Capítulo 20

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-para você morder. Vai arder. - Pisquei várias vezes. Não quero sentir dor. Eu odeio sentir dor! Mas fiquei parada. Coloquei o pano na boca. -quando tudo voltar ao normal é bom você ir a um posto. Talvez ele lhe deem algumas vacinas...- disse pegando um algodão e molhando com soro. Ele passou no corte e isso apenas aliviou um pouco a ardência que eu sentia.

Mas quando ele limpou com álcool eu gritei o mais alto que pude. Scott colocou o pano na minha boca e eu o mordi com muita força. Aquilo ardia na alma! Eu comecei a chorar e ele continuou limpando o ferimento pedindo para que eu tivesse calma e dizendo que já ia terminar. Quando terminou de limpar ele fez um curativo .

-pronto.- disse satisfeito. E eu apenas conseguia chorar. Ele sentou-se de frente para mim e sorriu ao ver minha expressão de choro. Bati na sua barriga.

-seu idiota... você não pode sorrir... não sabe como isso ardeu!

-mas já passou!

-mas doeu!- briguei ainda choramingando.

Ele sorriu passando a mão em meu rosto e enxugando minhas lagrimas. Funguei me sentindo um pouco mais consolada.

-onde esta os outros?

-foram embora.- Scott – se aafstou de mim e apenas me olhou naquele estado lamentável - Marco foi até sua casa e disse que você ainda não tinha chegado. Nós tentamos te ligar várias vezes, mas sempre dava fora de area. Já liguei para ele dizendo que você esta bem.- ele se levantou e me olhou. Me cobri mais ainda com a toalha me sentindo constragida. -vou pegar uma camisa para você....- disse sumindo no corredor novamente.

Suspirei aliviada, acho que eu fui a unica burra a ir por um caminho não bom e por isso tudo aquilo aconteceu. Olhei para o estacionamento e como a chuva estava menos grossa. Meu carro ficou preso no poste e no tronco de arvore que emperrou na saida da rua. Espero que o estrago não tenha sido tão absurdo. A agua não chegou a inundar a escola, mas chegou a molhar a recepção e um pouco da sala de espera.

Ele voltou com uma camisa para mim. Me vesti rapidamente e o observei. Ele olhava para o lado de fora do curso. Parecia preoculpado. Me levantei sentindo um pouco de ardor no ferimento.

-vai dar tudo certo – disse jogando a tolha por cima de sua cabeça - agora acho que vc tem que se secar – falei mexendo a toalha em sua cabeça e secando eu cabelo. - você esta todo molhado.

-bom eu não tenho roupas extras das extras – riu.

-obrigada mais uma vez – eu estava um pouco envergonhada. Scott pegou a toalha e secou seu rosto e seu peito. A calça estava encharcada, mas não tinha muito o que fazer em relação a isso. Já ia dar 8 horas da noite. O tempo estava frio . Ele empurrou o sofá da recepção para uma das salas que estava seca .

-vou na cozinha preparar algo quente.

-eu vou junto.

-não.- fique ai. A verdade é que não gosto de ficar sozinha no escuro, por mais que o lugar estivesse iluminado , as luzes de emergência não iluminava o suficiente. Me levantei e o segui até a cozinha. O céu ainda relampejava e os trovoes eram assustadores.

Quando Scott me viu ele se assustou.

-você não cansa de ser teimosa?- perguntou bravo.

-você sabe que eu não gosto do escuro- disse me encostando na pequena mesa da cozinha dos funcionários. Ele respirou fundo tirando o leite quente do fogo e colocou em um copo .

-tome – me entregou – vai te aquecer. - Ele também colocou um pouco para ele. Eu assoprei antes de tomar e aquilo realemnte me aqueceu. Me lembrei na mesma hora de Alice.

ERA UMA VEZ PRIMEIRO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora