Capítulo Três

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"Tudo depende de como vemos as coisas e não de como elas são."
— Carl Jung.   

O lugar está lotado, tenho uma sensação de déjà vu permanente e fico olhando para os lados como se assim eu descobriria o motivo desse sentimento

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O lugar está lotado, tenho uma sensação de déjà vu permanente e fico olhando para os lados como se assim eu descobriria o motivo desse sentimento. Mas não encontro.

Perdi minha prima e sua amiga dois minutos que chegamos. E já estamos aqui a quase duas horas. Terminei um e-book que tava bem interessada mas confesso que foi quase impossível com essa barulheira toda. Pra quer essa música tão alta, tem gente fazendo faxina por acaso?

— Toma senhorita. - o barman me estende uma taça com uma bebida colorida e um guarda-chuva pequeno

— Eu não pedi isso. - eu franzo a testa

— Foi aquele senhor ali que tá te oferecendo. - ele aponta pro lado e um cara aparentando ter uns vinte e pouco me olha sorrindo

— Devolve pra ele e diz que eu mesmo compro minhas bebidas. - o barman parece chocado mas faz o que eu peço e eu volto a olhar pro meu celular

— Olha moça... - eu levanto meus olhos encontrando o mesmo barman segurando a mesma bebida — Ele insiste. - eu levanto a sobrancelha

— Ele tá te pagando uma boa gorjeta se eu aceitar, não é? - ele parece meio constrangido mas afirma — Quanto?

— Duzentos. - eu levanto minhas sobrancelhas e rio de escárnio

— Vai, deixa aí, bom proveito com seu dinheiro. - o barman sorri e deixa a bebida sobre a bancada

Eu volto meus olhos pro celular e tomo um gole da minha água. Não bebo. Além de não ter idade eu não tenho esse costume. Então água pra mim é que vai me levar durante a noite toda.

— Você sumiu! - eu dou um pulo com o grito da minha prima no meu ouvido e me viro encontrando ela e sua amiga suadas e sorridentes

— Você que sumiu, eu tava bem aqui. - ela sorri e pega minha água e bebe

— De quem é essa bebida, Lissa? - ela aponta para a bebida que o garçom deixou pra mim e eu dou de ombros

— Um cara pagou pra mim mas eu não bebo. - Isabel parece chocada e logo pega a bebida

— Mas eu sim! - ela vira a bebida colorida e eu fico impressionada com a facilidade dela pra beber álcool

— Vai dar pt não hein, praga. Sua mãe me mata! - Suiane puxa o braço dela e Isabel apenas ri — Lissa, que tal dançar com a gente? - eu nego — Vamos, você gosta de dançar. - eu nego — Por favorzinho. - Su une as mãos em um clássico gesto de petição e eu reviro meus olhos — Prima, a gente veio se divertir e você tá o que, lendo? Isso não é diversão!

— Pra mim é, ué. - eu dou de ombros e Suiane bufa, antes dela dizer mais alguma coisa eu levanto do banco alto e guardo meu celular — Vamos logo, antes que eu desista. - ela comemora com alguns pulinhos e logo me arrasta até a pista de dança

Amor dos SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora