Capítulo 26: Uma Aventura no Necrotério

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Saint Luna, 12 de fevereiro de 1991
Terça-feira - 07:50 P.M.

— HOJE NÃO É UM BOM DIA PARA MORRERMOS!

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— HOJE NÃO É UM BOM DIA PARA MORRERMOS!

Meu grito ecoava pelas ruas que passávamos, enquanto Alexander pilotava aquele dragão de forma que hora ou outra iríamos alcançar a velocidade da luz.

— Não vamos morrer. Não hoje.

Respondeu Alexander virando as ruas de Saint Luna. Ele parecia despreocupado, mas poderíamos causar um acidente. Não, eu não confio em Alexander Butler, o filho do detetive. Motivos: 1) eu não confio em homem nenhum. 2) não é só porque ele me salvou que eu vou dar brecha. 3) Alex estava fora do normal!

— Por favor, diga que já chegamos! — Insisti sentindo a moto parar aos poucos, em frente a um necrotério.

— Já chegamos, Pequena Sereia.

Agradeci mentalmente e desci da moto. Tirei o capacete e entreguei a Alex, que descia logo depois de mim. Andamos até a entrada do necrotério, onde eu percebi pela porta que havia só uma atendente na entrada, distraída fazendo anotações em uns fichários.

— Qual o plano? — Perguntei antes de entrarmos e ele pareceu bem pensativo. Pelo menos não foi um passeio romântico.

— Você entra como uma menina inocente e pede para usar o telefone. Enquanto isso, eu entro por trás e desligo as luzes do prédio inteiro, dando tempo para nos encontramos nos corredores onde ficam os defuntos.

— Você falando parece fácil. — Sussurrei e olhei para a mulher de novo. A coitada levaria um susto levando em conta que trabalhava no meio de gente morta.

Entrei pela porta principal enquanto Alex se afastava. A mulher ficou olhando fixamente para mim e eu tentei expressar frieza, ao invés de medo de tudo der errado e formos presos.

— Olá. Boa noite! Eu tive um pequeno problema no meu carro lá fora e não tenho como avisar aos meus pais que eu vou chegar tarde em casa. Se importa se eu usar o telefone por dois minutos?

Peço mantendo a postura e a mulher pareceu não ligar. Pelo contrário, ela assentiu e sorriu, pegando o telefone da bancada e me entregando. Disquei alguns números aleatórios e esperei o apagão. Eu sou boa interpretando papéis, mas eu não conseguia improvisar por muito tempo.

Hoje ainda seria um grande dia. Meus pais vão fazer um evento de não sei o que, onde um bando de ricaço vai para tirarem fotos e aparecerem para a imprensa e as mídias. Vida de gente rica realmente não era fácil, apenas sorriam para as câmeras e finjam que são felizes e que a polícia não investiga as suas vidas.

As Fases Da Lua - Bruxas & Assassinas [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora