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13 de Maio.

A manhã de sábado estava bastante cinzenta e fria, ainda mais para Day e Carol que estavam dormindo no chão, apesar de uma esquentar o corpo da outra. A última nota mental que Day fez antes de dormir foi comprar uma cama e muitos cobertores para Carol.

Day foi a primeira que acordou, o corpo de Carol estava sobre o seu, seu braço ao redor de sua cintura e seu rosto escondido em seu pescoço. Dayane olhou para os seus braços que também estavam ao redor do corpo de Carol, ela sorriu ao lembrar que Carol brincava com seus dedos em sua barriga enquanto falava sobre o que tinha acontecido depois que ela saiu da CCJ. Minutos depois ela estava virada para o lado oposto que Day estava deitada e dormiu. Cada uma para um lado.

— Preciso de um jeito rápido e não tão estúpido de acordar a bela adormecido aqui. - Sussurrou achando que era só para ela.

— Eu prefiro que me chamem de pequena sereia ou rapunzel. - Day sorriu com aquela voz abafada em seu pescoço. - Faz mais o meu tipo.

— Bom dia, ruiva.

— Bom dia, Day.

— Eu sei que tenho um magnetismo que te faz grudar em mim no meio da noite e que estamos quentes aqui, mas eu ainda preciso levantar e ir até a empresa.

— Você vai arrumar briga? - Carol se sentou olhando para Day, que sentiu falta daquele contato quando seu corpo se arrepiou todo com frio.

— Não posso dizer que não. Mas eu vou dar um jeito nessas pessoas que não tem mais nada para fazer em horário de trabalho e ficam falando de você. - Ficou na mesma altura que Carol, colocando uma mecha do cabelo dela para trás.

— Todo mundo ali me odiava, Day. Se você me defender, vão te odiar também. Eu já me demiti, não tem porque você arrumar briga lá dentro.

— Mas eu não aceito a sua demissão, Carol. De jeito nenhum.

— Não tem outro jeito, Day. Você vai brigar com a sua empresa toda? Não acha que tudo voltaria ao normal comigo fora de lá?

— Normal? O normal é chato. Você não pode jogar o seu futuro no lixo por causa de um babaca como o Cameron. Eu não deixo.

— Não é só ele, Day. - Carol suspirou ao lembrar de todos que a olhavam torto, todos tirando Lauren e Victor.

— Então você faz uma lista. Eu quero o nome de todo mundo que fica fazendo burburinhos sobre você.

— Eu não vou fazer uma lista. Tirar o trabalho deles por causa disso não é o certo.

— É certo eu deixar todo mundo te difamar? Falar besteiras que são sem sentido? Fofocas maldosas?

— Se eu não for mais trabalhar, ninguém mais vai ter do que falar. Tudo morre ali.

— Por favor, Carol. Eu quero te ajudar no que for possível, não deixa tudo de lado. Você vai comigo até a CCJ e lá vamos resolver tudo. Tudo mesmo.

— Não adianta bater o pé com você, não é mesmo? 

— Não adianta, sou mais teimosa que qualquer outra pessoa. Mas nesse caso eu só quero te ajudar.

— Tudo bem, eu vou com você até a CCJ. Mas não quer dizer que eu queira trabalhar de volta.

— Tudo bem. Já é um ótimo começo. Eu vou ir tomar banho e volto aqui para te pegar. Vamos chegar juntas. Agora eu já vou e volto daqui vinte minutos.

— Te espero no portão em vinte minutos. - Bateu continência, fazendo Day revirar os olhos.

— Posso usar o banheiro antes de ir?

Let Me Love You Until The End?Onde histórias criam vida. Descubra agora