Capítulo sem título 18

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 Conversando se entende

Apesar dos pesares, Telma não deixou a bola cair e na primeira oportunidade, revelou sua ideia a Ivana, para sentir a recepção.

Num momento a sós com elas, o banheiro, Telma foi direto ao assunto.

- Já sei, quem vai ser seu doador de sêmen. Diz Telma a Ivana

- O que você disse, Telma? Pergunta Ivana como se não tivesse entendido.

- Sei, quem vai ser o pai de seu filho. Repete Telma.

- Você está brincando comigo. Fala Ivana.

- Não, é verdade, eu achei o seu doador, e acho que você vai gostar. Diz Telma se achando a senhora da situação.

- Quem? Pergunta Ivana.

- O Silas. Diz Telma rindo.

- O que, nunca, esqueça, sem chance. Retruca Ivana.

- Calma, vamos conversar. Diz Telma.

- Não, não pode ser. Depois ele está casado. Fala Ivana.

. Sim, assim é melhor. Comenta Telma

- O que que é melhor? Diz Ivana.

- Sim, veja bem, ele é o cara perfeito, porque é casado, não vai te cobrar. Não é isso que você quer? Tenta explicar Telma.

Sentindo que realmente era tudo que desejava, Ivana começa a se interessar pelo bate papo e inicia um procedimento de sabatina com Telma, sobre o suposto doador.

- Mas como vamos falar com ele. Ele vai nos julgar o que? Diz Ivana.

- Deixa comigo, eu vou tratar dos detalhes. Posso fazer isso. Pergunta Telma.

- Pode, mas sem me expor, quero que isso fique no anonimato, pode ser? Pergunta Ivana.

- Claro, vai ser tudo sem encontro entre vocês, ok? Diz Telma.

- Sim, assim pode ser. Diz Ivana.

- Amanhã vamos procurar uma clínica e ver como tudo funciona, ok. Diz Telma

- Ok. Fala Ivana.

E assim ficou combinado entre as amigas, sobre desfecho do desejo e de como seria a doação do sêmen, para a tão sonhada gravidez de Ivana. Procuraram a clínica e tinham tudo preparado e detalhado dos procedimentos.

Telma então, passou a desenvolver um plano para convencer a Silas, porque ela achava que tinha que acontecer, esse tão sonhado desfecho, prevendo que com isso talvez ela também ganhasse uma oportunidade junto a Silas.

À tarde, como era de costume ultimamente, ela pediu carona a Silas para ir para casa.

- Posso ir com você hoje? Pergunta Telma.

- Claro. Responde Silas entusiasmado.

- Ok, então está certo. Exclama sorridente Telma.

Terminado o dia, Telma se prepara com argumentos para convencer seu "amante', sobre sua proposta de manipulação.

Entrando no carro, ela solta seus primeiros raios para convencimento.

- Sabia, que li um livro exatamente sobre aquilo que estávamos conversando, sobre a Ivana? Diz Telma com altivez.

- O que tem a Ivana? Pergunta Silas.

- A questão da Ivana. Diz Telma.

- O que tem a Ivana, não estou sabendo? Diz Silas, sério.

- O filho, que ela quer ter e cuidar sozinha, lembra? Pergunta Telma.

- Nossa nem lembrava mais. Fala Silas sem interesse.

- Acho, que achei o pai para ele, agora é só questão dele concordar. Diz Telma.

- Olha, você quis vir comigo para falar isso ou sobre nós. Pergunta Silas irritado.

- Os dois. Responde Telma.

- Porque os dois, não tenho nada com ela. Diz Silas.

- Não tem, mas pode ter. Fala Telma, querendo iniciar um processo.

- Como assim, pode ter? Pergunta Silas

- Você vai ser o doador de sêmen para ela, amor. Diz Telma.

- Você está ficando loca, perdeu o juízo é? Diz Silas.

- Não, entenda, vocês não vão se ver, você apenas doa e os médicos fazem a inseminação. Explica Telma.

- Não é possível, que você ainda esteja com essa ideia. Diz Silas.

- Claro, tenho certeza que você vai concordar com isso ainda. Diz Telma

- Espera sentada, então. Diz Silas.

O interrogatório termina porque além de chegar na casa de Telma, percebem ao estacionar, que atrás, estaciona o namorado de Telma, Oswaldo. Após um cumprimento sob olhares suspeitos, Silas vai embora. Telma sorridente vai até Oswaldo, que parece não ter cara de bons amigos, e pergunta.

- Oi amor, saiu cedo do trabalho hoje?

É Oswaldo havia conseguido um emprego temporário, com horários diferentes a cada dia. Isso atrapalhava um pouco as pretensões de Telma

- Sai e parece que foi bom mesmo. Porque você está me colocando...

Telma não deixou Oswaldo terminar.

- Se for para brigar, vai embora, hoje não estou afim de brigar, tá bom? Diz Telma, entrando em sua casa, seguida por Oswaldo.

Na sala com os ânimos menos exaltados, Telma diz.

- Desculpe amor, eu estou um pouco nervosa e descontei em você, me desculpa?

- Claro, tudo bem. Eu não devia desconfiar de você. Diz Oswaldo.

- Claro que não, desconfiar de que? Ressalta Telma

- Nada, tudo bem. Concorda Oswaldo.

Parece que tudo havia voltado ao normal, mas na sua cabeça, Oswaldo, não se sentia confortável com aquilo que tinha visto e sentia ciúmes de Silas. Isso tirava seu sono. Precisava fazer alguma coisa para se sentir, confortável com Telma. Assim ele pensava a todo momento. 

MINHA VIDA É VOCÊWhere stories live. Discover now