Capítulo 25: A Passagem dos Mortos

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Saint Luna, 12 de Fevereiro de 1991
Terça-feira - 02:12 P.M.

Saí da biblioteca logo depois de Seline e fui direto para casa

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Saí da biblioteca logo depois de Seline e fui direto para casa. Almocei e subi para o meu quarto para dormir e descansar, depois acordei cerca de cinco horas da tarde e fui fazer um chá para dor de cabeça. Preferi usar erva cidreira, eu odiava o gosto mas era o que melhor fazia efeito.

Peguei o grimório na gaveta do armário e passei os olhos pelas páginas. Agora haviam páginas escritas, mas eu não entendia por estar em latim. Guardei o grimório na mochila para tentar falar com Seline mais tarde, desci as escadas correndo e peguei meu arco. Saí de casa e segui o mesmo caminho de mais cedo, pela floresta até o muro de plantas estranho que eu tinha visto. Precisava terminar esse mistério.

— Tudo bem, vou descobrir o que tem aqui de uma forma ou de outra.

Apanhei um pedaço de madeira grande e tentei enfiar dentro dos bloqueios entre as árvores e alguns arbustos. Ao redor, o chão era todo de barro e úmido, dando oportunidade de eu escorregar.

Quando me aproximei mais de uma pequena brecha entre os arbustos, senti o chão escorregar e me vi afundar em um buraco. Hoje definitivamente não era o meu dia de sorte. Apenas ralei os braços e as pernas, e confesso que doeu um pouco, mas mesmo assim o buraco não era muito grande. Haviam insetos por todo o canto e alguns vestígios de pedras.

Tentei escalar, mas estava escorregadio demais. Minhas mãos não conseguiam se manter firmes, e nem tinha onde meus pés se apoiarem. Eu estava sem saída e sem opção, até porque não tinha mais ninguém naquela parte da mata.

— Droga!

Eu poderia gritar por socorro, mas sabia que ninguém iria me ouvir. Eu realmente não conseguia pensar no que faria. Aquela situação estava me dando nos nervos e eu só tentava não entrar em pânico. Tinha medo de escurecer, sabe-se lá quais animais selvagens tinham pela floresta Sweet. Bem, eu não queria descobrir.

— Você precisa de ajuda?

Ouvi uma voz por cima do buraco e olhei para o alto. Um garoto que parecia ter entre treze e quinze anos, olhava curioso para onde eu havia caído.

— Sim! — Disse esperançosa de finalmente sair dali.

Os minutos que eu esperava pareciam horas. O garoto jogou uma corda e eu a segurei, e então me senti puxada para cima. Sorte que eu era leve a ponto de uma criança me puxar com uma corda, mas como ele tinha uma corda?

— Obrigada, achei que nunca mais sairia de lá!

Agradeci ofegante, me levantando do chão e tirando a poeira de toda minha roupa. O garoto era um pouco mais baixo que eu, com a pele negra e o cabelo curto no estilo militar. Seu ar parecia estranho, como se ele estivesse cansado e angustiado. Ele sorriu com dificuldades ao ouvir meu agradecimento.

As Fases Da Lua - Bruxas & Assassinas [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora