- no que você precisa dar um jeito? - questiona quando estamos entrando na garagem da sua possível casa. Puta merda, que casa incrível. Tudo em tons de branco e preto. - ein? - percebo que me distrair olhando mais para a casa do que pra ele.
- o que? Desculpa.
- antes, você disse que precisava dar um jeito em algo, na situação. O que seria? - descemos do carro
- é complicado.... - suspiro. Finn me olha com pena mas logo sorri de volta.
- vem. - puxa meu braço, me levando até a cozinha. Puta que pariu, aquele lugar era um shopping, não uma casa. Ou eu sou muito pobre mesmo.
- Finn! Querido, eu fiz seu prato preferido e.... - sorriu ao se virar e me ver atrás do moreno - oi querida! Como vai? Namorada nova Finn? - percebo que ele fica sem graça e eu seguro a risada com a mão esquerda.
- oque? Não não. Somos só.... bons amigos. - porque eu me sentia tão bem ouvindo essa frase? Credo. - Nice, essa é a Millie. Millie, essa é Nice. Ela veio para fazermos um trabalho de escola.
- ah claro. Qualquer coisa me chamem. Não querem almoçar? - Finn olha pra mim como quem quer aprovação para a pergunta de Nice. Faço que não com a cabeça e ele apenas assente.
[• • •]
- você é tão mauricio - me sentei em sua cama, observando cada canto de seu quarto atentamente.
- ein? - estreitou os olhos.
- olha o seu quarto. Isso eh maior que a minha cozinha e sala juntas. Mauricinho! - o acusei e ele colocou a mão sobre o peitoral. Ri da forma que ele reagiu. Tão lindo.
- o que quer fazer agora?
- o trabalho escolar.
- fala sério, acabamos de chegar da escola. Sua nerd.
- quer tirar uma nota ruim? Você que sabe. - balancei os ombros e ele virou os olhos.
- me segue. - me puxou para o corredor de dava de cara com o labirinto de portas. Isso era totalmente fora da realidade.
- wow - ele abriu uma enorme porta de madeira, dando de cara com uma enorme área verde, com duas enormes piscinas. Deus do céu.
- eu vinha aqui quando era criança. Minha mãe brincava todas as tardes aqui comigo. Vem. - ele subiu até uma casa da árvore também. Mas eu não consegui subir.
- vamos Mills, deixa de ser bundona. - me estendeu o braço. Nem fodendo. Ele puxou o meu peso todo com um braço.
- você é forte. - admiti e ele piscou um dos olhos.
- quero que saiba que eu não te chamei aqui com segundas intenções. Queria te ver melhor, e sei que provavelmente não vai querer ir para a sua casa. Não me entenda mal. - eu sorri com a fala.as não acreditei totalmente.
- aham - fingi deboche.
- ah, você não acredita eh? É sério.
- estava brincando.
- certo - sorriu, colocando as mãos por trás da cabeça e se deitando sobre as mesmas.
- certo. - o imitei.
E por um momento me esqueci de toda a situação que estava acontecendo fora daquela casinha. Me senti bem.
- verdade ou desafio?
- o que? - me virei para ele.
- você é surda? - dei risada.
- verdade. Você é muito aleatório.
- o que aconteceu hoje? - sabia do que ele estava falando. Confiava nele.
- meu pai traiu a minha mãe há um bom tempo atrás. Tinha outras.... Minha mãe não aceitou e se perdeu em um mundo baseado em bebidas e drogas. Ele sumiu, com sua outra família. E hoje eu vi ele de novo. Lilia é sua outra filha. Fiquei com medo. Eu não sei porque. Quando eu vi ele com ela.... eu senti...
- como se tudo fosse desmoronar e você fosse junto?
- isso.
- senti isso quando minha mãe morreu - abaixou a cabeça.
- Finn, eu sinto muito. De verdade. - segurei sua mão.
- tudo bem. Ela está em um lugar melhor agora. - correspondeu o aperto da minha mão com a mesma. - obrigada. - sorriu e eu fiz o mesmo.
- verdade ou desafio? - dessa vez quem perguntou fui eu.
- desafio.
- pula na piscina. De roupa. - olhei serio
- isso aí é fichinha, Milena.
- é Millie. Então pule sem roupa - ele arregalou os olhos, mas sorriu malicioso depois.
- você que tem segundas intenções aqui. Tarada! - levantou e tirou a camisa.
- pula comigo. - me estendeu a mão.
- tá doido? Safado! - o acusei, cruzando os braços.
- de roupa... Longe de mim!
- não obrigada. Estou bem. Além do mais, não tenho outra roupa.
O moreno desce da casa na árvore e eu ouvi um barulho da água sendo jogada nos arredores da piscina. Coloco a cabeça para fora e vejo um rastro de roupas. Não pode ser.
- louco!
- foi um desafio, eu nunca recuso um! E pare de me olhar! Tarada! Vou denunciar. - colocou as mãos no rastro para o caminho da felicidade.
[• • •]
- você tem que comer Millie. Quando foi a última vez que comeu?
Nice tinha feito macarronada, mas eu não estava com fome. Já era de noite e eu não havia comido nada.
- Finn tá tudo bem. Sério. Agora eu preciso de um carregador para o meu telefone.
- só se você comer.
- que bobagem! Eu preciso falar com Jade.
- Jade? - me olhou confuso.
- minha irmã, se esqueceu? - já havia falado dela para ele. Memória de peixe dourado do caralho.
- ah sim. Só depois de comer.
- Finn. - cruzei os braços
- Millie. - me imitou.
- tudo bem vai. - revirei os olhos - mas só um pouquinho.
- por isso você é desnutrida. Não come nada.
- falou o cara que tá em forma. - rimos. Ele não era tão chato.
[• • •]
- alô? Jade? Sou eu, Millie.
- o-oi Millie. Por onde esteve? Está tudo bem? A escola de Ava me ligou para eu busca-la. Tive de sair do trabalho mais cedo.
- eu estou bem, obrigada. Você sabia não é? Ele está de volta.
- Millie
- porque não me contou?
- como sabe? Onde você está?
- não mude de assunto. Porque não me contou?
- eu não queria assustá-la... como você descobriu?
- vi ele hoje. Estou na casa de.... uma amiga. Vou ficar na casa dela. Coisas de escola. Sei que toma conta delas sozinha. Preciso de um tempo para assimilar tudo isso.
- tudo bem, eu entendo. Desculpa.
- até.
Merda.
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ᴛʜᴇ ᴅᴀʀᴋ sɪᴅᴇ ᴏғ ʀᴇᴅ - ғɪʟʟɪᴇ
Fanfic[CONCLUÍDA] Onde Finn protege Millie de seu ex namorado abusivo. Ou Onde Finn desperta em Millie, um sentimento que já não sentia há anos. Millie não precisava de ajuda com Jacob. Quer dizer... podia se virar, como sempre. Mas então, naquele camp...