31

1K 109 12
                                    

26 de Junho.

— Só um segundo. - Day pediu enquanto voltava para sua sala, colocando seu celular no viva voz. - Pode falar, Laur.

— Que horas a Daniela chega?

— Achei que ela já estava aí.

— Ainda não! Só estou esperando ela chegar para falar se a Carol já está totalmente recuperada e vamos até a faculdade entregar as provas extras que ela já acabou.

— Ela conseguiu fazer tudo? Não ficou muito cansada?

— Ela está bem, tirou as provas de letra. A inspetora que estava aqui disse que ela só tem que ir assinar alguns papéis das provas que ela fez e estará de férias.

— Isso é ótimo. Eu já cheguei aqui na construção, se a Daniela não chegar em vinte minutos, me liga e eu vou dar um jeito nela.

— Está bem, Day. Se eu não ligar, me liga e fala como anda as coisas por aí.

— Okay. Beijos, Laur.

— Beijos, Day.

Dayane respirou fundo, guardando seu celular no bolso e tocou a campainha. Mais alguns minutos e tocou outra vez. Ao constatar que não havia ninguém em casa, sacou seu celular quando vibrou. Era uma mensagem de Lauren avisando que Daniela já havia chegado e estavam indo até a faculdade. Deu mais um suspiro antes de se sentar na parte da frente do carro e sorriu. Depois de vinte e oito dias, Carol estava livre da pneumonia.

— O que devo a honra da sua visita, Srta. Lima? - A voz de Isaías saiu com sarcasmo, fazendo Day respirar fundo antes de responder. Se ela estava ali, era pela Carol e não por ela mesma.

— Só Dayane, por favor. - Se levantou do carro, ficando frente a frente com Isaías e sua cara emburrada.

— Você não entende ironias, não é mesmo? - Day não respondeu. - O que faz aqui?

— Recebi uma ligação.

— Eu não te liguei, muito menos a Valentina. - Isaías continuava com seu tom de sarcasmo, tirando Dayane do sério.

— Mas eu não falei que recebi uma ligação de vocês dois. - Disse seca esperando que bastasse para Isaías acabar com o seu sarcasmo. - A ligação veio do colégio da Alice.

— Está de brincadeira comigo?

— Não! Por que eu iria brincar com isso?

— Claro que está. Como o colégio da Alice iria ligar para você? Logo você.

— Talvez seja porque o pagamento do colégio venha da minha empresa. Do trabalho da Carol. - Se Isaías sabia ser debochado,Day dava de dez a zero nele.

— Olha só, ela está colocando as garrinhas de fora. Nem parece a mesma pessoa que levou minha filha ingrata embora.

— Ingrata? - Se Day já estava irritada com o jeito debochado de Isaías antes, agora estava super irritada com o homem assentindo para ela. - Tudo o que a Carol não é, é ingrata. Se ela se mudou de cidade, foi pensando na Alice. Se uma pessoa que sai da sua própria casa para correr atrás de um futuro é ingrata para você, você deveria saber agradecer.

— Quem pensa que é? - Isaías puxou Dayane pela gola, em busca de assustá-la. - Huh? Me diga, quem você pensa que é?

— Eu sou a pessoa que acredita no futuro da sua filha, não só de uma e sim das duas. Quer mais?

— Você nem conhece elas, Dayane. Como pode chegar falando do futuro delas? Eu sou o pai delas e eu que tenho que pensar no futuro delas.

— E está pensando? - Day sentiu sua camiseta ser puxada para mais perto, mesmo assim não perdeu sua postura de superioridade. - Poderia me responder, Sr. Biazin?

Let Me Love You Until The End?Onde histórias criam vida. Descubra agora