  falei em um tom de voz calmo e baixo, que fez com que ela se acalmasse. Segurei em seu rosto com minhas mãos e ergui-o para meu rosto. -- Uma coisa que não suporto é traição e ouvir você, logo você, me... me acusando desse ato tão banal me deixou muito p... - fechei meus olhos com força e cerrei a boca antes que falasse alguma besteira. -- Me... Me desculpa. - pedi por fim.

-- Não, não é você quem tem que me pedir desculpas aqui. Eu é que tenho que te pedir isso. Eu fui muito infantil, eu sei, e juro que vou entender se você não me quiser mais e... - o que é isso? Ela está despedindo-se de mim? 

-- Olha pra mim. - cortei-lhe com a voz calma e risonha , e segurei em seu queixo para erguê-lo novamente para mim.  -- Ei, eu não vou terminar com o que a gente tem, tá bom? Eu só quero que você entenda que você precisa confiar em mim, okay. E que tipo de namorado eu seria se terminasse com você justo em nossa primeira briga séria? Eu não sou e nem nunca fui desse tipo e você sabe disso, não é? - apenas assentiu depois dessa minha declaração.

-- Eu vou... Eu vou mudar. - falou após alguns segundos, entre a fungada leve que dava.

-- Não, não precisa. Eu te quero exatamente assim. Adoro seus ataques de ciúmes. - dou-lhe um largo sorriso e um rápido selinho.

-- Adora? - pergunta-me depois do beijo-surpresa e confirmo-lhe com a cabeça.

-- Uhum. Você fica mais linda. - sussurro e beijo a ponta de seu nariz.

-- Quem é você e o que fez com o meu namorado? - bate em meu braço de leve.

-- Prazer, Roberto. Qual a sua graça? - faço graça estendendo-lhe minha mão como se fazia na época do Império.

-- Alice. - entra no clima e sorri largamente.

-----------------------

Eis a visão do Beto. 💗💗💗

Estou fazendo a parte 2 e vou ver se posto ainda essa noite, tá bom?

P. S.: Iria postar ontem (20/01), mas foi meu niver e não deu, e também não estava terminado. Então, foi mal aí pelo atraso. 😅😅

💋💋💋

Te Amo, Tio! - (Em conclusão)Onde histórias criam vida. Descubra agora