• Capitulo 33 •

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Finn Poov

Minha cabeça estava doendo quando voltei pra casa. Não sabia direito o que Millie pretendia fazer, mas a única coisa que eu sabia é que estou arrependido. Quando tudo te puxa pra baixo e você tem vontade de chorar. Sinto que perdi algo em mim mesmo. Não quis me sentar com os meninos hoje no almoço, mas quis ler mentes, pois Bobby Brown ficava me encarando todo o tempo. Ela parecia muito brava. E com razão.

A campainha soava freneticamente vindo da porta e eu sabia exatamente quem era, e por qual motivo estava aqui. Por sorte ninguém estava em casa. Ninguém mesmo, só eu. Suspirei. Sabia o que estaria por vir.

- oi. - falei tenso e ela suspirou, após dar um passo para frente como um pedido para entrar. - fica a vontade. - ela foi até o sofá e se sentou.

- você costuma escrever sobre todas as garotas que dá um pé na bunda? - Bobby Brown bisbilhotou meu caderno em cima do cômodo e eu corri para pegar. Há um tempo eu estava escrevendo sobre ela.

- você costuma bisbilhotar sempre?

- não pretende responder minha pergunta?

- e você não vai responder a minha? - encarei ela mas em seguida me arrependi. A menina estava nervosa e mantinha os olhos fixados em mim.

- merda Finn. - chegou tão perto de meu rosto que pude sentir seu hálito de menta - porque? Porque você fez isso comigo? - eu mantinha meu olhar em qualquer lugar menos em direção aos seus.

- já te disse. Sou perigoso, tóxico, e não posso ficar perto de você. - eu sabia que estava magoando-a. Mas eu realmente sinto uma coisa forte por ela e acho que assim seria melhor. Ela segurou meu rosto e me fez mirar seus olhos. Continham fúria e desejo. Tristeza e decepção. Sua coloração era um castanho acinzentado, agora cheio de lágrimas, que se recusavam a cair.

- fale a verdade Wolfhard. Odeio mentiras e você sabe disso. Porque está me dispensando? - que tal isso, millie: "meu pai me ameaçou, caso eu não saísse de perto de você?" Aí sim ela me mataria.

- Millie vai embora por favor. - aquela frase me doeu muito, meu coração falhou uma batida.

- eu não sou bonita? É isso?

- o que? - franzi o cenho. Não entendia porque ela estava lutando para ficar. A não ser que...

- eu não sou tão gostosa quanto as garotas que você fica? - mediu seu corpo com as mãos. O mais engraçado foi porque essa frase não fazia sentido, em nenhum conceito.

- ah, pare vai, por favor. - comecei a rir, me sentando no sofá.

- o que? Acha engraçado? Acha engraçado eu não ser bonita?

- você é a menina mais dramática que eu já vi na vida. Sua maluca. - gargalhei.

- ein?

- Millie, se toca. Você pode até não se achar bonita, mas com certeza não sabe o que se passa na minha cabeça desde que eu te vi pela primeira vez.

- ora, me diga então!

- que você - a puxei pelo braço - é a mulher - se sentou em meu colo - mais gostosa que eu já vi na vida. - e quando eu me dei por mim mesmo, não haviam mais lágrimas em seu rosto. Apenas um sorriso curto, mas sua íris denunciava muitos pensamentos.

- isso é a mentira mais descarada que eu já ouvi na vida. - falou debochada, mirando as mãos em meus cachos.

- ah é? - dei um leve aperto em sua nádega direita e ela pulou em meu colo. - mas acho que isso - peguei sua mão e levei ao meu ponto mais quente e apertado, já duro. - nunca mente. Não acha? - pisquei para a menina a minha frente e vi a mesma abrir a boca em um formato de "O" mas logo em seguida sorrir maliciosamente.

ᴛʜᴇ ᴅᴀʀᴋ sɪᴅᴇ ᴏғ ʀᴇᴅ - ғɪʟʟɪᴇ Onde histórias criam vida. Descubra agora