Capítulo Onze

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“Os outros eu conheci por acaso. Você eu encontrei porque era preciso.”
— Guimarães Rosa   

— Você acredita nisso? - Suiane ri e eu dou de ombros usando meu copo de refrigerante para esconder meu riso — Não riem, eu tô puto!

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— Você acredita nisso? - Suiane ri e eu dou de ombros usando meu copo de refrigerante para esconder meu riso — Não riem, eu tô puto!

— Ed, foi só um mal entendido. - eu digo mas isso só faz com que ele fique ainda mais puto — Não fica assim, amigo.

— Ah, o que você acharia se perguntasse se você é a mãe da sua amiga? Eu tô tão velho assim? - eu nego e abraço ele

— Tá gatinho ainda, Ed. - Sui diz abraça seu outro lado — Com alguns pés de galinha, mas é a vida. - eu rio e Edson bufa — Anda vovô, que eu tô afim de usar seu desconto de velho pra ver um filme.

— Eu não vou comprar chocolate pra você, você vai ver. - eu rio e me afasto dos dois que ficam rindo e implicando um com o outro

A minha semana tem se passado assim, entre riso, brincadeiras, maluquices desses dois e saudades. Sim, estou morrendo de saudade de alguém que nunca vi.

— Jesus! - eu franzo a testa e encaro minha prima

Suiane está parada virada pra frente, olhando fixamente para um ponto que eu me viro para a imitar. Não vejo muito, vejo pessoas passeando no shopping numa tarde de sexta como qualquer outra pessoa e não entendo o porquê desse choque dela.

— É ele! - eu franzo a testa — É aquele idiota da boate! - eu fico procurando mas não vi o tal cara no fatídico dia — Loiro, alto, cabelos claros, tatuagens pelo corpo e olhos cobertos por um óculos preto. Tá de camisa vermelha, pelo amor de Deus. - eu procuro o cara que ela descreve e logo encontro e, nossinhora, como minha prima tem um puta bom gosto

— Aquele que te falou merda? Esse cara? - Ed pergunta e eu deixo de olhar pro tal cara e olhar para os dois

Minha prima está agarrada a Edson como se ele fosse um esconderijo bem eficaz, mas nem o rosto dela ele tapa, só fica lá abraçado a ela fazendo carinho por sua coluna e dando beijos esporádicos em sua cabeça. E depois ela diz que ele gosta de mim!

— Esquece ele, ele não te merece. - ele beija a cabeça dela outra vez — Que tal a gente guardar essas coisas lá no meu carro e depois a gente volta e vê aquele filme que minha velhice vai pagar pra gente? - Suiane sorri e eu fico tão grata ao Edson por isso que sou capaz de beijá-lo

Ok, não sou não. Nunca trairia meu lindo e imaginado namorado. Sim, Gabriel é meu namorado e não me pergunte porque eu ainda me deixo levar com meus sonhos.

— Posso ficar sentada ali? - eu pergunto apontando para um banco na frente de uma grande loja de eletrodomésticos, a loja em que saímos — Eu prometo ficar sentadinha aqui esperando vocês voltarem. - Edson iria negar mas minha prima afirma — Vou ficar aqui. - me sento no banco e vejo os dois irem em direção a escada rolante que os levará ao estacionamento

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