MINHA VIDA É VOCÊ

Capítulo sem título 23

Depois da consumação

 No dia seguinte do evento, na empresa, Telma não se continha em curiosidade e também ódio, por não ter conseguido participar. Era o seu maior desejo participar, porque pensava que podia ter rolado algo entre ela e Silas também. Não se conteve até não chamar Ivana para sua mesa.

- Ivana vem aqui e me conta tudo. Diz Telma

- O que você quer saber Telma? Fala Ivana tranquila.

- Oras, até parece, me conta como foi, eu quero saber de todos os detalhes. Fala Telma com muita curiosidade.

- Normal, uma relação entre um homem e uma mulher. Diz Ivana despreocupada.

- Olha, ou você me conta tudo ou, não sei o que eu faço. Fala Telma descontrolada.

- Foi muito bom, Silas foi muito carinhoso e aconteceu, agora vamos acompanhar ver se eu fico gravida. Diz Ivana

-Só isso? Pergunta Telma.

- Só uma relação entre um homem e uma mulher. Termina Ivana se dirigindo a sua mesa.

Telma ainda estava nervosa, se sentia desprezada, afinal ela tinha acertado tudo e agora ninguém falava com detalhes o ocorrido. Foi até a mesa de Silas e arrumou um jeito de conversar com ele, num momento mais calmo e saber de tudo que aconteceu entre os dois.

- Pode me dar uma carona a noite? Pergunta Telma.

- Claro, mas e seu marido? Brinca Silas.

- Não tenho marido ainda, só amante, mas sem relação. Diz Telma.

- Lógico que é sem relação, você está namorando e seu namorado não dá um tempo para você sair. Diz Silas.

- Tempo se arruma. É só querer, Fala Telma provocado.

- Vamos encontrar um tempo para nós então. Diz Silas provocando.

- Parece que você gostou e quer mais, com ela. Fala Telma com olhar provocante.

- Muito mais, espero. Fala Silas.

- Mas não comigo né? Provoca Telma.

- Com você também, porque não? Retruca Silas.

- A noite a agente conversa então. Termina Telma.

- Tá bom. Concorda Silas.

Chegou o final do expediente e Telma ao entrar no carro já interrogou Silas sobre tudo que havia acontecido no motel com Ivana.

- É parece que agora eu sobrei mesmo, né? Fala Telma irritada por não ter ido no dia da consumação.

- Eu não tenho culpa, Telma, seu namorado que estragou tudo. Diz Silas em tom hilário.

- É, mas parece que você adorou, né. Retruca Telma ainda irritada.

- A culpa não foi minha. Fala Silas provocando.

- Eu sei, eu estou descartada pelo jeito, talvez já tenha até acontecido outros encontros. Interpela Telma com os nervos à flor da pele.

- Olha só, a princesa está com ciúmes. Brinca Silas.

- Eu não estou com ciúmes nenhum, você que parece que gostou e está continuando com o caso. Fala Telma derramando umas lagrimas.

- Está chorando Telma? Pergunta Silas.

- Chorando porque, é um cisco nos olhos. Fala Telma.

Silas entendendo a situação da amiga, amante, a abraça e acaricia seu rosto molhado pelas lagrimas, e diz.

- Acredite em mim, não tive mais nada com a Ivana. Eu só tenho olhos para você, apesar de seu namorado.

- Será que está me dizendo a verdade ou é só para me consolar? Pergunta Telma.

- Pode acreditar, é verdade. Fala Silas.

- Mas o que você sentiu com ela? Pergunta Telma.

- Nada, foi só a relação. Prazer sexual. Diz Silas.

- Não acho, creio que você gostou e ainda quer mais. Diz Telma.

- Pode acreditar, ela mesmo falou que é uma relação para engravidar, quando isso acontecer será o fim. Fala Silas.

- E você, concorda com isso. Pergunta Telma.

- Tenho que concordar com ela, porque ela foi clara que não quer nada comigo mais, depois da gravidez. Fala Silas.

Depois desse interrogatório, já estavam chegando ao ponto final do ônibus e chegou a hora de Telma descer e seguir a pé até sua casa, porém muito mais tranquila com o bate papo. Mas sua cabecinha ainda tinha dúvidas e ela já preparava o interrogatório que teria com Ivana, para confrontar as informações e tirar as dúvida pendentes.

Chegando em sua casa, Oswaldo estava esperando. Ela o cumprimentou com um beijo e foi até o quarto se trocar. Tomou um banho e colocou uma roupa mais leve, ainda pensando no interrogatório do dia seguinte com Ivana. Voltando à sala se distraiu com Oswaldo, dando-lhe atenção, mas sem esquecer a missão que teria no dia seguinte. Dormiu nos braços de Oswaldo e foi acordada altas horas para a despedida de Oswaldo.

Foi para o aconchego de sua cama, pensando no interrogatório do dia seguinte.