Capítulo Cinco

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“Lembrar é fácil pra quem tem memória, esquecer é difícil pra quem tem coração.”
— William Shakespeare

”— William Shakespeare

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— Vim mais cedo. - Suiane diz quando abro a porta e ela está lá com um sorriso no rosto — Mamãe me disse que você estava precisando de uma amiga e doces. - ela levanta a sacola e me sorri — Trouxe sorvete e chocolate.

— Vem, entra. - ela beija meu rosto quando passa por mim e eu fecho a porta

Suiane se senta no sofá da sala e deixa a sacola sobre a mesinha de centro. Eu vou até a cozinha pegar duas colheres para gente e volto até ela. Me sento ao seu lado e estendo a colher pra ela.

— Sem o potinho? - eu dou de ombros — A coisa tá mais feia do que eu pensei. - ela abre a sacola e tira o sorvete de napolitano e o chocolate amargo — Do jeito que você gosta?

— Sim. - eu abro um sorriso pequeno e ajeito a almofada para que minha prima apóie o sorvete na mesma

Vamos dividindo o sorvete e o chocolate em silêncio. Não sei muito ao certo o que vou falar pra ela, agora só preciso acordar minhas mágoas no sorvete e no chocolate.

— Vai, me conta agora, antes que eu morra de diabetes. - eu bato no ombros dela

— Para de dizer besteira Suiane, você sabe muito bem que a vovó morreu disso. - ela revira os olhos e bufa

— Eu estava brincando, desculpa. Mas me fala, o que aconteceu pra você tá na fossa desse jeito?

— Eu me apaixonei por um cara que não existe. - eu espero o riso debochado mas é seu silêncio que me responde

— Tá, me explica melhor porque minha mente pensou em centenas de cenários. - ela se ajeita e eu faço o mesmo, colocando o pote de sorvete sobre minhas pernas dobradas

— Eu estou sonhando com um cara a quase vinte dias. Todas as noites ou em qualquer hora que eu durmo eu sonho com ele. - eu coloco uma colherada na minha boca — As vezes os sonhos são diferentes outras são continuações dos anteriores. No começo sonhei com a mesma coisa três vezes. E acontecia a mesma coisa todas as vezes. - eu levanto meus olhos e encaro a cara chocada da minha prima

— Você... - ela se cala e fica assim por quase cinco minutos completos — Como é o cara?

— Perfeito. - meu sorrio é um tanto amargo — Gabriel é um bad boy de coração mole, sabe? Parece um urso, feroz por fora mas mole por dentro. Eu acho que no começo eu só sentia atração por ele, afinal ele é lindo...

— Lindo como? - ela me interrompe

— Pele clara, alto, barba por fazer, tatuagens... - eu sorrio — E os olhos mais azuis que já vi na minha vida! - eu fico mechendo no sorvete com a colher e já virou uma mistura marrom de sabores

— Isso não é nada o seu tipo. - eu afirmo

— Eu sei, também me choquei com isso, mas Gabriel foi me ganhando aos poucos. - deixo o pote de sorvete sobre a mesinha de centro — No começo o charme fez seu papel, mas foram as conversas, as ações dele, o jeito como ele me fez sentir... - meus olhos se enchem de lágrimas — Foi isso que me fez o amar, sabe? O conjunto da obra.

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