Capítulo Vinte e Seis

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“E por falar em saudade, onde anda você?”

“E por falar em saudade, onde anda você?”

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Edson - o Edinho

Eu respiro fundo e abro meus olhos. Como posso sonhar com a mulher mais linda de todo o universo e acordar sentindo meu coração prestes a parar a qualquer momento?

Ah, claro, porque eu deixei esse mesma mulher ir embora.

Não, não foi assim, eu não a deixei ir embora. Quem foi embora fui eu. E ela que me deixou ir embora. A culpa é toda dela!

Sim, é culpa dela que eu estou sofrendo desse jeito. É culpa dela que meu coração já não bate do jeito que batia. É culpa dela que eu não sou mais o mesmo. Tudo é culpa daquela anã de jardim! Isso!

Eu fecho meus olhos recriminando minha mente porque todo mundo sabe que não é bem assim.

Sim, eu que voltei pra cidade que morava, eu que deixei ela lá e vim porque meu pai contava comigo. Terminamos porque namoro a distância não daria certo e eu tentei ficar lá o máximo que pude mas não dava mais. Não podia deixar meu pai sozinho mais.

Eu levanto da cama mesmo que não queira. Hoje é dia trinta de dezembro. Falta pouco para o ano acabar e eu só queria ela comigo outra vez.

Sinto saudades dela a cada segundo. Em como a gente brigava pelo espaço na pia do banheiro quando íamos escovar os dentes. Sinto falta dela rindo enquanto tentava fazer uma panqueca mas que nunca conseguia porque deixava ela grudar na frigideira. Tenho culpa nisso porque não resistia vendo ela toda linda usando minha camisa e de cabelos presos. O rostinho avermelhado e todo amarrotado por conta de temos acabado de acordar.

Sinto falta de como ela falava sem parar porque pra ela tudo era motivo de ser comentado. Sinto falta de como ela planejava as coisas, planejava nossa vida juntos, nossa casa, nosso casamento, nosso futuro. Sinto falta de como ela se perdia em seus próprios pensamentos e eu só ficava lá parado, encarando ela, vendo a sorte que eu tinha por ter a mulher mais incrível do mundo inteiro ao meu lado.

Sinto falta até de como ela era ciumenta. De como ela me batia quando acordava e tinha sonhado que eu a traíra. Nossa, ela pode ser pequena mas tem uma mão pesada que só Jesus.  Sinto falta de sair com ela, de fazer comprar no mercado, dela toda animada porque testaríamos uma receita nova. Sinto falta dela brigando comigo porque eu estava dirigindo muito rápido, de como brigávamos por conta disso. Dela me lembrando toda hora do cinto de segurança, de como eu amava dirigir segurando a mão pequena dela, da segurança que tinha com ela ao meu lado, de nunca ter medo de morrer porque sabia que, aonde quer que eu estivesse depois disso, estaríamos juntos.

Sinto falta do sorriso, do olhar brincalhão, de como ela se empenhava em tudo que fazia. Tenho saudades das horas que perdíamos fazendo nada. Eu sentado no sofá jogando e ela deitada em meu colo criando pastas e mais pastas no Pinterest sobre nossa casa ou nosso casamento. Sinto falta dela em todos os momentos, em como planejávamos sermos um, em como ela me fazia ser melhor, dela me arrastando para lugares que não queria ir mas ia porque isso a faria feliz.

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