Capítulo 61

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Eu corri até não sentir mais os meus pulmões no lugar, meus cabelos esvoaçavam contra o vento do campo aberto em que eu estava, olhei rapidamente para trás para ver Edward se virar de frente para os inimigos que se aproximavam dos portões, ele desembainhou sua espada e avançou. Me virei bruscamente incapaz de ver aquela cena, porque eu sabia que voltaria, mas agora eu precisava seguir em frente. Se minha partida acabaria com aquele massacre, assim eu o faria.

Cheguei na parte das árvores, senti um movimento as minhas costas e olhei mais uma vez para trás, arregalei os olhos quando percebi que soldados a cavalo me seguiam, não soube distinguir se seriam Breackfost ou aqueles que pertenciam a Brian.

-Não olhe para trás princesa! –alguém disse a minha frente e eu recuei um passo para trás, pois eu havia olhado e não havia ninguém, engoli em seco e percebi que aquilo não seria bom, meu cavalo deveria estar ali. Me sobressaltei quando o chefe dos espiões saiu por de trás de uma árvore sob um cavalo e puxando outro, eu suspirei de alivio quando vi que Emma o acompanhava, montada em outro cavalo grande de cor amarronzada.

-Sua tola, deveria ter ido sem mim! –falei entre soluços quando ela desceu de seu cavalo e correu em meu encontro.

-Jamais! –nos soltamos e eu abri a boca para lhe protestar, mas fomos interrompidas por mais gritos. Instantaneamente olhamos para trás e vimos que o inimigo se aproximava, logo eles nos achariam.

-Vão! –bradou Jason desembainhando sua espada e assentindo para mim. –eu os segurarei por tempo suficiente se for preciso.

Montei em meu cavalo negro, e guardei a minha adaga no alforje.

-Eu espero encontrá-lo novamente um dia Jason –falei assentindo de volta –obrigada por tudo até aqui.

-Pode ter certeza de que nos veremos de novo vossa alteza. Siga para o Norte e não pare por nada! –então ele juntou os calcanhares em seu cavalo e cavalgou para longe de nós, quando eu e Emmily fizemos o mesmo, como ele instruíra, fugimos a toda para o norte, para casa.

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Dois dias depois...

Nós trotávamos nossas éguas a passos mais tranqüilos pela encosta, nos últimos dois dias nós havíamos galopado e corrido sem parar até o amanhecer, não mudamos de maneira alguma o percurso, Emma me contara que Jason lhe explicara as artimanhas a seguir durante o caminho para não haver erros, e assim nós o fizemos.

Pelo ar eu podia sentir que chegávamos a uma província perto da costa do mar, e eu soube que deveríamos dobrar a atenção.

Na última noite dormimos sob uma floresta diferente de quando chegamos pela primeira vez, era com poucas árvores, porém espessas e com plantas rasteiras, fiz uma fogueira com magia e assim nos mantemos aquecidas por um tempo, depois que eu ouvi barulhos estranhos ao redor optei por apagar as chamas que chamavam muito a atenção, depois me esforcei para conjurar uma bolha de proteção ao nosso redor para não sermos surpreendidas. Nos alimentamos com o pouco mantimento na qual tínhamos em uma pequena bolsa pendurada bem firme em nossas selas, sobrara muito pouco para sequer matar a fome em uma próxima refeição, as águas de nossos pequenos cantis já haviam acabado e agora eu torcia para que realmente houvesse uma cidade próxima, ou então sós definharíamos daqui alguns dias.

Eu tentara na tarde anterior nos atravessar para White Kingdom, mas pela falta de experiência e pela falta de energia, nenhuma faísca sequer ousou contribuir para nossa partida imediata, então já formulava planos de pagar pelo próximo navio a zarpar com as moedas que também haviam sido deixadas para nós, pelo meu pouco conhecimento eu soube que não era muito, mas sim o suficiente para nos garantir a ida até o outro lado do continente. Quanto a comida, nós teríamos que improvisar.

The Crown - Livro 1 (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora