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14 de Maio.

— Você está bem? - Day perguntou ao se sentar ao lado de Carol, entregando um dos dois montes de flores que ela tinha em mãos.

— Estou sim, não é como se fosse a minha primeira vez, entende? Você aceita, mas não se acostuma. Ou pode ser ao contrário também. No meu caso, eu não me acostumei e muito menos aceitei. Alice nunca colocou os pés aqui. - Deu os ombros colocando as flores no lugar de sempre.

— Sempre tem uma primeira vez para tudo. Um dia ela vem com você. - Fez o mesmo que Carol, mas do lado oposto. - As flores daqui sempre são bonitas.

— E pelo que estou vendo, sempre estão trocando, não tem mais flores secas por aqui. - Olhou Day com o canto dos olhos.

— Talvez eles tenham visto que não devem deixar as flores secas aqui e em outros túmulos. - Day sorriu um pouco sem jeito.

— Eu não vou acabar com o seu domingo. Passamos a manhã toda aqui. Você faz o que nesse dia? - Carol se levantou, esperando Day fazer o mesmo. - Feliz dia das mãe, mamãe.

Day se levantou desejando o mesmo que Carol, mesmo que fosse mentalmente.

— Fico em casa esperando Lauren e Camila chegarem com muita comida.

Uma parte daquela resposta de Day era verdade e a outra mentira. Todo ano no dia das mães, ela passava na casa das mães Jauregui e Cabello só para desejar um feliz dia das mães e voltava para casa esperando suas amigas e o monte de comida que vinha junto.

— Você precisa mesmo comer. Está muita magra. - Cutucou o abdômen de Dayane levemente, enquanto caminhavam de volta para o carro.

— Ei, eu já engordei desde quando você chegou aqui. A pessoa que casar com você vai ser muito feliz, além de você ser uma pessoa incrível, você sabe fazer qualquer tipo de comida.

— Se fosse com você, o que iria querer comer? - Se não fosse pelo carro, Day tinha caído com a pergunta de Carol.

— An... Eu... - Dayane fingia pensar, mas na verdade ela estava procurando o que dizer. A pergunta de Carol tinha lhe pegado de jeito. - Todo dia uma coisa diferente.

— Então viveríamos no mercado. Ou então compraríamos uma daquelas super geladeiras e deixaríamos ela bem cheia todo mês.

— Você se imagina casada daqui alguns anos? Com filhos e tudo mais? - Já dentro do carro, Day saía daquele lugar, fazendo o caminho de volta para o apartamento de Carol.

— Depois que acabar a faculdade, ter a minha carreira completamente feita, eu penso sim em formar família. Acho que uns cinco filho está bom.

— Você pensa em ter cinco filhos? - Dayane a olhou com a boca um pouco aberta e Carol riu de sua expressão assustada.

— É brincadeira. No máximo três. Com a diferença pouca entre a idade deles. Eu penso que só um filho vive muito sozinho, quando se tem dois ou três, um cuida do outro. Assim como eu cuido da Alice.

— Pelo jeito que você cuida da Alice, mesmo de longe, eu te vejo como uma boa mãe. Até mesmo como uma boa esposa. - Carol sorriu com aquelas palavras.

— E você? Quer se casar e ter filhos?

— Eu nunca me vi casada e com filhos. Tenho medo de falhar igual meus pais falharam todos esses anos comigo.

— Tenho certeza que seria uma ótima mãe. Mas nunca vai saber se não tentar.

— De qualquer jeito não teria tempo. - Falou sem pensar, se arrependendo imediatamente.

Let Me Love You Until The End?Onde histórias criam vida. Descubra agora