capitulo 7

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Nunca me senti tão viva na minha vida. Essa sensação de liberdade, de não estar mais presa a um sono profundo. Sabe aquele sentimento de quando você está em um pesadelo, e não consegue correr e nem gritar? Então, era exatamente assim que eu me sentia.

Assim que sai do cômodo e segui em direção a Sadie, me sentando ao seu lado, como antes. Vejo os olhares direcionados a mim, e entre esses olhares, vejo um que a pouco conheço. Um olhar de dúvida paira sobre o rosto de Finn. Não devo satisfação sobre minha vida pessoal a ele ou a ninguém. Mas a minha vontade é de gritar para todo o mundo que eu finalmente tive coragem de fazer o que eu mais queria há anos.

- você tá bem?

- ótima! Eu - fui interrompida por Sadie correndo até o banheiro para vomitar. Pelo menos essa foi sua intenção. A ruiva se atrapalhou com suas pernas e acabou caindo no chão, vomitando ali mesmo. Antes que as pessoas tirassem os celulares do bolso para a filmar, eu vou até ela e a aviso que é melhor nós irmos embora.

Temos um problema. Sadie está bêbada. Eu não sei dirigir. Quem vai nos levar pra casa? Amanhã temos aula na faculdade e minha irmã não vai vir até o outro lado da cidade para buscar minha melhor amiga bêbada. E agora?

A festa vai se esvaziando e só restam pessoas bêbadas. E eu. Nem Jack, que era o dono da festa, estava por ali.

- ainda aqui? - meus pensamentos foram interrompidos por ele. De novo.

- ah, você sabe - apontei para Sadie, que estava dormindo em meu colo - ela me levou até aqui, mas não temos como voltar, já que eu não dirijo. E você?

- vou dormir aqui hoje. Como eu não bebo, vou ajudar Jack, que aparentemente está na mesma situação que sua amiga ruiva aí - riu - ajudá-lo a arrumar a casa e tudo mais - se sentou, levando as mãos a nuca.

- entendi... Finn - fiz uma pausa - sobre o negócio do armário, eu só fiz aquilo para acabar com qualquer tipo de relação que ele acha que tem comigo. E agora tudo acabou.
'Eu espero.' - pendei comigo mesma e sorri sem graça.

- não se preocupe Millie. Tudo bem. Só não quero que ele faça alguma coisa com você ou com ninguém. - terminou a frase e um silêncio pairou o local, tendo de fundo, uma música aleatória. - quer que eu leve vocês? Eu tenho um carro.

- ah, não precisa. Eu espero ela... se recompor. E além disso, quem vai levar o carro de Sadie se eu não sei dirigir?

- faz assim, eu chamo um táxi pra vocês duas e eu o sigo com o carro da Sadie até a sua casa. E depois volto com o táxi. O que acha?! - sorriu. Ele estava educado de mais. Havia algo errado. Nenhum menino é tão educado atoa.

Finn fez o que disse, o agradeci na porta de casa e levei Sadie até o banheiro do meu quarto.

- céus Sadie! - falei quando a mesma vomitava na privada.

- quem foi o menino de sorte? - limpou a boca com a manga da roupa.

- o que? - franzi o cenho.

- em quem você botou a língua Millie! Deus!! Como você é lerda! - revirou os olhos, ainda no chão.

- isso não importa. Agora entre no chuveiro! - ordenei.

- só entro quando me disser quem foi o sortudo! - sorriu sacana.

- eu fiquei com o - sem ao menos terminar a frase, sinto algo quente em meus pés - EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ VOMITOU EM MIM SADIE SINK!!! JÁ PRO BOX! ANDA!! - alterei minha voz e ela se rendeu.

Após ela tomar banho, e eu também, lhe dei um remédio de dor de cabeça, e nos deitamos.

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ᴛʜᴇ ᴅᴀʀᴋ sɪᴅᴇ ᴏғ ʀᴇᴅ - ғɪʟʟɪᴇ Onde histórias criam vida. Descubra agora