Sempre me chamaram de sonhadora. Sempre me acusaram de não ter os pés no chão, de viver mais na minha própria imaginação do que na realidade. Mas o fato é que esse sempre foi meu caminho de fuga e nunca neguei a minha preferência por ele, porém meus...
“Gosto de gente que insiste em mim, que apesar dos dias ruins, de eu ser complicada de lidar, não desiste e tenta me entender e falar comigo.”
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Suiane Andrade
Meu coração acelera outra vez vendo a merda do sorriso mais lindo do mundo. Hoje já é dia vinte e oito de dezembro, três dias que ele me pediu perdão, eu deveria ter colocado tudo em ordem por essa altura do campeonato, mas aqui estou eu. Completamente apaixonada por aquele sorriso.
Félix parece feito para esse momento. Estamos na praia, a pedido da minha prima, ele está usando uma bermuda curta demais para ser chamada de bermuda e grande demais pra ser uma sunga, mas tão sexy que me deixa meia zonza. Ao meu lado, sentada na areia, está minha prima com um livro aberto em suas mãos.
Eu estou deitada na minha canga enquanto fico fingindo não ver o idiota do Félix flertar com meia praia enquanto joga futevôlei com meu melhor amigo.
Eu bufo mais uma vez e endireito meu óculos. Não posso deixar ele saber que não consigo tirar meus olhos dele, imagina a humilhação que isso seria. Deus me defenda!
— Esse foi a milionésima vez que você faz isso. - eu olho pro lado e Melissa ainda tem os olhos focados no livro em sua mão — Daqui a pouco ele percebe sua frustração, hein.
— Não sei do que você está falando. - Lissa levanta uma sobrancelha e abaixa um pouco o óculos escuro — Mas, se eu soubesse, eu diria que tinha um motivo. - Lissa ri — Alemãozinho idiota!
— Qual é o problema agora? Achei que ele tinha te pedido perdão no natal. - eu afirmo dando de ombros — Vai me dizer que isso não mexeu com você, Suiane?
— Um pouco. - eu minimizo o assunto e é a vez da Melissa bufar — Pedir perdão não apaga nada que ele fez, Lissa, não posso fingir que nada aconteceu.
— Mas pode ficar babando no menino pode, né? - eu reviro meus olhos — Por que você não vai lá falar com ele? Não custa nada.
— Ir falar com ele? Tá doida, Melissa? Da onde tirou isso? - ela ri — Tá rindo de quê, doida?
— De você, ué. - eu franzo a testa — Eu não fazia ideia de que, atrás daquela marra toda que você tinha, na verdade você era uma medrosa. - eu arregalo meus olhos e minha boca — Não faz essa cara, não, porque é a mais pura verdade. - eu impulsiono meu corpo para olhar a carinha de pau dela e vejo o olhar risonho — Suiane, você sempre me disse pra ser forte, independente, corajosa e você agora tá sendo uma frangona. Tá com medo de quê? De levar um não? Isso você já tem, no máximo vai ganhar mais experiência. Eu hein. - ela bufa e eu fico chocada vendo ela agir como se tudo que eu fizesse fosse irracional