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Narrador.

Dayane já tinha tudo na cabeça quando saiu do consultório da Thaylise. Era simples. Lauren e Camila já estavam feitas na vida, não precisavam dela. Seus últimos meses seriam dedicados em cuidar de Carol. Ela queria ajudar em tudo e para aquilo acontecer, ela teria que ficar por perto. Para Dayane, Carol  não era o tipo de pessoa que aceitava o dinheiro das pessoas, já tinha deixado claro na conversa com Camila.

Quando Day chegou em casa, encontrou Carol com a mochila nas costas pronta para ir embora. Day teve muito trabalho até conseguir convencer Carol a ficar. Na mesma noite, Dayane ria de algum filme com Carol no quarto, Lauren tanto insistiu que conseguiu tirá-las do quarto para mais uma noite de CSI. Camila havia comprado roupas como pedido de desculpa para Carol, quais ela recusou na mesma hora dizendo que aceitava as desculpas, mas não as roupas.

Na manhã seguinte, Day ainda não sabia como fazer Carol ficar por perto, até ela falar sobre a faculdade, sua vida com a irmã, com o pai e a tal Valentina. Aquele era o jeito de manter Carol por perto.

A viagem tinha sido calma. Carol contava as aventuras que tinha com a irmã, entre elas, uma vez que dormiram no quintal e foram atacadas por pernilongos. Que Alice era tão estabanada quanto ela e as duas caíram quando foram correr para dentro.

— É aquela casa do muro de pedra. - Carol apontou com o dedo, já se soltando do cinto.

— Bairro calmo. - Day guiou o carro até sua direita, para onde Carol tinha apontado e parou o carro. - Casa bonita também.

— A outra casa ainda é a minha preferida. Lá sim era calmo, aqui as pessoas são mortas. Você não vê ninguém passar por aqui.

— Olha o lado bom, você pode namorar no portão que ninguém vai falar nada para o seu pai.

— Esse é o lado bom? - Dayane assentiu sorrindo. - Digamos que o lado bom desse bairro seja eu, eles não tem coisa melhor que eu.

— Pena que estou sentindo que eles vão perder a melhor coisa que o bairro deles tem.

— Talvez eles fiquem com saudade de mim. Agora vamos descer e entrar. Me lembra de perguntar para Lauren se ela ouvia muita coisa quando você ficava no muro da sua casa.

— Que? - Day gargalhou. - Eu não fazia isso. Nunca fiz isso.

— Sei, sei. Vamos entrar.

Era diferente o jeito que Day e Carol se tratavam, apesar de muito pouco tempo de convivência, elas já tinham um jeito diferente, um jeito extrovertido que deixava o clima favorável entre elas. E só delas.

Carol buscou suas chaves na mochila quando já tinham descido do carro e estavam de frente ao portão menor. Dayane olhava em volta atrás de ver pelo menos um vizinho, mas Carol estava certa, não se ouvia nada além das árvores.

— Mi casa, su casa. Puedo entrar.

— Gracias, niña. Pero puedo esperar que la dueña de la casa entre primero.

— E eu aqui pensando que você não ia entender. - Day deu os ombros sorrindo, fazendo Carol virar os olhos também sorrindo. - Entra de uma vez, bilingue.

Assim que Dayane deu alguns passos para frente, ela deixou um beijo na bochecha de Carol e entrou. Um largo sorriso apareceu nos lábios de Carol, assim ela entrou e fechou o portão. Carol brincava com uma mecha de seu cabelo ainda sorrindo, mas seu sorriso se desfez quando a porta da frente foi aberta, assustando as duas.

— Finalmente, Caroline. Seu pai estava feito louco atrás de você. - Day tinha se assustado com a mulher em sua frente, uma que não era nada parecida com Carol, que revirava os olhos deixando a mecha do cabelo de lado.

Let Me Love You Until The End?Onde histórias criam vida. Descubra agora