Capítulo 29

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Anne Narrando

- Okay, se você não parar com essa palhaçada agora, você vai ver! - eu paro o encarando exaltada.

Arlo - Huh? - respiro fundo. Ele me observa e segura o riso.

Sabe aqueles casais melosos que só conversam a base do "Huh?" E depois que cada um deles dizem isso pelo menos duas vezes, dão uma risadinha e se beijam?

Pois é.

Estávamos na festa da minha avó, sim, deu tempo para vir ainda, agimos como de nada tivesse acontecido... Eu agi na verdade, Arlo não conversa muito em português então está grande parte do tempo calado. Bom, a não ser quando alguns dos milhares de primos que tenho passaram correndo e quase o derrubaram, ele acabou soltando um palavrão em inglês sem querer, sorte a dele é que minha família só sabe o básico ou só sabe o nível tio Pedro, meus pais não estavam por perto, até porque estávamos atrás da casa.

"Vejo pequenos vultos passando por nós até que percebo quem são: Diogo, Alicia e Matheus, essas pestes que chamo de primos, trigêmeos, têm 5 anos esses demônios! Arlo tropeça e quase cai se não fosse por mim segurando sua mão.

Arlo - Shi*, go f*** you! - As crianças param de correr na hora quando escutam a voz dele.

Alicia - O que ele tá falando? - ela se vira para os irmãos.

Arlo - Por que vocês estão correndo? - ele pergunta mais calmo depois de se recompor. Chego perto dele e sussurro um detalhe:

- Arlo, eles não falam ingl... - mal termino de falar e escuto gargalhadas debochadas vindo dos dois garotos, olho-os confusas e eles gargalham ainda mais, uma mão apontando para Arlo, enquanto a outra se apoiam nos joelhos ou seguram a barriga.

Diogo - Blá Blá Blá - ele dizia enquanto imitava a pose e a voz de Arlo e fez um barulho de peido no final, o irmão gargalhar ainda mais.

Matheus - Mar oe - imita Arlo "caindo". - não me aguento e começo a rir.

Alicia riu mas não fez nenhuma piada.

Alicia - Peça desculpas à ele por meus irmãos, Anne. Eles são muito bobocas. - Me abaixo e beijo sua bochecha.

- Pode deixar! - ela abraça meu pescoço e dá um tchauzinho tímido para Arlo, que retribui sorrindo e tenta ficar sério para intimidar dois dos três irmãos que estavam debochando dele, sem obter sucesso, eles riem ainda mais o voltam a correr chamando Alicia com eles.

Arlo - Olha, eu não sei o que eles estavam dizendo de mim, mas eu não gostei. - cruza os braços e fica emburrado, dou risada e continuamos andando.

Passamos por uma das minhas primas com o namorado, eu quase vomitei quando escutei a 'conversa':

Natálie - Hum?

Lucas - Hum? - murmura escondendo o rosto em seu pescoço.

Natálie - Hum? - eles riem e se beijam, depois de um tempo abraçados eles repetem a cena.

Se eu falar assim com Arlo, pode me matar agora mesmo!"

Vamos mudar um pouco a última frase...

Se Arlo falar assim comigo, eu posso mata-lo agora mesmo!

Arlo - Hum? - reviro os olhos e chego mais perto de seu peito, abraçando sua cintura, ele me olha estranho por ver que não o xinguei e resolve ceder, abraçando meu pescoço. Levo minha mão até sua costela e faço um carinho, para logo depois beliscar com toda minha força, sei que isso não foi nada, ele deve ter se sentido no máximo um incômodo. - AI PORRA!!! - diz tentando me afastar

Talvez eu não esteja certa...

Dou risada e mordo seu pescoço com força também, ele solta um gemido de dor e passa a mão no local da mordida. Me afasto dele rindo e lhe lanço um olhar esperto, seus olhos ficam perversos e ele me puxa pela cintura com força chocando nossos  corpos abruptamente, chega seus lábios frios no meu ouvido direito e sussurra:

Arlo - Quer que eu te mostre como se morde de verdade?... - deixa um beijo atrás da minha orelha e se afasta, dando um lindo sorriso presunçoso quando nota que eu me arrepio.

Misericórdia

Nem guindaste!

Fico com cara de tacho por uns segundos e me surpreendo quando não o vejo mais.

- Arlo?!

Vejo uma movimentação nas árvores atrás da casa.

Não acredito! Penso enquanto coloco a mão na testa respirando fundo e buscando paciência.

Alguns segundos depois Arlo surge sorrindo amarelo quando vê meu olhar matador. Ele chega perto de mim e tenta me beijar, e me abraçar, viro o rosto na hora.

- Vá escovar os dentes, depois eu... - noto uma mancha vermelha na sua blusa branca. - ARLO!!! OLHA ISSO, QUE MERDA!!!

Arlo - Desculpa, tchutchuca! É que eu estava com fome e aquele esquilo estava dando sopa... ou melhor, sangue. - diz e para para rir de sua piada ridícula, fico ainda mais irada quando ouço esse apelido ridículo, ele é ridículo! - Além do mais, aqui não tem escova de dentes.

Pego em sua blusa branca e vejo que a mancha não é muito pequena, mas também não é grande, respiro fundo.

- Anda, vamos para casa trocar essa blusa e escovar seus dentes.

Arlo - Posso te dar ao menos um selinho? É que você tá muito brava e eu quero acalmar a fera antes que ela me mate no caminho. - pega a barra da sua blusa e limpa os lábios, sujando ainda mais sua camisa BRANCA!!! - Pronto!

Respira, Anne, respira...

Olho no fundo de seus olhos acinzentados buscando calma, abaixo minha cabeça cobrindo os olhos e conto até dez. Ele segura em meu queixo levantando minha cabeça e me dá o tão esperado selinho por ele.

Arlo - Viu só tchutchuquinha? Não foi tão ruim. - cola nossos lábios novamente.

Sorrio de olhos fechados sem poder me conter e comento:

- Você é tão idiota...

Arlo - O idiota que você ama, né?! - diz de forma óbvia, essa frase soa tão clichê!

- Sim... O idiota que eu amo. - ele sorri e entrelaça nossas mãos caminhando para fora da casa.

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PROMOÇÃO BLACK FRIDAY ATRASADA!!!

NA ATUALIZAÇÃO DE UM CAP, VOCÊ GANHA OUTRO!!!

Atenção: Próximo capítulo pode conter cenas para maiores de 18!

Bjs, Anne rsrs

Meu Vizinho é um Vampiro (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora