"-- Calma. - Beto falou em um tom de voz baixo e Alice não entendeu nada, visto que ainda estava a olhar o visor do celular em suas mãos. "Eu estou calma.", dizia em pensamento.
-- Abaixa a arma. - Daniel falou com a voz firme e a arma em punho, o que fez com que a jovem tri-gestante distraída tirasse seus belos e raros olhos claros da tela do celular que tinha em mãos e seguisse a direção do olhar de ambos os homens ao seu redor, e que a deixou aturdida com o que estava a se passar diante de seus olhos."
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Roberto Eduardo
Um assalto. Na minha casa? O que eu faço?
NADA. Não vou ser tão irresponsável assim, pois a segurança de Alice e de nossos bebês é muito mais importante para mim agora.
-- Calma. - pedi novamente e movi-me lentamente com minhas mãos estendidas para ficar mais à frente de Alice como um escudo humano, o que de fato vou ser nesse momento custe o que custasse.
-- Fica aí. Eu vou atirar. - o mais alto falava piscando nervoso e o mais baixo deles apenas o olhava sem reação alguma, com medo, já que ainda era praticamente uma criança a julgar por seu tamanho.
-- Calma. - repeti um pouco mais alto, com uma de minhas mãos ainda à minha frente e a outra segurando em Alice colocando-a o mais segura que conseguia à minhas costas. O que mais eu podia pedir?
-- Eu não tô nervoso. - o alto gritou e sacudiu a arma.
-- Para cara. Não faz isso. A mãe não vai gostar. - o mais baixinho falou e tentou tirar a arma do outro, mas foi empurrado contra o chão com muita violência e quase levou um tiro acidental.
-- Larga a arma. - Daniel exigiu mais firme agora e vi que ele começava a suar.
-- Não. Não vou levar um tiro. - gritou e percebi que estava começando a ter alguma hesitação somente pela forma cuja arma balançava em sua mão e pelo suor que começava a se formar em seu rosto.
-- Que morra então. - o baixinho se exasperou e correu para dentro da minha casa.
-- Ninguém aqui vai levar tiro algum. Não é mesmo? - perguntei com uma falsa firmeza entre os dentes para meu amigo, que me lançou um olhar confuso, contudo acabou por decidir abaixar a arma dele com vagar.
-- Não confio em polícia. É tudo sem palavra. - falava ainda a balançar a arma.
-- Ele não. Eu prometo isso. O que você quer? - tentei negociar e comecei a dar um pequeno passo em sua direção.
-- Dinheiro. - ele passou a mão livre pelo rosto suado. -- Muito dinheiro.
-- Eu posso ajudar. - coloquei uma de minhas mãos no peito e dei outro mínimo passo. -- Mas abaixa essa arma primeiro, por favor.
-- Eu já te disse que não confio em polícia. - gritou de novo e vi que agora sua mão tremia muito. Drogas, bem provável.
-- Desculpa. Olha, eu... Eu posso chegar mais perto? - dei três passos dessa vez em sua direção com toda a cautela do mundo.
-- Beto, não. - Alice despertou de seu estado de choque e veio correndo me agarrar.
-- Calma. Não vai acontecer nada. - afirmei de frente para ela, com seu rosto em minhas mãos, porém nem eu mesmo sabia se isso era verdade.
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Te Amo, Tio! - (Em conclusão)
RomanceO que você faria se a amiga de sua filha resolvesse "dar em cima" de você? E se ela simplesmente te escolhesse para ser o "primeiro" dela? Essa tem sido a sina de Roberto Nascimento. Quanto mais fugia, mais Alice "partia pra cima". E agora, o que el...