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Penúltimo Capítulo.

1 ano depois.

— Sra. Lima? - Ouvi algumas batidas na porta, me tirando atenção.

— Sim? - Levantei a cabeça um pouco confusa, mas logo revirei olhos ao ver quem era. - Pode entrar, Lucas. E não venha com essa de Sra. Lima outra vez.

— Sabe que gosto de te perturbar e o Lima está enorme na porta. - Deu os ombros ficando sério, nem parecia o mesmo de segundos atrás. - Queria sua autorização para encaminhar o projeto dos novos prédios da Paulista. Ainda são os mesmos papéis de ontem, com melhorias, é claro.

— Deixa eu ver. - Peguei os papéis das mãos de Lucas, que era só olhar por cima e assinar. Já tinha visto antes e dei algumas dicas que ele aceitou mudar. - Ficou melhor ainda. Está mais que autorizado. 

— Você parece bem calma e confortável sentada aí. - Terminei de assinar as três últimas folha e devolvi. - Nem parece que já perdeu cinco minutos de reunião.

— Merda! Me esqueci totalmente da reunião. - Me levantei correndo, mas Lucas me parou.

— Ei! Você não pode correr, Carol. Sabe que pode sangrar se fizer muito esforço. Não corre, estou de olho em você.

— Péssima hora que te deixei entrar na minha vida. - Deixei um beijo em seu rosto, ele sabia que não era verdade. - Obrigada por me avisar da reunião. Vamos logo acabar com isso.

Quando eu disse que queria acabar logo com aquela reunião, eu não sabia que estava muito errada. Quando me sentei na cadeira da ponta, eu percebi que logo estava mais para longo.

Duas horas para ser mais exata. Minha cabeça estava doendo e aquela reunião estava se tornando ridícula. Já tínhamos resolvido seis dos problemas, mas ainda restava um. Não estávamos chegando em nenhuma solução.

— A casa precisa ser demolida. - Justin repetiu sem paciência. Eu também não tinha mais nenhuma. - Não tem jeito de construir um segundo andar com a parte de baixo naquele estado. Aquilo pode cair em qualquer instante.

— Mas o dono não quer nos deixar começar do zero. - João jogou seu cabelo para trás, me deixando boba ao olha-lo. Eu adorava aquele cabelo todo.

— Sabemos bem disso. Ele falou que é a única lembrança que ficou de seu pai, mas não vai aguentar o peso do segundo andar. De forma alguma. - Giovanna conseguia ser calma até nessas horas, eu precisava aprender com ela.

— Se ele quer ficar com aquela parte velha da casa, vamos avisar que não tem nenhuma construção. Não vou colocar meus funcionários em risco.

— Concordo com a Carol. - Justin falou antes de João. Olhei para Lucas e ele permanecia calado, talvez estivesse pensando em como ajudar. - Nas primeiras batidas aquela casa cai nas nossas cabeças. Sem chance.

— Você vai ir falar com o dono? - João perguntou para Justin, também sem paciência. - Eu já cansei de ouvir não.

Me levantei sem paciência. Deixei Giovanna, Justin e João batendo boca e fui atrás de água. Eu iria beber até sair por meus ouvidos. Tudo o que eu queria naquela hora era ir embora, mas não, eu estava quebrando a cabeça com um cliente teimoso.

Senti uma mão em meu ombro e logo me virei assustada. Lucas parecia preocupado com alguma coisa e eu sabia bem o que era. Mas desconfiava que logo saberia.

— Você está bem, baixinha?

— Só um pouco sem paciência com esse último cliente.

— Mas você sabe que não deveria ficar brava ou estressada, não sabe?

Let Me Love You Until The End?Onde histórias criam vida. Descubra agora