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Narrador.

O que aconteceu, Day? - A voz de Lauren tinha saído um pouco fora do normal, e o normal era que Day não ligava para ela e sim para Camila.

— Não aconteceu nada, Laur. A Camila já chegou em casa? - Day encarava o não carro de Carol com frequência e nem se dava conta de tal ato.

Já sim. Mas está lá na cozinha. Quer falar com ela?

— Não! Eu quero falar com você e se a Camila sair da cozinha, você me da tchau e desliga.

O que está acontecendo? - Lauren se sentou corretamente no sofá, uma conversa daquelas não era feita todo dia.

— Eu estou precisando da sua ajuda em uma coisa. Mas por favor, não fala o que vou te pedir para Camila. E pode ficar despreocupada, não tem nada do que se preocupar. Nada acontecendo. - Lauren não tinha prestado atenção na última parte, a última coisa que ela ouviu foi o nome da esposa.

Você quer que eu minta para Camila caso ela saía da cozinha? É isso?

— Não é isso, Lauren. Só é uma coisa minha e eu quero a sua ajuda. Só.

Cadê a Carol? - Day olhou para o carro outra vez e Carol estava do mesmo jeito de segundos atrás.

— Dormindo. Ela também não precisa saber do que vou fazer.

Devo me assustar com o que você vai fazer?

— Para de fazer perguntas e responde se pode me ajudar ou não. - Dayane bufou sem paciência, era uma coisa simples e Lauren querendo complicar.

Fala logo quem devo matar.

— Eu vou te mandar uma foto e quero que você procure tudo sobre ela. Se tem dono ou está abandonada.

Quer comprar alguma coisa?

— Não quero comprar nada, só quero saber se foi abandonada ou não. Eu acho que podemos reconstruir ela.

E desde quando você sai pelas ruas atrás de casa ou sei lá o que foi o que você achou na rua para reconstruir?

— Desde quando eu passei e gostei da casa. Vai me ajudar ou não?

Vou sim. Me manda a foto com o número da casa e da rua. Eu já faço isso agora mesmo.

— Obrigada. Já vou te mandar.

Quando o choro de Carol pegou o lugar de seu sorriso novamente, Day a levou para dentro do carro outra vez. Ela não sabia o que era sentir o que Carol havia sentido. Voltar na casa de seus pais era a última coisa que ela faria, aquela casa despertava sentimentos que Day não sabia e não gostaria de controlar.

Foi preciso mais de vinte minutos até Carol parar de chorar de vez. Pouco tempo depois ela já estava rindo, não escandalosamente, mas um riso bom e carregado de saudade. Day ouvia as histórias que a casa tinha, do mesmo jeito que ouvia desde quando havia conhecido Carol. Era um jeito único de sentir o que era ter uma mãe amorosa.

A chuva que estava prometida de mais cedo havia chegado com força. O jeito era ficar ali mesmo e esperar a chuva passar. Mas a chuva não passou de maneira alguma. Não até quando Carol pegou no sono sem se tocar de tal ato.

Day a colocou de um jeito confortável no banco, reclinando para trás. Logo saiu do carro e foi fazer sua ligação para Lauren. Day já tinha planos para aquela casa e precisava de Lauren. Quando desligou sua ligação, atravessou a rua para tirar as fotos e mandou para Lauren.

Let Me Love You Until The End?Onde histórias criam vida. Descubra agora