MINHA VIDA É VOCÊ

Capítulo sem título 10

Último ensaio para a festa de final de ano

E chegou o dia do último ensaio, da declamação de Telma, do texto de Silas na festa de final de ano da empresa. A festa seria em um chique restaurante à beira do rio. O jantar iria contar com a presença de todos os funcionários e teria além da declamação de Telma da mensagem escrita por Silas, a revelação da brincadeira de amigo secreto. Então o último ensaio seria para tirar as dúvidas e sair o melhor possível na festa.

Telma se sentia nas alturas, porém tinha que fazer um charminho por ter sido a escolhida para ler a mensagem.

- Ter certeza que eu consigo Silas. Dizia Telma.

- Claro você é uma declamadora nata. Incentivava Silas.

- Tenho medo de errar tudo. Interpelava Telma

- Não se preocupe, com esse ensaio, você vai sentir segurança. Completava Silas.

Mas o ensaio não aconteceu sem antes acontecer uns carinhos, abraços e beijos apaixonado.

- Nossa, era isso que faltava. Sussurrava Telma.

- É, mas no dia, não vai ter isso não, só depois do jantar, de madrugada. Falou Silas.

- Nossa, estou esperando a madrugada. Disse Telma.

- Eu também, mas vamos ensaiar, senão não sai nada mesmo. Apressava Silas.

- Tá bom, você que manda. Aceitava Telma

- Certo, então declama e dá ênfase aquelas palavras que combinamos. Dizia Silas, tentando focar na mensagem.

- Ok, vou até o fim. Disse Telma.

E realmente foi até o fim sem interrupção de Silas.

- Ótimo, só o final, dá mais ênfase ainda. Com muito dinheiro no bolso e..certo. Comentou Silas.

- Sim, entendi. Confirmou Telma, com um olhar insinuante.

Sem mais conversa, os dois se atiraram aos abraços e beijos loucos e frenéticos como dois namorados apaixonados. Ficaram por mais de meia hora e então decidiram que teriam que ir embora, pois já era tarde.

- Vamos embora Silas, que já está tarde. Disse Telma, com cara de quem queria mais.

- Sim, vamos. Repetiu Silas excitado.

E assim saíram os dois pombinhos, para o estacionamento e de lá, para o convívio de seus lares, ainda trocando beijos e caricias insinuantes.

Chegaram enfim a casa de Telma e qual foi a surpresa, seu namorado estava na casa dela. Perceberam pelo carro estacionado em frente. Então partiram, sem parar para disfarçar. Voltaram a avenida onde tem um ponto de ônibus, ela desceu e seguiu para casa andando.

Chegando em casa, cumprimentou o namorado como tradicional beijo e foi tomar um banho merecido.

- Vou tomar um banho. Disse Telma.

Sua mãe preocupada, pergunta, mas não tem resposta.

- Onde você estava?

Passaram-se mais ou menos vinte minutos Telma retorna de banho tomado, toda sorridente e acaricia o namorado Oswaldo, que lhe interroga.

- Muito trabalho querida? Diz Oswaldo, um pouco desconfiado.

- Não, amor, estava na casa de Lucia, ficamos conversando e o tempo passou. Falou Telma.

- É mesmo, ou será que estava com ...? Telma não deixou Oswaldo terminar.

- Com quem? Pergunta Telma arrogante.

- Com ninguém, tá bom acredito em você. Acrescentou Oswaldo.

- É isso mesmo, tem que acreditar, como eu acredito em você. Disse Telma

-Tá bom, não está aqui quem falou. Disse Oswaldo e completou

- Não quero brigar com você.

- Acho bom mesmo, nunca dei motivo para você desconfiar. Completou Telma

- Tá certo, já falei. Disse Oswaldo.

Assim em concordância ela se atirou aos braços do amado, beijando e acariciando.

Ele aceitou os agrados, e ali ficou mais um tempo, uma hora, quando disse já sorridente e calmo.

- Vou embora já é tarde, amanhã tenho que acordar cedo.

- Eu também. Disse Telma.

Se beijaram e Oswaldo foi saíndo acompanhado de Telma.

Quando ela voltou para a sala de casa, encontrou sua mãe sentada no sofá, que a interrogou.

- Onde você estava realmente, filha? Pergunta a mãe.

- Na casa de uma amiga, já disse. Falou Telma.

- Cuidado, filha. Olhe o que você está fazendo com ele. Disse sua mãe.

- O que estou fazendo? Interpela Telma.

- Não sei, só estou falando. Fala Dona Aurora.

Apesar da desconfiança estar aparente, dona Aurora deixa a conversa e se dirige ao seu quarto, também porque já é muito tarde.

Telma pensativa, também se dirige ao seu quarto, pensando em sonhar com Silas.