Capitulo 17

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O beijo proibido. Sabíamos que era errado, que ele era o prometido a Sadie. Mas se as coisas não foram desse jeito, porque ele veio ao campo do desejo? Eu poderia falar que era o destino, que ia ser uma bela história de amor proibido. Mas não era. Só um beijo, é isso. Apenas isso.

Um beijo que cada vez se intensifica mais e mais, me fazendo ficar com a coluna reta sob alguns pensamentos errados que me veio em mente.  É como se eu já soubesse o que fazer com ele. Como fazer. Tudo se encaixava. direitinho. Ou era isso ou eu estava ficando louca. 

Percebo ele estranhar de primeira o contato, mas logo cede também. Suas mãos entraram em contato com a minha nuca, me trazendo mais pra perto. Nossas línguas pela primeira vez em tempos se tocam. Lógico que eu me sentia culpada. Quer dizer, eu fico com o menino que minha melhor amiga gosta, não conto a ela, depois brigo com todo mundo, e vou pra casa do garoto. E ainda por cima beijo ele de novo! Sério, qual o meu problema?

Mas por algum motivo, quando eu estou com sua companhia, tudo fica mais leve. Isso era realmente estranho. Nos separamos pela falta do ar.

- não devíamos fazer isso. - olho para minhas mãos agora em seu peitoral.

- não deveríamos, mas não significa que não podemos! - nossos lábios se chocam de novo e dessa vez com mais intensidade. Eu seguro a risada quando ele me levanta, entrelaçando minhas pernas em seu corpo, e me coloca sentada na cama.

- isso eh loucura! - admito entre um beijo e outro, mas ele nem se quer ouve.

      Quase tive um infarto quando ouvimos batidas na porta e nos separamos mais rápido que um raio.

- Finn querido? Posso entrar? - era Nice. Ele me olha e eu caio em risadas.

- um momento Nice! - Ele se olha no espelho para verificar se está tudo bem com sua aparência. E eu ainda em risadas. - pode entrar!

- Eu fiz sobremesa! Esta tudo bem filho? Você parece estranho! - foi nessa hora que eu explodi em gargalhadas.

- eh.... eu.... - Finn envolve sua mão em seus cachos, escondendo o nervosismo - já vamos! Obrigada Nice! - ele diz e ela finalmente deixa o quarto.

- cara, eu nunca ri tanto assim! - passo a mão em minha barriga. Ela já estava doendo de tanto rir.

- você quase nos entregou! - ele disse mas logo se entregou as risadas também.

      Seu celular começa a apitar loucamente e então Finn o pega, dando um sorriso estranho após ler as notificações.

- você quer ir a uma festa? - se senta ao meu lado, novamente.

- quando? - estreitei os olhos.

- agora.

- o que? Nem ferrando!

- porque não? - ele junta as sobrancelhas

- eu estou com essa roupa desde as oito da manhã, meu dia foi uma merda, estou feia, fedida, briguei com minha melhor amiga que provavelmente vai estar nessa festa, e se ela me ver com você - encostei o dedo indicador em seu tórax - eu sou uma menina morta. Por mim mesma. Quer mais motivos? - fui um tanto irônica

- ah, que isso, você está sempre linda. Aqui, se você não sabe, temos chuveiros. E podemos passar na sua casa para pegar uma roupa sua! Essa festa vai te ajudar a esquecer os problemas. Eu prometo que você vai sair bebada de lá! - ele estava empolgado de mais para uma festa.

- Finn.

- Millie? Por favor! Esse é o seu problema. Você tem medo do que pode acontecer, de se arriscar! Tem que deixar rolar... - ele me olha como um cachorro pidão e eu demoro para pensar e responder.

- primeiro; se Sadie estiver lá, você não chegue perto de mim. Segundo; eu não tenho roupa. - cruzei os braços, já vendo o possível choro por não irmos a festa.

- isso eu resolvo! - o que?

    Finn entra em seu enorme closet de burguês  e sai de lá depois de alguns minutos.

- toma. - ele me estende duas mudas de roupas; uma calça preta de couro falso, provavelmente, e um cropedd da mesma cor.

- nem fodendo...Porque você tem essas roupas?

- hein? Ah... elas são da minha.... da minha ex.

- oh - fiquei realmente surpresa. Ele "estava" com outra e ficando comigo? - porque você tem as roupas da sua ex aqui?

- isso já faz um tempo. Nos discutíamos o tempo todo, e em uma dessas discussões ela fez birra. Acabou indo embora e nunca mais nos vimos.

- ata - porque diabos eu me sentia assim? - não vou.

- o que? Vamos Mills, pare de ser chata! - revirei os olhos

- tá, mas não vou com cropedd. Vou parecer uma... prostituta! - estreitei os olhos quando pensei na possibilidade. - me dá licença um estante.

Entrei em seu closet e fui à procura de moletons. Achei um vermelho, por sorte não muito grande para o meu corpo.

- posso? - perguntei mostrando a roupa para o menino a minha frente e ele fez que sim com a cabeça.

- eu tenho uma ideia pra você... se sentir mais confortável!

- fala - me preparei para a possível péssima ideia.

- vai com essa blusa curta aí e o moletom. Se sentir calor você tira, se sentir frio fica com ele, não acha melhor?

- uau, Finn Wolfhard é o maior tarado que eu conheço! - falei indo em direção ao banheiro para me trocar.

   Ele não estava errado de qualquer maneira, o clima era bem bipolar aqui. Mas ele nunca poderia saber. Suspirei. Já era a quinta ou sexta vez que eu me pergunto o que estou fazendo com a minha vida.

   Após colocar as devidas roupas, vou à procura do meu tênis e penteio-me ao cabelo. Estava sem maquiagem, mas não estava tão feia como de costume.

- pronta? - ele pergunta ao me ver saindo de seu quarto.

- pronta - eu afirmo.

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ᴛʜᴇ ᴅᴀʀᴋ sɪᴅᴇ ᴏғ ʀᴇᴅ - ғɪʟʟɪᴇ Onde histórias criam vida. Descubra agora