Capitulo 29

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- Millie? - fui para o lado de fora da casa junto a ela, e fechei a porta, melhor para nós dois se Erick não a visse. - o que aconteceu? - seu rosto estava vermelho e lágrimas escorriam pelo mesmo, sua respiração estava totalmente descontrolava e ela gaguejava sem parar. Confesso que senti uma pontada no meu peito ao vê-la desse jeito, me machucou também.

- e-eu t-tentei t-te lig-ligar mas vo-você não atendia e-e - ela mais chorava do que falava.

- olha aqui, calma tá!? Vamos resolver isso. Eu só preciso fazer uma coisa. - então eu abri a porta e verifiquei se meu pai estava por ali. Graças aos deuses não estava. - vem. - o plano era: levar Millie até meu quarto e nos trancar lá dentro.

- Michael? Quem é?

    O desespero tomou meu corpo. Isso até pode parecer ser nada demais, mas meu pai odeia receber visitas. Odeia ver pessoas. E ainda mais a causa da minha ausência em seu "trabalho".

- o que está fazendo? - minha figura paterna surgiu no corredor, provavelmente por conta do barulho da porta se fechando.

- nada pai. - entrei na frente da porta do banheiro de visitas, na qual tinha escondido Millie assim que o ouvi me chamar pelo nome do meio.

- Garoto, eu vou ter que viajar de última hora para Califórnia com seu irmão. Quando for da idade de Nick não seja incompetente como ele. Volto em três dias se der tudo certo. - ele levava consigo uma maleta apenas. Dei graças a Deus, ou ao destino, ou aos deuses que fizeram isso acontecer, porque se não, nem eu e nem Millie estaríamos aqui para contar a história. Tá, talvez eu esteja exagerando um pouco, mas quando se trata de Erick, todo o cuidado é necessário.

- t-tabom.

Ele saiu pela porta e pegou um dos seus carros na garagem, para provavelmente ir até seu aeroporto. Soltei um suspiro de alívio e destranquei a porta, me deparando com uma Millie sentada no chão com a cara enfiada entre os joelhos. Outra pontada. Meu coração falhou uma batida.

- ei... - me agachei a sua altura - me desculpe, eu tive que fazer isso porque se não meu pai iria ver e ia acontecer a maior confusão. - ela virou o rosto pra mim e dessa vez foi como se a gravidade estivesse me puxando para baixo. - vem aqui - puxei ela pelos braços, de um jeito que não a machucasse e fomos para meu quarto.

- me desculpa F-finn, eu te l-liguei mas você não atendeu e a-ai eu.... - ela se sentou em minha cama e eu a acompanhei, a envolvendo com meus braços.

- Mills, calma, tá legal? Quer me contar o que aconteceu? - digo limpando sua pele, já molhada e avermelhada.

- meu pai, Finn. Ele voltou, de uma vez agora. Ele foi até a minha casa dizendo que estava com saudades e que queriam ver como estavam as coisas. Depois o idiota vem com um papinho de pegar minha guarda e eu vou ter que  morar com Lília, Finn, com LÍLIA! - me lembro da primeira vez em que Millie veio em casa. Ela viu o pai dela havia aparecido na porta da escola.

- o que ela tem haver com essa história? - franzi o cenho.

- ela é filha dele também Finn. - colocou as mãos nos olhos e voltou a chorar. Merda Finn, você sabia! Seu merdinha!

- Millie, olhe para mim. - pedi mas foi como se eu estivesse falando com a parede - Mills, por favor. - pedi mais uma vez e ela assim obedeceu. - ele não pode fazer isso.

- porque não? - fitou-me com intensidade. A coloração de seus olhos estava diferente. Um mel tomou seus olhos dessa vez. E, se por mim, eu estaria disposto a descobrir todo o seu arco-Íris.

- porque você tem mais de dezoito. - disse como se fosse óbvio. Mas foi aí que ela chorou mais ainda. Não entendi.

- Finn, isso aconteceria se eu fosse maior de dezoito anos. E eu tenho dezoito.

- o que? - essa foi nova. - como assim? - saber que você está ficando com uma menina mais nova não é muito agradável.

- eu pulei o terceiro do ensino médio. Fui direto para a faculdade.

- só se acalma tá? Chorar não vai ajudar.

- você tem razão - limpou as lágrimas. Ela era forte e dava pra ver. - o que vou fazer agora?

- como você já tem dezoito, pode ir até o tribunal junto a Jade e sua mãe antes do seu pai fazer isso. Se é que ele irá fazer, porque ele pode só ameaçar.

- eu não o conheço mais Finn, não sei como ele irá agir. - ela se levantou e começou a andar de um lado para o outro.

-  nós vamos resolver isso. - fui até ela é segurei sua mão, lhe dando apoio.


[• • •]

- toma - lhe entreguei um remédio para dor de cabeça.

Já se passaram duas horas e meia desde a sua chegada. Junto com o remédio peguei Eggo's, como eu disse, comida sempre faz ela melhorar.

- obrigada. - tomou o remédio com a águia e mordeu o Eggo's. Millie se encontrava deitada na minha cama, com o rosto inchado.

- o que quer fazer agora? Pode dormir aqui se quiser. - me deitei ao seu lado.

- eu não faço ideia. - nossos olhos se encontravam e eu senti meu coração se aquecer com seu olhar, que dessa vez, continha uma coloração azulada. - Finn, me desculpa. De verdade, eu não queria incomodar de jeito nenhum. É só que.... depois que David - se referiu ao pai - foi embora, eu não consegui pensar em ninguém mais apropriado para me consolar - deu uma risada fraca.

- ei... - cheguei meu rosto perto do seu - fique tranquila, eu vou estar aqui Millie, sempre, pra você.

- promete?

- prometo.

Ela chegou mais perto e colou nossos lábios.

- sabe Brown, eu gosto de você. - ela sorri. Apenas sorri. Devo me preocupar? - eu gosto mesmo de você, Millie.

- Sabe lobo, talvez eu goste de você também.... - disse acariciando minhas sardas. Ela as amava.

- que tal terminarmos de ver Enrolados? - sugeri.

- JURA? - deu um salto na cama.

- o que você não me pede rindo que eu não faça chorando? - liguei a Tv e coloquei na Netflix e percebi ela dar mini gritinhos de felicidade.

- obrigada. - sorriu fascinada.

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Oi site. Tudo bem?
Esse capítulo foi narrado pelo Finn, e o próximo vai ser narrado pela narradora, vulgo eu, ou pela Millie. A narração da história daqui pra frente vai se resumir nisso.
2 bj e até o próximo capítulo!

ᴛʜᴇ ᴅᴀʀᴋ sɪᴅᴇ ᴏғ ʀᴇᴅ - ғɪʟʟɪᴇ Onde histórias criam vida. Descubra agora