CAPÍTULO 12

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Samantha on: Eu apenas queria minha cama, meu quarto, apenas ficar sozinha. Minha mente não aguentava mais aquele lugar, queria apenas poder chorar sem que ninguém me visse. Queria me drogar para esquecer o dia que passei. A aula se demora a passar, consigo ignorar grande parte das pessoas enquanto ia para casa, porém alguém coloca seu pé em minha frente me fazendo cair feito bosta no chão. Apenas me levanto e vejo todos rindo de mim, aquelas risadas ecoam em minha mente e saio correndo. As lembranças de mais cedo começam a passa em minha cabeça novamente, me deixando mais desesperada ainda. Estava prestes a ter um crise de Pânico, ali, no meio dos adolescentes imaturas dessa escola. Saio correndo.
Vou em direção ao meu refúgio, onde ninguém nunca me achou, onde era eu e eu apenas. Uma pequena cabana, no meio das árvores, em uma rua sem saída. Na última rua do bairro. Onde todos tinham medo de ficar. Entro, e lá... Posso colocar tudo para fora, chorar sem ser julgada,  gritar e não ser ouvida. E é exatamente o que faço. Grito. Grito muito. Colocando tudo aquilo para fora, querendo não estar naquela cidade.
[•••]
E as paranóias começam durante a noite, a saudade bate. Como poderia ser tudo diferente.  Vou até a sacada de meu quarto e me sento no parapeito.

— por que teve que ser assim? Porque? — falo para mim mesma — eu sinto saudades, muito saudades. Como tá por aí? — as lágrimas escorriam pelo meu rosto, lembrando de seu sorriso e de como era se sentir amada.

flashback on:
Eu estava brincando no quintal, vendo o  beija-flor em volta de uma flor.

— olha, mãe, que lindos. Que flor é essa? — pergunto animada.
— lindos mesmos. São jasmim. Você consegue pegar o remédio para a mamãe? — ela estava com dor, eu via a expressão em sua face. Corro até o armário e pego um frasco, junto de um copo d'água.
— este?
— sim, traga aqui — ordena. Eu ajudava a cuidar de mamãe.
Flashback off.

Nunca soube que seria tão difícil ter que conviver sem ela.
Samantha off.

Perfectly wrongOnde histórias criam vida. Descubra agora