O beijo proibido. Sabíamos que era errado, que ele era o prometido a Sadie. Mas se as coisas não foram desse jeito, porque ele veio ao campo do desejo? Eu poderia falar que era o destino, que ia ser uma bela história de amor proibido. Mas não era. Só um beijo, é isso. Apenas isso.
Um beijo que cada vez se intensifica mais e mais, me fazendo ficar com a coluna reta sob alguns pensamentos errados que me veio em mente. É como se eu já soubesse o que fazer com ele. Como fazer. Tudo se encaixava. direitinho. Ou era isso ou eu estava ficando louca.
Percebo ele estranhar de primeira o contato, mas logo cede também. Suas mãos entraram em contato com a minha nuca, me trazendo mais pra perto. Nossas línguas pela primeira vez em tempos se tocam. Lógico que eu me sentia culpada. Quer dizer, eu fico com o menino que minha melhor amiga gosta, não conto a ela, depois brigo com todo mundo, e vou pra casa do garoto. E ainda por cima beijo ele de novo! Sério, qual o meu problema?
Mas por algum motivo, quando eu estou com sua companhia, tudo fica mais leve. Isso era realmente estranho. Nos separamos pela falta do ar.
- não devíamos fazer isso. - olho para minhas mãos agora em seu peitoral.
- não deveríamos, mas não significa que não podemos! - nossos lábios se chocam de novo e dessa vez com mais intensidade. Eu seguro a risada quando ele me levanta, entrelaçando minhas pernas em seu corpo, e me coloca sentada na cama.
- isso eh loucura! - admito entre um beijo e outro, mas ele nem se quer ouve.
Quase tive um infarto quando ouvimos batidas na porta e nos separamos mais rápido que um raio.
- Finn querido? Posso entrar? - era Nice. Ele me olha e eu caio em risadas.
- um momento Nice! - Ele se olha no espelho para verificar se está tudo bem com sua aparência. E eu ainda em risadas. - pode entrar!
- Eu fiz sobremesa! Esta tudo bem filho? Você parece estranho! - foi nessa hora que eu explodi em gargalhadas.
- eh.... eu.... - Finn envolve sua mão em seus cachos, escondendo o nervosismo - já vamos! Obrigada Nice! - ele diz e ela finalmente deixa o quarto.
- cara, eu nunca ri tanto assim! - passo a mão em minha barriga. Ela já estava doendo de tanto rir.
- você quase nos entregou! - ele disse mas logo se entregou as risadas também.
Seu celular começa a apitar loucamente e então Finn o pega, dando um sorriso estranho após ler as notificações.
- você quer ir a uma festa? - se senta ao meu lado, novamente.
- quando? - estreitei os olhos.
- agora.
- o que? Nem ferrando!
- porque não? - ele junta as sobrancelhas
- eu estou com essa roupa desde as oito da manhã, meu dia foi uma merda, estou feia, fedida, briguei com minha melhor amiga que provavelmente vai estar nessa festa, e se ela me ver com você - encostei o dedo indicador em seu tórax - eu sou uma menina morta. Por mim mesma. Quer mais motivos? - fui um tanto irônica
- ah, que isso, você está sempre linda. Aqui, se você não sabe, temos chuveiros. E podemos passar na sua casa para pegar uma roupa sua! Essa festa vai te ajudar a esquecer os problemas. Eu prometo que você vai sair bebada de lá! - ele estava empolgado de mais para uma festa.
- Finn.
- Millie? Por favor! Esse é o seu problema. Você tem medo do que pode acontecer, de se arriscar! Tem que deixar rolar... - ele me olha como um cachorro pidão e eu demoro para pensar e responder.
- primeiro; se Sadie estiver lá, você não chegue perto de mim. Segundo; eu não tenho roupa. - cruzei os braços, já vendo o possível choro por não irmos a festa.
- isso eu resolvo! - o que?
Finn entra em seu enorme closet de burguês e sai de lá depois de alguns minutos.
- toma. - ele me estende duas mudas de roupas; uma calça preta de couro falso, provavelmente, e um cropedd da mesma cor.
- nem fodendo...Porque você tem essas roupas?
- hein? Ah... elas são da minha.... da minha ex.
- oh - fiquei realmente surpresa. Ele "estava" com outra e ficando comigo? - porque você tem as roupas da sua ex aqui?
- isso já faz um tempo. Nos discutíamos o tempo todo, e em uma dessas discussões ela fez birra. Acabou indo embora e nunca mais nos vimos.
- ata - porque diabos eu me sentia assim? - não vou.
- o que? Vamos Mills, pare de ser chata! - revirei os olhos
- tá, mas não vou com cropedd. Vou parecer uma... prostituta! - estreitei os olhos quando pensei na possibilidade. - me dá licença um estante.
Entrei em seu closet e fui à procura de moletons. Achei um vermelho, por sorte não muito grande para o meu corpo.
- posso? - perguntei mostrando a roupa para o menino a minha frente e ele fez que sim com a cabeça.
- eu tenho uma ideia pra você... se sentir mais confortável!
- fala - me preparei para a possível péssima ideia.
- vai com essa blusa curta aí e o moletom. Se sentir calor você tira, se sentir frio fica com ele, não acha melhor?
- uau, Finn Wolfhard é o maior tarado que eu conheço! - falei indo em direção ao banheiro para me trocar.
Ele não estava errado de qualquer maneira, o clima era bem bipolar aqui. Mas ele nunca poderia saber. Suspirei. Já era a quinta ou sexta vez que eu me pergunto o que estou fazendo com a minha vida.
Após colocar as devidas roupas, vou à procura do meu tênis e penteio-me ao cabelo. Estava sem maquiagem, mas não estava tão feia como de costume.
- pronta? - ele pergunta ao me ver saindo de seu quarto.
- pronta - eu afirmo.
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ᴛʜᴇ ᴅᴀʀᴋ sɪᴅᴇ ᴏғ ʀᴇᴅ - ғɪʟʟɪᴇ
Fanfic[CONCLUÍDA] Onde Finn protege Millie de seu ex namorado abusivo. Ou Onde Finn desperta em Millie, um sentimento que já não sentia há anos. Millie não precisava de ajuda com Jacob. Quer dizer... podia se virar, como sempre. Mas então, naquele camp...