Capítulo sem título 19

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 O dia seguinte 

Telma levantou-se no dia seguinte e um pensamento a atordoava, tinha que conseguir resolver o caso do doador de sêmen para sua amiga, afinal, assim talvez tivesse uma chance mais concreta com Silas.

Passou o seu dia na empresa matutando, como poderia convencer o seu "amado", a concordar com a promessa feita a Ivana

Era um caso de vida ou morte. Seu destino dependia daquilo. Não demorou para pedir uma carona a Silas. Silas percebeu a manobra e disse.

- Não me venha com aquela história, novamente né?

- Não, tudo bem, só preciso e uma carona mesmo. Diz Telma.

- Não acredito, mas precisamos conversar mesmo. Disse Silas.

- Tá certo, vamos conversar então. Completou Telma.

O dia parecia não passar. Os problemas apareciam do nada. Entre uma solução e outra, só um olhar de desconfiança de Silas para Telma.

Enfim a hora de ir embora chegou.

- Vamos embora Telma? Pergunta Silas.

- Claro amor, vamos. Responde Telma.

Chegam ao estacionamento e entram no carro. Telma não se contém e começou o seu discurso, tentando o convencimento do amigo "amante".

- Vou te explicar novamente, vê se você entende. Diz Telma.

- O que eu tenho que entender Telma? Pergunta Silas

- Você tem que entender, que precisa ajudar a nossa amiga Ivana, no caso da mãe independente. Fala Telma.

- Vai voltar a esse assunto novamente, já te falei.

Telma não deixa Silas terminar, interrompe-o.

- Não seja um bronco, isso hoje é tão normal. Diz Telma

- Talvez para você, para mim não querida. É traição. Fala Silas.

- Traição nada, você só vai ser doador, não vai ter relação com ela. Retruca Telma

- Mas é como se tivesse. Diz Silas.

- E entre nós, não é traição? Pergunta Telma.

- Nós não fazemos nada. Diz Silas.

- Não? Retruca Telma.

- Não. Diz Silas.

- Isso é você quem acha, né, acho que vou falar com a Rosana e dizer que você está me acariciando todo dia e muito mais, me assediando. Fala Telma

- Você não é louca. Diz Silas.

- Então espere. Ameaça Telma.

- Não faça isso hem. Pede Silas.

- Não sei, depende de você, se não ajudar a menina. Fala Telma, em tom ameaçador.

- Você não tem coragem? Diz Silas.

- Pague pra ver então. Fala Telma.

Não houve mais tempo para continuarem a conversa, porque haviam chegado a casa de Telma, e novamente ao estacionar, viram pelo retrovisor Oswaldo estacionando atrás deles. Parecia que Oswaldo, estava fazendo uma marcação cerrada na namorada.

Ele desceu já interrogando Telma em tom de irritação.

- Será que estou atrapalhando alguma coisa?

- Calma querido, eu só vim de carona com ele. Fala Telma tentando acalmar Oswaldo.

- Acho que estou levando ....

Oswaldo não terminou, porque Silas, tentou argumentar, explicar, mas em vão, porque Oswaldo partiu para cima de Silas, no intuito de agredir. Foi seguro por Telma, enquanto Silas, entrava no carro e ia embora.

Os dois entraram e a discussão continuou, num tom que despertou curiosidade da mãe de Telma. Ela veio até a sala e perguntou.

- O que está acontecendo, Telma?

- Nada, mãe, o Oswaldo está nervoso porque vim com o Silas. Diz Telma.

- É isso mesmo, parece que ela anda mais com ele que comigo. Retruca Oswaldo.

- Eu só venho de carona com ele, porque você não pode me buscar. Diz Telma aflita.

- Vem de ônibus, não pode? Fala Oswaldo.

- É verdade, filha, porque não vem de ônibus? Pergunta Dona Aurora.

- Oras, se ele vem pra cá, posso vir de carona sem pagar. Diz Telma.

- Mas assim você irrita seu namorado filha. Diz Dona Aurora, tentando amenizar a discussão, que já está se tornando rotina.

- Me irrita, me deixa completamente doido. Fala Oswaldo.

- Mas, eu te amo. Diz Telma toda dengosa.

- Eu acredito, mas vindo com ele, me tira do sério. Diz Oswaldo.

- Tá bom, vou vir de ônibus, se é isso que quer. Fala Telma.

- É isso que eu quero sim. Fala Oswaldo mais calmo.

- Só que eu vou chegar mais tarde, e se você vier aqui vai me esperar. Fala Telma tentando justificar qualquer atraso que possa haver desse dia em diante.

- Tudo bem, eu vou entender se tiver que esperar. Completa Oswaldo.

- É bom mesmo vocês se entenderem, já estou cansada de brigas. Diz dona Aurora.

Acalmado os ânimos, os dois se deleitam em beijos apaixonados.

Telma, porém, já planejava os seus novos passos, ou seja, disse que viria de ônibus, porém seus neurônios já maquinava um plano "b" de ação. Viria com Silas até o ponto final do ônibus e de lá até em casa a pé. Pelos seus cálculos era até melhor porque teria uma justificativa plausível para se atrasar.

MINHA VIDA É VOCÊWhere stories live. Discover now