O que você faria se a amiga de sua filha resolvesse "dar em cima" de você? E se ela simplesmente te escolhesse para ser o "primeiro" dela? Essa tem sido a sina de Roberto Nascimento. Quanto mais fugia, mais Alice "partia pra cima". E agora, o que el...
"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar."
William Shakespeare
---------
Dias depois...
Roberto Eduardo
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Existem muitas formas de amar, além de dizer o famoso "eu te amo". Pode ser um abraço que o faça se sentir amado depois de um dia estressante no trabalho, ou quem sabe receber uma singela massagem relaxante quando menos se espera, talvez um simples "bom dia, amor" ou um "você querconversar?" no momento certo, etc. O amor não vem com manual ou regras, ele apenas vem e ponto. Certo?
Enfim, um relacionamento amoroso não é só um mar de rosas, pois até mesmo essas delicadas flores possuem espinhos. Não, mergulhar vendado - e de cabeça - nele é difícil, contudo não precisamos ter medo (pelo menosnão deveríamos), já que no final vai ter valido à pena. Vocês não concordam? Sabe os tais percalços que passamos nele? Então, são apenas para nos relembrar de que a vida não é fácil.
E não é mesmo.
Alice tem estado muito melancólica esses dias e não é para menos. Eu não sei o que realmente se passa dentro da cabecinha dela, embora possa ter uma vaga ideia. Jura? Cai fora. Ninguém te chamou aqui. E quem foi que disse que preciso que me chamem? Ahhh!
Pois bem; hoje consegui a convencer, após muita insistência, de assistirmos a um filme juntos em nosso quarto e o escolhido foi: Marley e eu. Ele está no final, na parte da clínica veterinária, e essa parte é bem triste, pois quem já viu sabe o que vai acontecer depois. A fiz se recostar em meu peito e faço-lhe um cafuné.
-- Roberto. - viro meu rosto para ela ao ouvi-la me chamar em um tom baixo, para que não force os pontos.
-- Quer alguma coisa? - indago de forma carinhosa parando o cafuné para que pudesse lhe fitar nos olhos.
-- Não. Eu só... - geme com o ato de se levantar. -- Eu quero ir no banheiro. Me ajuda?
-- Claro. - sorrio brevemente e ajudo-a com todo o zelo possível, visto que o médico recomendou repouso absoluto para meu Anjinho.
Amparo-a por todo o curto caminho até o banheiro e quando vejo que ela já está acomodada para que assim possa ter sua privacidade volto à nossa cama, onde retorno aos meus pensamentos.
