Capítulo 34

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3 meses depois

- Eu juro, que se você perguntar se eu estou bem de novo, eu vou enfiar esse celular em um lugar seu onde não bate Sol. - Arlo me encara assustado.

Quando fui na Sandra para confirmar minha gravidez, tinha descoberto que estava com 2 meses, ela além de ser "tia" de Arlo, estava acompanhando minha gravidez, pois não podia ir à um médico comum sendo vampira. Agora, com 5 meses, tinha uma barriga consideravelmente grande.

Voltando ao motivo da minha irritação.

Eu tinha descido as escadas e no último degrau, tinha pisado em falso, me fazendo dar um leve tropeço, mas isso foi o suficiente para meu marido aparecer na minha frente na velocidade da luz, me carregar até o sofá e olhar cada parte do meu corpo, querendo saber se ficou algum roxo, ou se eu tinha torcido o pé.

Tá legal que ele só quer me proteger, mas ele é extremamente sufocante com isso, esses dias, eu deixei um copo cair no chão, e ele me proibiu de ir até a cozinha, passou dois dias limpando o chão e ainda teve um caco de vidro enfiado no calcanhar, porque ele fez a proeza de não calçar os chinelos.

Eu deveria me sentir uma rainha, sou mimada ao extremo, recebo massagens todos os dias, não preciso caçar e nem trabalhar, passo o dia inteiro em casa, como se eu fosse viver 9 meses em um "SPA particular". Mas isso me irrita, minha gravidez é de risco, mas não é um risco tão alto! Por isso, minha "obstetra especial" me proibiu de ir trabalhar (forjando um atestado médico ainda), e nem posso fazer muitos esforços como andar muito rápido e nem posso me estressar, mas do que adianta eu não me estressar no trabalho se eu me estresso em casa?!

Arlo - Desculpa, moreninha. - separa minhas pernas e fica entre elas - Mas é que eu fico muito preocupado, e tendo a ficar assim, todo afobado, não querendo que nada de mal aconteça à meus dois amores... - beija minha barriga e meus lábios.

- Eu sei, mas isso é sufocante, meu amor.

Arlo - Eu sei, eu vou tentar melhorar, eu prometo, okay? - faço que sim com a cabeça e beijo seus cabelos agora castanhos, acariciando. - Eu te amo.

- Eu amo voc... Ai! - seu olhar muda de carinhoso para preocupado.

Arlo - O quê? Ai meu Deus, proteja meu filho ou filha, vamos para o hospital, amor, vem! - já diz colocando os braços por debaixo dos meus joelhos, dando a entender que ia me carregar.

- Arlo, calma! Eu acho que... o bebê chutou.

Arlo - O bebê c-chutou?

- Sim! Olha! - o faço sentar de novo entre minhas pernas e pego sua mão, pressionando no local onde meu(a) filho(a) tinha chutado. - Espera... Arlo, fala de novo.

Arlo - De novo. - diz debochado. Reviro os olhos e retruco.

- Não é para você falar de novo, seu idiota, é para você falar alguma coisa.

Arlo - Alguma coisa.

Eu criei um monstro!

Semicerrei os olhos em sua direção e ele solta uma gargalhada, com o som da gargalhada, sinto outro chute, dessa vez mais forte. Faço uma pequena careta, não era uma dor forte, mas era incômoda.

Arlo - ANNE!!! MEU BEBÊ CHUTOU NO NOVO!!! Alô bebê do papai! Fala comigo! Alô, alôôô! - solto uma risada.

- Amor, isso não é um telefone! - sinto outro chute e Arlo olha para mim convencido.

Arlo - Neném! Se eu falar, você vai chutar? Um chute para sim, e outro chute para sim! - reviro os olhos e sorrio abobalhada com a interação, começando a chorar.

Hormônios!

E ele chutou!

1 mês depois

Seis meses.

O bebê não podia escutar a voz de Arlo, que parecia a Globeleza dentro do meu útero. Agora meu digníssimo marido tinha uma forma de me irritar.

Arlo - Se você não comer agora, eu vou começar a cantar. - ele estava tentando me fazer beber o sangue no copo em sua mão, minha alimentação tinha que ser impecável, de três em três horas, mas eu não queria comer agora.

- Não! Você não vai cantar!

Arlo - Você vai comer?

- Não!

Arlo - Então não vejo outra opção... - puxou o ar no fundo dos pulmões e começou a cantar alto. - Jonny, Jonny! Yes Papa! Eating sugar?! No Papa!!! Telling lies?! No Papa!!! Open your mouth! Ha Ha Ha!!!

Foi questão de segundos, o bebê começou a pular e chutar feito louco, me causando desconforto.

- Ah! Para, para, para! Eu como! Para de cantar! - ele sorriu lindamente.

Arlo - Bebe tudo! - eu peguei o copo e comecei a beber, eu estava bebendo tudo, mas na verdade, eu queria vomitar tudo na cara dele.

Ele pegou o copo vazio de minhas mãos e me deu um beijo, lambendo o sangue que escorria da minha boca.

Arlo - Muito bem, tem que manter nosso bebê saudável!

- É perigoso quando ele nascer, você o colocar numa rendoma de vidro.

Arlo - Ah... talvez.

- Coloca ele numa rendoma de vidro e eu te coloco debaixo da terra, seu palhaço. - o abraço por trás enquanto ele lava o copo e beijo sua nuca.

Arlo - Agressiva.

Bom, você já percebeu que estamos falando sobre o bebê no masculino? Então, esse é o sexo do nosso bebê, ele é um menino, descobrimos esse mês, já que ele não facilitava, Sandra podia descibrir facilmente o sexo do bebê, mas preferimos no modo "normal", com ultrassom e tudo mais.

Já pensamos num nome, será:

Enzo!

É mentira, não será Enzo, não decidimos ainda, Arlo queria colocar o nome do nosso filho de Teobaldo, eu não deixei, óbvio, sem querer ofender qualquer pessoa que tenha esse nome, mas quem coloca o nome de uma criança de Teobaldo?!

Apesar do nome feio, e da super proteção excessiva, eu o amo muito, e nunca o deixaria, Arlo foi, sem dúvidas, a segunda melhor coisa que já aconteceu na minha vida, em primeiro vem o nosso filho, é claro. E eu irei fazer de tudo para faze-lo feliz por, literalmente, toda a eternidade.

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Aceito sugestões de nomes, amo vocês, mortais.

3/4

Bjs, Anne!

Meu Vizinho é um Vampiro (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora