As Fases Da Lua - Bruxas & Assassinas [CONCLUÍDO]

Capítulo 41: Marcas de um Sofrimento

Saint Luna, 18 de março de 1991
Segunda-feira - 06:02 A.M.

Como se fosse o primeiro dia, acordei um pouco animada com a volta às aulas, mas no fundo eu sabia que estaríamos no meio de um possível assassino. Quem sabe não encontraríamos com ele achando que é alguém normal, e incrivelmente não-suspeito?

— Bom dia, querida! — Tia Liz cumprimentou com um beijo na bochecha, enquanto preparava o café da manhã. — Vai comer alguma coisa antes de ir para a escola? 

— Bom dia, tia. Acho que não, tenho algumas coisas para resolver com as meninas. — Falei pegando uma banana e descascando. — Na verdade eu já estou comendo, mas é só para não ir em jejum. 

Jogo a casca da banana no lixo e começo a comê-la como se fosse o último alimento da Terra.

— Tenta não chegar tarde dessa vez, e cuidado com esse assassino. Não sei porque ainda deixam vocês irem para a escola depois disso tudo. — Comentou preocupada, e eu tentei passar confiança de que tudo ia ficar bem.

— Esse não é um assunto que a polícia vai conseguir resolver. Alice, Seline e eu vamos dar conta disso e além do mais, estamos evoluindo com a magia. 

— O que vocês acham que sabem sobre magia não é nem de perto o que vão enfrentar com Stephen, vocês não sabem nada sobre ele e nem sobre a quem ele serve.

Ergui a sobrancelha enquanto Elizabeth falava. Eu não entendia como a antiga tríade era amiga de Stephen e não imaginaram o que ele pudesse fazer, e nem ao menos como.

— E você sabe? — Questionei, deixando ela sem ter o que responder. — Como sempre, você me escondendo as coisas.

Sussurrei a última frase e coloquei minha mochila nas costas, me preparando para sair e ir para a escola.

— Eu só não quero que vocês não cometam o mesmo erro que minha tríade.

Quando me dei conta, já havia saído de casa. O sol estava começando a nascer e o clima estava um pouco frio devido ao inverno, que terminaria em dois dias e daria espaço à primavera, onde seria nosso primeiro sabás.

Caminhei cerca de quinze minutos até chegar na entrada do colégio. Muitos alunos se aproximavam e entravam como de costume, mas com certeza tudo seria diferente a partir de agora. 

— Vamos lá, Jessica. O que pode dar errado? — Perguntei comigo mesma ao subir os poucos degraus da escada da entrada.

Ouvi o sinal tocar e comecei a andar em direção às salas de aula, com a cabeça viajando em milhares de pensamentos, mas parei de andar assim que notei uma voz me chamando.